Capítulo 38

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- Não sabia disso – disse – julguei mesmo que era só para os três ou quatro meses de gestão e isso, caso o bebé se deixe ver.

- A medicina está cada vez mais avançada, daí já existir isso – sorriu.

- Então mas eu já estou quase na oitava semana, quer dizer que muito em breve postei saber o sexo do meu bebé.

- Correto – sorriu – e uma coisa, já podes comprar cama de bebé, depois quanto ao edredom, compras apenas quando souberes o sexo.

- Ajudas-me a escolher? – Perguntei.

- Sim – disse a Marta com um sorriso.

Fui pagar as roupas de recém nascido e um brinquedo para o carrinho de bebé lindíssimo o qual é bastante colorido e irá despertar diversas sensações no meu bebé lindo e maravilhoso. Depois, fui mais a Marta rapidamente à loja dos animais, comprei ração júnior para a Cloe, uma caminha cor-de-rosa bastante querida, dois ursinhos, uma bola de brincar, uma coisinha que dá para pôr a ração e a água, uma escova de a pentear, uma capa para quando tiver a chover a levar à rua e umas botas para não sujar as suas patinhas e claro, para além disso, comprei uma trela cor-de-rosa e uma coleira com um sinhinho e um coisinho onde menciona o nome dela e o meu contacto. Depois de ter pago isso, fui a outra loja de bebés, a qual, irei ver as camas de bebés e tirar algumas ideias para caso seja menino ou menina. Há medida que íamos andando pela loja, uma senhora veio ter connosco.

- Bom dia, precisam de ajuda? – Perguntou-nos.

- Bom dia, agradecia que me pudesse ajudar – disse-lhe – eu estou grávida há pouco tempo, quer dizer um mês e três semanas. Já ando a ver algumas coisinhas e comprar algo que dê para caso seja menino ou menina.

- Sim – disse a senhora.

- Então, eu gostaria que me ajudasse ou aconselha-se uma cama que dê para ambos os sexos.

- Certo, siga-me – disse a senhora, eu e a Marta começámos a segui-la – nesta loja, para que saiba, é uma oficial da Chico, logo temos diversas coisas para bebés e também temos uns locais onde desperta ideias de decoração para o quarto do bebé, seja menina ou menino.

Continuámos a segui-la e me mostrou alguns exemplos de decoração. Desde os padrões de cores, à mobília. Há medida que íamos andando e ia observando as camas, houve uma que despertou a minha atenção. Era branca, tinha um colchão. As outras eram bastante coloridas ou então, padrões de madeiras que eram horríveis, mas esta não, era literalmente diferente.

- Acho, que encontrou a cama para o seu bebé – disse a senhora.

- Penso o mesmo – disse e virei-me para a Marta – só que, como é que levo a cama e o colchão de bebé para o meu apartamento, quando eu mesma estou super carregada? São as roupas do bebé, são as coisas para a Cloe.

- Inês eu ajudo-te – disse a Marta – o colchão e a cama vão em caixas diferentes, por isso, dá para levar cada uma em cada braço – sorriu – não te preocupes.

- Obrigada pela tua ajuda – disse-lhe.

- Posso fazer uma questão? – Perguntou a Marta à senhora.

- Claro, diga.

- Quando são mobílias por exemplo, roupeiros ou cómodas, vocês levam até à casa da pessoa?

- Sim, levamos – disse à Marta.

Começou a ver cómodas ou roupeiros a condizer com a cama até que pegou num que até tinha um preço acessível.

- Quero que entregue esta cómoda na casa da minha amiga – disse a Marta – Inês depois hás de dar a tua morada à senhora.

- Mas, mas Marta, tu não vais comprar nada para o meu bebé, as mobílias irão ser todas compradas com o meu dinheiro e com o dinheiro do Eduardo.

- Posso oferecer-te esta prenda? Tens sido gentil comigo, nos tornamos amigas e como não tenho possibilidade de ser mãe, deixa-me ajudar-te por favor.

Ao dizê-lo, fiquei com a sensação que a Marta seria infértil.

- Pronto, está bem – disse.

Fomos de seguida para a caixa, para pagar a cama do bebé e o colchão, ao meu lado a Marta pagava a cómoda.
Como era tudo mobília para o meu bebé e iriam levar esta tarde a cómoda a minha casa, ficou então combinado levarem também a cama do bebé e o colchão, assim, não fazia grandes esforços nem a Marta. Saímos da loja completamente satisfeitas e felizes com as compras, até que quando olhámos para as horas, já devíamos ter almoçado ou deveríamos estar a almoçar, ainda por cima daqui três horas a Marta entra ao serviço.

- É melhor irmos andando, temos de almoçar e ainda vais entrar ao serviço – disse.

- Tenho uma ideia melhor – disse a Marta – já que estamos no shopping, porque não almoçamos aqui?

- Olha, bem pensado – disse – queres ir ao Mc donnalds ou a uma pizzaria.

- Gostas de sushi? – Perguntou-me.

- Adoro, porquê?

- Vamos ao sushi! – Disse a Marta e eu concordei.


*

Hoje estou tão feliz, para além de já ter feito as minhas primeiras compras para o meu bebé, consegui me divertir bastante com a Marta. Quem me dera ter uma irmã como ela, bastante simpática, divertida, espontânea e afins. Os senhores já estão a montar a cama do meu bebé e a cómoda. A mesma não passava nem entrava no elevador devido a ser enorme, então tiveram de a desmontar. Depois de termos almoçado, ainda sobrou algum tempo, então voltámos a comprar mais umas coisas para o bebé, desta vez uns quartinados brancos. Quero depois pintar a parede com o tom do sexo do bebé. Comprei também uns autocolantes com estrelas, os quais irei pôr na cómoda, mais basicamente, nas gavetas. Também já pôs as roupinhas que comprei a lavar e neste momento estão a secar no estendal, depois é só passar a ferro e arrumar as mesmas.

- Amor? – Ouvi o Eduardo a chamar-me, deveria ter acabado de chegar a casa – onde é que estás?

- Aqui no quarto do bebé – disse alto e quando ele entra, fica com uma cara bastante estranha para o que observa – o que se passa?

- Já foste comprar uma mobília para o bebé?

- Não comprei ainda tudo, foi só isto e algumas roupinhas tão queridas e maravilhosas – saiu do quarto me deixando confusa e fui atrás dele – o que se passa?

- Ainda tens o descaramento de perguntar o que se passa? – Disse enquanto gritava – ainda nem sabemos o sexo do bebé e já estás a fazer compras? Ainda por cima sem a minha permissão?

- Desculpa? – Levantei a sobrancelha – desde quando é que preciso da tua permissão para comprar algo? Que eu saiba, o dinheiro é meu.

- O dinheiro é teu e o bebé é meu! – Disse-me.

- O bebé não é teu! É nosso! – Gritei – só fico é chocada, que em vez de ficares feliz por ter comprado coisinhas para o nosso bebé, ficas assim a mandar vir e a dizer que deveria ter pedido permissão.

- É o que a Cláudia diz, sonsa demais! – Saiu de casa.

O quê que ele quis dizer com aquilo “é o que a Cláudia diz sonsa demais!?”  que aconteceu algo que eu não saiba? Será que agora não é só o Eduardo que tem segredos para comigo e sim, também a Cláudia?

O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Onde histórias criam vida. Descubra agora