18 - O Castelo de Ilusões

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Deixando o vale e as pedras para trás, o grupo chegou a uma área alagada. Um pântano que os separava de um enorme castelo que se avizinhava no horizonte.

— O que diz a bússola? — perguntou Shun a Alice.

— Diz que a Urna da Armadura de Ouro ficou lá atrás no Vale dos Diamantes.

Ficaram todos confusos olhando para ela.

— Eles devem ter encontrado o sinal e deixaram onde queriam que nós fôssemos.

— Uma armadilha. — comentou Shiryu com Xiaoling apoiada.

— Temos de prestar melhor atenção. Essa ilha está cheia de ilusões e de ameaças reais. Precisamos ficar mais alertas e não confiar tanto naquilo que nossos olhos estão vendo. Devemos confiar em nossos cosmos.

Seiya chutou uma água empoçada.

— Esse pântano parece ser de verdade.

— As correntes estão tensas. — disse Shun.

— Vamos. Estejam alertas. — finalizou Alice.

E foram.

Meteram os pés no pântano, uma região enorme alagada com troncos finos e depenados espaçados. Havia também uma névoa grossa que dava uma forte sensação etérea ao pântano na tarde. Fundo no pântano, não podiam mais ver o castelo ao longe.

O som de seus próprios passos na água empoçada logo ganhou a companhia do barulho e o tremor de muitos cascos batendo. Adiante, uma manada de éguas parecia vir na direção deles.

Éguas impossíveis, pois algumas corriam pelo pântano desviando de troncos, andando sobre as águas. Outras saltavam para um mergulho impossível nas poças enormes, pois não havia profundidade que comportasse uma égua inteira. Ainda assim, elas mergulhavam como se fosse profundo, apenas para emergir poderosas na superfície alguns metros depois. Todos colocaram-se em alerta e começaram a desviar das éguas que vinham em suas direções.

— Seiya. São apenas ilusões. — disse Alice notando que Seiya tentava de todas as formas evitar as investidas das éguas.

Seiya viu como Mii estava absolutamente parada, as éguas que emergiam das profundezas varavam ela sem causar nenhum dano. Seiya então finalmente desistiu de desviar e percebeu como as figuras atravessavam ele causando uma sensação fria, mas sem qualquer dor.

— Mantenha a guarda, Seiya. — disse Shun com as correntes movimentando-se nos braços.

Andrômeda então fez queimar seu cosmo e soltou suas Correntes no ar; elas ziguezaguearam como um relâmpago pelo pântano e não demorou muito para que fosse certeira em uma das éguas, derrubando-a nas águas.

Mas assim que a égua afundou no pântano, ela imediatamente emergiu exatamente abaixo de Shiryu, não mais como uma égua, mas com a Armadura escura do Guerreiro que comandara a ação no navio. Shiryu foi atingida em cheio no queixo e perdeu o elmo com o gancho do inimigo, que tornou a se esconder nas águas do pântano.

— Desse jeito seremos presas fáceis. — disse Alice, ascendendo seu cosmo.

A água ao redor de Alice começou a precipitar-se em forma de bolhas. Ela estendeu a mão à sua frente e seu cosmo intensificou-se com violência, sugando a água alagada e criando um tufão. Tudo que ela queria era secar o que pudesse ao seu redor para tirar a vantagem daquele oponente.

A figura escura apareceu dentro do tufão, como se houvesse sido sugado pelo poder de Alice. O tufão explodiu e da coluna de água o Guerreiro saltou para atacar a garota, que estava indefesa conjurando sua técnica. Mas o Escudo do Dragão a defendeu de um golpe terrível.

Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de SeiyaWhere stories live. Discover now