103 - O Tigre Negro de Valhalla

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O Palácio Valhalla era uma construção na ponta mais alta de Asgard, além do passadiço do castelo, subindo por uma grande rua sinuosa entre casarões e antigos restaurantes, bodegas e mercearias que agora estavam abandonadas ao léu; os poucos aristocratas que ainda viviam escondiam-se em suas mansões, aquecidos por lareiras tímidas. Antes dos grandes portões do Palácio Valhalla existia uma grande fonte congelada onde outrora juntavam-se as crianças para as grandes feiras de outro tempo.

Ao redor da fonte subiam largos degraus em arco até um pátio onde se abria a entrada do Palácio Valhalla. Não havia um portão que a trancasse, pois Valhalla ficava eternamente aberta ao povo de Asgard. Essa entrada, no entanto, era colossal, à semelhança de uma torre; a entrada-sempre-aberta parecia estreita, mas apenas pelo tamanho da fenda na torre, pois em verdade uma comitiva inteira poderia passar de uma vez.

Atravessando essa enorme fenda-sempre-aberta, mas agora abandonada, levava a um corredor amplo onde se podia vislumbrar as muitas colunas frias e escuras da parte de dentro. Era, de todo modo, uma construção sombria e abandonada, tomada pela neve e até mesmo por teias de aranhas em muitos pontos, uma vez que já não era cuidada como em seus tempos áureos.

Uma construção triste com grandes zonas sombrias e abandonadas, torres altas e dois ou três andares, dependendo de suas câmaras internas, bem como ao menos cinco níveis subterrâneos onde escavavam-se os calabouços e outros mistérios. Ao fundo do Palácio, já a um nível mais alto do que sua entrada, outro corredor levava a um enorme pátio que se abria debaixo do Colosso de Odin. Onde Hilda, por vezes, orava por seu Deus.

Na sacada de um segundo andar, olhando para a Espada que Odin empunhava na estátua de pedra, Siegfried estava ajoelhado diante de Hilda.

— Parece que dois dos Cavaleiros de Atena já chegaram ao Palácio Valhalla.

— Tem razão, senhorita Hilda, mas você não tem porque se preocupar. Aqueles dois são os sobreviventes da batalha contra Mime e não estão completamente ilesos. Não serão páreos para Sid de Mizar, que foi capaz de vencer um Cavaleiro de Ouro em seu próprio Santuário. Eu ousaria dizer que Sid só não é mais poderoso que eu entre os Guerreiros Deuses; eu tenho plena confiança de que ele não irá falhar.

Hilda olhou para o horizonte e esboçou um sorriso que Siegfried não percebeu.

— Eu devo concordar com você. — e então dirigiu um olhar ardiloso para o enorme homem ajoelhado perante ela. — Mas Siegfried, nem mesmo você conhece o verdadeiro poder de Sid.

Siegfried surpreendeu-se quando um trovão estalou próximo à coroa de ouro de Odin.

— Sei que um dia entenderá isso. — comentou ela, deixando escapar uma risada poderosa enquanto a leve neve caía ao redor de ambos.

A nave principal do Palácio, que era acessada imediatamente após sua entrada, era toda de pedra, de modo que os passos calmos de quem havia acabado de entrar ecoavam mesmo que tentassem disfarçar, de tal modo o local estava deserto e abandonado

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A nave principal do Palácio, que era acessada imediatamente após sua entrada, era toda de pedra, de modo que os passos calmos de quem havia acabado de entrar ecoavam mesmo que tentassem disfarçar, de tal modo o local estava deserto e abandonado. Algumas tochas e até mesmo velas em mesas afastadas davam a pouca iluminação do lugar, que jogava-se em muitas sombras pelos cantos. Além dos passos cuidadosamente calculados que ecoavam pelas pedras antigas do Palácio, de repente soou também o roçar tenso e metálico de correntes arrastando-se. Os passos pararam e os dois Cavaleiros de Atena sussurraram entre si suas suspeitas, quando por detrás de uma coluna surgiu a sublimação de uma névoa de gelo lenta e hipnotizante.

Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de SeiyaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora