68 - Epílogo

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A noite naquela região do Santuário é silenciosa e velada pelo céu mais brilhante e maravilhoso que existe na face da Terra. Um dia rasgado por batalhas terríveis e sangrentas, que havia finalmente pacificado naquela noite quieta.

Longe dos templos das Doze Casas do Zodíaco, Mu de Áries retornou outra vez para o pedestal em que repousava a Maçã de pedra, onde dormia o desalinho da Discórdia. Seu peito ainda endurecido de tristeza pelos Cavaleiros de Ouro que haviam partido naquele dia terrível. Entre eles, Câncer.

— Máscara da Morte?

A voz de Mu soou no Templo de Éris, mas ninguém lhe respondeu. Ela tentou ainda uma outra vez, mas então parecia mesmo falar sozinha. Ela olhou com pesar para aquela maçã de pedra e tirou o cilindro de ouro que havia levado. Tirou o papiro inscrito por Atena, quando finalmente alguém lhe respondeu.

— Achei que havia me esquecido, Mu de Áries.

— Máscara da Morte. — alegrou-se Mu ao notar que ela ainda estava lá.

— Poupe-me de sua alegria, Mu. Já posso me retirar?

— Sim, Máscara. A Casa de Câncer te aguarda.

A risada de Máscara da Morte ecoou pelo templo.

— Não voltarei ao Mundo dos Vivos. — disse ela, ameaçadoramente, e Mu pareceu confusa com aquilo, pois sabia que ela tinha plena condições de retornar. — Não há lugar para mim em um Mundo como esse. Vejo aqui marcharem para o esquecimento do Inferno antigos amigos. Meu lugar é ao lado deles e não ao lado de quem os matou.

— Máscara...

— Poupe-me de sua cordialidade, Mu. Assim está melhor, pois se eu voltasse seria para trazer a este lugar para sempre aquela maldita garota. Adeus, Mu de Áries.

E, com efeito, Mu nunca mais ouviu a voz de Máscara da Morte naquele lugar. Ainda que seu peito se esmorecesse com mais um Cavaleiro de Ouro desaparecendo, sua missão ali era importante.

Tirou o Selo de Atena do cilindro e aproximou-o da Maçã de Ouro petrificada, de modo que o papiro a envelopou por completo e finalmente calou os terríveis humores daquele Templo, que por muitos e muitos anos voltariam a ser apenas ruínas abandonadas.

Tirou o Selo de Atena do cilindro e aproximou-o da Maçã de Ouro petrificada, de modo que o papiro a envelopou por completo e finalmente calou os terríveis humores daquele Templo, que por muitos e muitos anos voltariam a ser apenas ruínas abandonadas

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A batalha nas Doze Casas ocupou a mente e a boca de todos os habitantes do vilarejo que havia no pé da montanha. Um vilarejo chamado de Rodório, que era também o nome de seu fundador. Era o mesmo lugar em que Seiya havia chegado para seu treinamento e de onde fugiu de tantas crianças que o imitavam e buscavam caçoar dele. Onde morou nas partes um pouco mais distantes. Um vilarejo fundado por homens e gigantes, para que pudessem juntos servir à Ordem de Atena em tempos imemoriais.

Um vilarejo silencioso e tenso, sem imaginar e muito menos adivinhar o resultado daquela terrível invasão. Se no começo do dia corriam pelas vielas e praças o riso tranquilo de que aquela rebelião seria facilmente rechaçada, com o dia morrendo os habitantes se tornaram mais e mais apreensivos.

Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de SeiyaWhere stories live. Discover now