O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |

Capítulo 4

Dia seguinte

De repente o despertador começa a tocar. Olhei para o meu visor para puder desligar o mesmo. Tinha posto para as dez horas da manhã, porque foi o que ficou combinado com os homens que vinham trazer a mobília e coisas que também comprei.

- Fred acorda! – Disse assim que me apercebi, que não conseguia sair do colchão.

- Ah diz.

- Acorda, eu tenho de ir-me despachar para depois virem os homens da mobília.

- Está bem, eu saio. Tens alguma coisa que possa comer rapidamente? É que estou cheio de fome.

- Não tenho muita comida no frigorífico, porque ainda não fui às compras, mas come.

- Obrigado.

Puxei os cobertores e os lençóis que estavam no colchão, até que a campainha tocou. Fiquei a olhar bastante séria para o Fred, porque tirando ele, não conheço aqui mais ninguém.

- Abre a porta. – Disse o Fred e assim o fiz, até que de repente aparece o Eduardo.

- Olá Inês eu vim aqui para saber se estava tudo bem – de repente apercebe-se que o Fred estava cá em casa – pronto já vi... – entrou e foi em direção ao Fred – não podes ver nenhum rabo de saias que tens de ir logo atrás.

- Eduardo se vais começar, podes sair da minha casa!

- Já vi o suficiente e, se não queres ficar grávida é melhor lhe dares um pontapé no cú. – Saiu do meu apartamento.

É preciso ter lata vir até ao meu apartamento e começar com este género de insinuações.

- Conheces o Eduardo?

- É parece que sim, um inimigo de longa data.

- Ele namorou com uma Anastácia, sexo até mais não.

- Que bom para ele, devia era ter ficado com o pénis entalado.

Revirei os olhos, fui tomar duche e depois vesti umas calças pretas de cinta subida e um top branco com uns all stars brancos. Penteei o meu cabelo e fiz um rabo-de-cavalo.
Enquanto ia em direção ao meu quarto, comecei a pensar no Eduardo. Ele está tão lindo, mas parece que continua o mesmo estúpido ainda por cima a dizer "se não queres ficar grávida é melhor lhe dares um pontapé no cú" pelo que ele toma de mim?

A campainha tocou e fui em direção à porta. O Fred já tinha saído e isso por um lado era bom, pois assim tinha mais privacidade e não tinha nada a atrapalhar-me quando fosse arrumar as coisas.

- Quem é? – Perguntei mesmo tendo a sensação que eram os homens das mobílias.

- Somos os funcionários da IKEA viemos trazer a sua mobília.

- Claro entrem. – Abri a porta.

Começaram a trazer a mobília toda ao meu apartamento e a montar a mesma sobre as minhas indicações. Mal estava tudo montando como eu queria, foram-se embora e de seguida fui até ao supermercado para comprar comida e coisas essenciais cá para cá, como é lógico não vinha com tudo atrás.

Passado dois dias

Sabe tão bem andar pelo meu apartamento e ter tudo decorado ao meu gosto. Amanhã começam as aulas. Estou bastante ansiosa mas ao mesmo tempo com receio, pois o Eduardo é da minha turma e ainda por cima é um chato de primeiro, agora tem vindo sempre ao meu apartamento verificar se está tudo em ordem, ainda por cima...logo três vezes por dia.

Truz, truz – aposto que é aquele desastre.

- Quem é? – Perguntei.

- Eduardo – abri a porta.

- Está tudo em ordem, agora adeus.

- Calma! – Abriu a porta – Vamos fazer as pazes de uma vez por todas. – Comecei a rir-me.

- Eu fazer as pazes contigo? Para quê?

- Porra Inês! Eu estou diferente ou ainda não te apercebeste de tal coisa? Eu não sou mais o idiota do moço que punha pastilhas no teu cabelo! Eu cresci, dá-me uma chance de provar isso.

- Não consigo – aproximou-se de mim – o que estás a fazer?

- Olha-me nos olhos e diz que nunca me vais perdoar.

- Não faças isso Eduardo! – Afastei-me – vai-te embora por favor.

- Preferes dar-te melhor com o Frederico que anda com todas – suspirou e parecia que estava a engolir o choro – adeus.

- Eduardo! – Disse

- O que foi?

- Tens de me proteger, não foi o que a minha mãe te pediu? – Perguntei para ver o porquê de estar com vontade de chorar.

- Amanhã eu venho buscar-te.

- Mas eu tenho carro.

- Fazemos assim, eu amanhã venho bater à tua porta, depois dizes se aceitas ou não.

- Feito.

Mal o disse, saiu do meu apartamento.

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