Capítulo 112

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Ami

A conversa com seu irmão foi logo esquecida, por mais que a fofoca fosse boa Ami não conseguia pensar em outra coisa além dos seus namorados. Ele não conseguiu compreender direito o que lhe informaram devido ao choque, mas o Hospital KK não era um hospital público e ele duvidava muito que o plano de saúde dos policiais cobrisse aquele lugar, isso deveria ser coisa de Mond. Mas o que isso significava? Que ele só estava retribuindo o favor ou que a situação era tão grave que eles tiveram que ir para lá?

A cabeça de Ami girava enquanto ele ajeitava uma mala com roupas para os três, ele não sabia quanto tempo eles ficariam internados, mas ele sabia que passaria o tempo que fosse preciso ao lado deles, pediria a Mond pra cuidar de Mel e Titi e não ousaria sair do hospital sem seus homens.

Mesmo sem saber se estava em condições de dirigir ou não, Ami pegou o carro na garagem do prédio e programou o GPS até o seu destino, faltavam alguns minutos para o jogo do seu time do coração, mas ele não ligou o rádio, tudo que importava agora era saber como Messe e Treu estavam, ele precisava vê-los de perto, foi um sentimento que surpreendeu o alfa de olhos cor de esmeralda, pois ele nunca abriu mão de acompanhar um jogo antes.

O hospital era familiar, Ami já havia ido ali algumas vezes com Mond ou para visitá-lo, não foi difícil fazer o cadastro de visitante e chegar até o quarto em que seus alfas estavam internados juntos.

Cada um deitado em um leito grande e confortável, com seus rostos serenos e corados, porém com suas cabeças enfaixadas quase no mesmo lugar, Ami deu um suspiro de alívio. Eles pareciam bem.

-Com licença, senhor o horário de visita já acabou. - disse um enfermeiro entrando no quarto.

-Eu vou ser acompanhante deles - disse Ami mostrando a mala - Me disseram para passar no posto da enfermaria para fazer o cadastro, mas eu precisava vê-los primeiro.

-Por regras do hospital só familiares ou pessoas próximas podem ficar como acompanhante de pacientes inconscientes, poderia preencher esse formulário por favor? - perguntou o enfermeiro entregando uma prancheta e uma caneta para Ami.

Em poucos minutos ele preencheu todos os dados e devolveu a prancheta para o enfermeiro que analisou tudo cuidadosamente.

-Acho que o senhor se confundiu e preencheu errado, - continuou ele confuso revisando os papéis mais de uma vez - em ambos os formulários o senhor colocou a opção de parceiro.

-Está correto, - Ami sorriu orgulhosamente, coisa que não aconteceria a pouco tempo atrás, mas agora ele sentia um orgulho absurdo em falar em voz alta sobre o seu relacionamento - eu sou o namorado.

-De qual dos dois? - disse o enfermeiro com uma expressão de descrença batendo a caneta na prancheta impaciente.

-Dos dois. - disse Ami em um tom calmo e apaixonado.

-Quer dizer que você namora com o senhor Messe e com o senhor Treu? - perguntou o enfermeiro lentamente, ele queira ter certeza que estava entendendo a situação corretamente.

-Sim, exatamente. - continuou Ami com o mesmo orgulho.

-Sinto muito senhor, - bufou o enfermeiro batendo na própria testa - Mas não posso permitir sua permanência nesse quarto, os pacientes estão em um estado delicado e não podem se estressar quando acordarem, preciso prezar pela paz e saúde mental deles também.

-Por que eu tiraria a paz deles? - perguntou Ami sem entender o que estava acontecendo - Eles são meus namorados!

-Ja vi isso muitas vezes antes, - resmungou o enfermeiro empurrando Ami para fora do quarto - um sacripanta que nem você enrolando duas pobres almas e depois vem todo aquele escândalo, hoje não! Não sob minha supervisão.

O Destino do Sol e da Lua (COMPELTO) Donde viven las historias. Descúbrelo ahora