61 - Doce Aroma da Morte

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Seiya, Shun e Shiryu seguiam pelas escadarias das Doze Casas, a noite sobre eles; ao longe, no Relógio de Fogo, viam como as chamas de Aquário e de Peixes ainda queimavam fortes. Renovados por terem ganhado horas preciosas graças à ajuda de Aioria e o sacrifício de Hyoga.

— Que cheiro é esse? — perguntou Shiryu para os amigos.

E então Seiya finalmente notou que, enquanto subiam, mais e mais rosas apareciam pelas escadas.

— São rosas, Shiryu. — falou o amigo.

Lembraram-se imediatamente daquela figura jovem e bela da Triste Noite, um Cavaleiro de Ouro que usava Rosas contra seus inimigos. Pois aquilo fez Shun ter certeza de outro detalhe que agora parecia distante, mas em verdade fazia apenas poucos dias que ficara sabendo.

— Seiya, Shiryu, esperem. — pediu ele.

— O que foi, Shun?

— Preciso pedir algo para vocês. — começou ele. — Quero que vão direto para o Templo do Camerlengo. O Cavaleiro de Peixes é a pessoa responsável pelo ataque à Ilha de Andrômeda e eu quero ter a chance de lutar por meu Mestre.

— O local de seu treinamento, Shun? — perguntou Shiryu.

— Sim. June me contou em Jamiel que um único Cavaleiro de Ouro foi capaz de vencer meu Mestre em batalha bem como matar quase todos os aspirantes da ilha.

— Como sabe que foi ele, Shun? — perguntou Seiya.

— As rosas. Ele deixou para trás uma única Rosa.

Seiya viu ao seu redor dezenas e dezenas de rosas vermelhas, brancas e pretas.

— Nós fizemos um juramento, não é mesmo? — continuou Shun. — Pelo menos um de nós precisa chegar ao Templo do Camerlengo para salvar Atena.

— Tem certeza, Shun? — perguntou Shiryu.

— Sim. — confirmou ele. — Mas, antes de partirem, eu gostaria de alertá-los sobre algo que tenho pensado desde que deixamos a Casa de Gêmeos.

Shun tirou de dentro de sua armadura uma espécie de escapulário com contas eclesiásticas quebradas grudadas em uma corrente de ouro. Deu para Seiya segurar nas mãos.

— O que é isso, Shun?

— É um rosário. Ele voltou junto da Corrente de Andrômeda quando venci o Cavaleiro de Gêmeos.

— Um rosário? — perguntou Shiryu, curioso.

— Amigos, se o Cavaleiro de Peixes for aquele que domina as Rosas como vimos na Triste Noite, eu suspeito que o verdadeiro Cavaleiro de Gêmeos seja aquele que está se passando pelo Camerlengo, o servo do Pontífice de Atena.

— O Cavaleiro de Gêmeos?

— Mas Shun, o Cavaleiro de Gêmeos era apenas uma ilusão na terceira Casa, ele não existia de verdade.

— Eu não posso explicar, Shiryu, mas esse rosário sem dúvidas deve pertencer à ordem do Pontífice de Atena. Se não o Camerlengo, alguém muito próximo a ele pode controlar até mesmo uma Armadura de Ouro como a de Gêmeos.

— Gêmeos. — pensou Seiya sozinho, lembrando-se de que o Cavaleiro também estava na fatídica noite.

— Nesse caso, devemos tomar cuidado para não nos deixarmos ser enganados por possíveis ilusões no Templo, Seiya. — alertou Shiryu, lembrando ao amigo o que havia se passado no terceiro templo.

— Está certo. — agradeceu Seiya.

— Eu logo estarei junto de vocês. — prometeu Shun.

E juntos finalmente seguiram as escadarias para o décimo segundo templo, a Casa de Peixes.

Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de SeiyaWhere stories live. Discover now