Capítulo 15

1K 62 1
                                    

Inês

Estava a dormir, até que de repente começo a ouvir uma campainha a tocar, a qual não parava. Quando me apercebi, era a campainha cá de casa. Olhei para o Eduardo e apercebi-me que continuava a dormir, e como não demonstrou interesse em levantar da cama ou fazer uma pausa do sono, acabei também por fazer o mesmo. Voltaram a tocar.

- Eduardo, estão a tocar à campainha e não param! – Disse completamente furiosa.

- Ignora amor, continua a dormir e seja quem for, volte mais tarde. – Disse-me.

Só queria dormir de forma a repor o sono que tenho perdido desde que cheguei a Lisboa, mas parecia que estava longe de acontecer. Virei-me para o lado direito e acabei por lembrar-me que poderia ser a minha mãe.

- Eduardo, eu vou ver quem é, pode ser a minha mãe.

- Está bem amor.

Levantei-me, vesti o robe dele e fui a correr até à porta.

Mal abro a porta, deparo-me com uma moça loira, de olhos azuis e com um tom moreno na pele.

- Bom dia, em que posso ajudá-la? – Perguntei.

- O meu Edu está? – Perguntou-me e ao ouvir aquilo, percebi que algo não estava bem.

- O seu Edu? – Perguntei.

De repente, aparece o Eduardo e mal vê a moça a falar comigo, mudou a sua forma de estar, parecia que estava nervoso ou estressado ao vê-la.

- O que estás aqui a fazer Anastácia? – Interrogou com um tom frio.

- Oh meu Edu lindo – sorriu ao olhar para ele – eu vim ter contigo, porque tenho uma excelente notícia para te dar.

Estava completamente confusa pois, só aparecem pessoas estranhas na vida do Eduardo e ainda por cima esta moça veio cá a casa e o trata por "meu Edu"? Mas que raio de confianças são estas?

- Que notícia tens para me dar? – Perguntou o Eduardo.

- Bem, eu devo estar aqui amais por isso vou-me embora – disse – até logo Eduardo.

- Não Inês, fica aqui. Nós estamos juntos e não quero ter segredos para contigo, por isso o que a Anastácia veio cá para me dizer tu, ouves.

- Está bem, eu fico aqui. – Disse.

- A novidade é que vamos ser papás, Edu lindo! – Ao ouvir aquilo, perdi toda a reação possível – estou grávida de dois meses e duas semanas. Andei muito tempo à tua procura mas finalmente te encontrei! – Riu-se – Vamos ser papás meu bem.

Ao ouvir aquilo tudo, diversas lágrimas começaram a descer pelo meu rosto abaixo. Ainda não consigo acreditar nisto, o Eduardo vai ser pai? Como assim? Há duas noites que dormimos juntos, estamos a começar algo forte entre nós e de repente, ao vivo e a cores assisto a uma notícia destas!?

Após tanta humilhação, não aguentei e fui até ao quarto dele, tranquei a porta me vesti, destranquei e comecei a sair do seu apartamento.

- Inês...

- Esquece Eduardo! – Disse enquanto chorava – Tu falavas do Fred mas pelos vistos, és igual a ele – comecei a chorar cada vez mais – tudo o que há entre nós acabou. – Saí de vez daquela casa.

Fui desde o andar dele até ao meu andar a correr, nem me apetecia ir no elevador, precisava de algo que me fizesse sentir algum tipo de dor, para não sentir tanto a dor da desilusão. Cheguei ao meu apartamento quase sem fôlego e joguei-me para cima do meu sofá a chorar.

O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Where stories live. Discover now