Capítulo 122

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Mond

Pela primeira vez na vida o alfa de olhos vermelhos se permitiu amar alguém de todo o coração. Desde criança quando seus pais o taxaram de monstro, Mond evitava qualquer tipo de laço, pois temia que pudesse machucar alguém devido a sua natureza violenta. Sun não era exceção.

O amigo de infância que nasceu no mesmo dia que ele era uma pessoa preciosa, ele estava sempre presente e sempre querendo ajudar, cuidar e proteger Mond, além do mais todos diziam que eles eram parceiros destinados, não havia como fugir daquilo.

Mond até tentou se afastar de Sun, desligar suas emoções e viver isolado, mas o amigo fez com que suas emoções voltassem e eles prometeram ficar juntos para sempre.

Mesmo com tal promessa o alfa de olhos vermelhos não sentia que era seguro deixar o seu Sol tão próximo, por isso apesar de se verem todos os dias ele ainda tentava manter-se um pouco afastado, talvez por causa desse medo que ele nunca se permitiu a amar realmente aquele que deveria ser o seu ômega. Mesmo que todos dissessem que eles eram destinados Mond não se sentia assim. Ele tinha um imenso carinho e um amor imenso por Sun, mas não passava de um amor fraternal e mesmo assim ele insistiu naquilo até que fosse marcado.

Ele passou anos e mais anos de sua vida acreditando que o seu Sol era o seu único destino e que depois que ele se fosse ele ficaria totalmente sozinho, por isso foi tão difícil aceitar o fato de que Sonne mexia com ele. Inicialmente havia uma raiva irracional, Mond não entendia como aquele ômega tão parecido com o seu Sol podia estar andando por aí enquanto Sun estava preso em um quarto de hospital, mas esse ódio desvaneceu no momento em que ele viu Sonne cair desacordado dando lugar a um sentimento de proteção e cuidado.

Foi então que ele percebeu que aquele homem que ao mesmo tempo parecia tanto com seu amigo de infância era tão diferente! O seu jeito de andar, falar e de brilhar, tudo era completamente único.

O coração do alfa de olhos vermelhos começou a acelerar sempre que ele via Sonne ou ouvia a sua voz, chegou ao ponto de que só de ouvir alguém chamar pelo nome dele o seu peito começava a bater descompassado, o que era algo completamente estranho para um alfa marcado. Seus sentimentos não faziam sentido, como um alfa destinado a outro ômega e marcado por ele poderia se abalar tanto com um completo estranho? Como ele podia ter aquele desejo por Sonne que ele nunca teve por Sun? Como ele pode deixar que seu monstro interior o dominasse ao ponto de machucá-lo?

Não foi fácil entender tudo isso, sentimentos era uma área tão obscura para ele... Mond precisou de muitos anos e muita terapia para finalmente compreender o que era amar e ser amado, que ele não era um monstro e que Sun foi uma pessoa importante na sua vida que ele iria sempre lembrar com carinho.

Agora ele finalmente podia amar sem amarras, ele podia dormir todas as noites abraçando seu precioso ômega, não que ele dormisse muito.

Todas as noites quando Sonne caia em sono profundo Mond observava seu rosto sereno, ele não queria simplesmente fechar os olhos, ele queria ficar olhando para o homem em seus braços e ele sentia que se ele dormisse estaria perdendo tempo que poderia estar com o ruivo, então ele ficava ali apreciando cada detalhe, os cabelos ruivos espalhados pela cama, a forma que o ômega se encolhia no início da noite e começava a se espalhar pela cama quando sentia calor e começava a se encolher novamente quando a noite esfriava, o som da sua respiração pesada, tudo sobre Sonne era encantador e fazia o seu coração bater forte. Quando o sono finalmente apertava, Mond sussurrava:

-Boa noite, te encontro em meus sonhos.

E de fato ele sonhava com o seu amado.

A vida foi voltando ao normal aos poucos, Sonne voltou a sua rotina de trabalho, assim como Mond voltou ao escritório, mas ele não voltou mais para casa. O ruivo nunca deu uma resposta sobre a proposta de morarem juntos e Mond nunca cobrou e desde que eles saíram do hospital ambos passaram a dormir juntos todos os dias na casa de Sonne. O ômega nunca demonstrou nenhuma intenção de que queria que o namorado fosse embora, muito pelo contrário, ele sempre fazia vários planos caseiros para os dois e o alfa também não fazia nenhuma questão de voltar para casa.

O Destino do Sol e da Lua (COMPELTO) Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora