83 - Presentes! Um Capitão Generoso

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— E foi assim que Tangaroa foi para sempre trancado debaixo do mar. — encerrou a velha senhora, não sem antes levantar um alerta para as crianças daquela turma. — Mas seu filho, o poderoso Ikatere, continua nas profundezas do oceano e não se cansa nunca de tentar se levantar do fundo do mar e vingar seu pai. E é por isso que nós precisamos sempre navegar com os dois olhos atentos.

 E é por isso que nós precisamos sempre navegar com os dois olhos atentos

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"Diário de bordo, dia vinte e três de viagem. Já posso ver ao longe as ilhas no horizonte. É bom voltar para casa. Desde o caso com as sereias, o Galeão não encontrou mais obstáculos e pôde navegar com tranquilidade de volta ao Pacífico Sul. A tenente-navegadora Lunara finalmente conseguiu convencer a imediata Geist de que seria uma excelente ideia todos desembarcarem nas praias paradisíacas de meu povo e eu acredito ser mesmo um bom momento para toda a tripulação ter alguns dias de paz. Sei que seremos todos muito bem recebidos pelos navegantes. É possível que eu tenha me empolgado um pouco e prometido presentes aos oficiais. A tenente Lunara levou isso muito a sério e agora eu preciso pensar em alguma coisa. É bom estar de volta."

O Galeão rasgava o Oceano Pacífico a toda velocidade, suas velas todas desfraldadas e alinhadas para usufruir de todo sopro que havia naquele lado dos mares. A brisa que batia no rosto de Seiya e da tripulação os enchia de confiança e alegria; Lunara parecia mesmo a criança encantada que era, agora sempre com seu fone no ouvido como se seu dia de trabalho fosse eternamente embalado por uma trilha-sonora apropriada para cada momento. Naquele em específico, ela ouvia rufores e tambores de uma música instrumental heróica.

A porta da Cabine do Capitão abriu e Meko Kaire surgiu sem o seu sobretudo ou mesmo sua Armadura de Cetus; o peito, nu coberto de tatuagens escuras de suas grandes aventuras e vitórias, espantou a tripulação. Ele ordenou à Geist que já preparasse o barco auxiliar e caminhou pelo convés até a bujarrona, em que se apoiou com um enorme sorriso no rosto ao ver surgir no horizonte sua terra-natal.

— Vai ter praia, Capitão! — gritou Lunara, ficando ao seu lado, e o Capitão-do-mar abraçou a pequena.

— Vai ter, pequena.

— Vai ter presente, Capitão? — perguntou ela, e Meko ficou um pouco sem jeito.

Ela não ia mesmo dar sossego.

O Galeão ancorou perto da costa e depois de três viagens do pequeno barco auxiliar, logo todos os tripulantes do Galeão desembarcaram nas areias finas e deliciosas da praia de uma ilha tropical e paradisíaca. Recebidos por uma comitiva de homens e mulheres muito bronzeados, de cabelos escuros, peitos nus, muitos tatuados como o Capitão e também com muita dança e alegria.

— Você deixou esse lugar pra ir pro Santuário? — perguntou June ao Capitão, que apenas lhe respondeu sorrindo.

Lunara já estava enturmada com as crianças; dançava e chutava as águas rasas com sua botina na cintura e os pés descalços no mar. Seiya e Geist estavam um tanto sem jeito recebendo colares de flores e um coco verde gelado com um canudo de bambu para tomar daquela estranha, mas deliciosa bebida.

Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de SeiyaWhere stories live. Discover now