79 - Noite no Santuário

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O templo seguinte não era muito diferente, pois não era raro Shaina encontrar Shun em profunda meditação, tal qual Shaka fazia, mas ele na Casa de Libra. Sempre sentado diante da balança de ouro de Libra, que lhe ressoava um Cosmo de Ouro. Ela não compreendia muito bem os motivos pelos quais o Mestre Ancião dos Cinco Picos Antigos havia solicitado Shun especificamente para treinar seu Cosmo.

— Ele pede para eu concentrar meu cosmo para manter a balança sempre equilibrada. Parece simples, mas na verdade é incrivelmente difícil. — disse ele, certa vez, ao receber Shaina fora do seu horário de treinamento naquele templo.

Miro também sempre a recebia com cordialidade e, na verdade, a acompanhava pela Casa de Escorpião até o interior da Casa de Sagitário, onde ela notava que ele sentia-se sempre muito pensativo diante do testamento de Aioros. Mayura fez questão de pedir aos artífices do Santuário que não tocassem em uma pedra daquele templo.

Na Casa de Capricórnio, diante da estátua de Atena e o guerreiro deformado, não era raro ela encontrar Shiryu sem sua armadura usando suas mãos e braços contra um bloco maciço de ferro, como se tentasse reparti-lo no meio.

— Não trata-se de força bruta. Deve parti-la como uma espada! — vociferava Aioria ao ver Shiryu conseguir apenas manifestar algumas faíscas de fogo ao tocar no bloco.

Na Casa de Aquário, debaixo da maravilhosa luz aquática, tudo que Shaina ouvia, por vezes, era o cantarolar e melismas graves de Nicol enquanto estudava ou escrevia. Era de todos o menor dos templos do Zodíaco, portanto Shaina logo estava atravessando a Casa arrasada de Peixes para o Templo de Atena. Sempre sentia-se estranha de estar naquela posição tão proeminente, pois acostumara-se a ser chefe da guarda mais pedestre no regime de Saga. Ela finalmente entrou naquele Templo corroído pelo tempo.

Alice e Mayura estavam no dormitório de Atena preparando Saori, que partiria em mais uma curta viagem; tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo, usava uma camisa de botão bonita e uma longa saia clara

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Alice e Mayura estavam no dormitório de Atena preparando Saori, que partiria em mais uma curta viagem; tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo, usava uma camisa de botão bonita e uma longa saia clara. Tomou o Báculo de Ouro no momento que Shaina surgiu no dormitório, pois a escoltaria.

— Tente não irritar nenhum Deus. — pediu Alice.

— Vou tentar. — respondeu ela. — Até breve, Mestre Mayura.

— Até breve, Atena.

E, ao lado de Mayura, Alice viu Saori desaparecer com Shaina. Respirou fundo, pois sabia que partia ali um pedaço dela também.

Ouviu então o som da cadeira-de-rodas de Mayura rolando para fora também, mas para outra direção: ao Altar de Atena.

— Quero lhe mostrar uma coisa. — disse a Mestre, cuja cadeira andava sozinha pelo Templo.

Alice caminhava atrás da Mestre para dentro de onde nunca haviam voltado: o lindo altar em que havia se dado a terrível batalha final entre Saga e os Cavaleiros de Bronze.

Assim que entraram, um feixe de luz do sol entrava por um rombo enorme no teto, pois aquele lugar nunca havia sido tocado pelos artífices, para que sempre servisse de ensinamento aos Camerlengos e Pontífices do futuro do resultado que a ganância poderia levar quando combinada àquelas importantes posições na Ordem.

Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de SeiyaWhere stories live. Discover now