15 - A Noite Sem Fim

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Saori levantou-se.

— Descansem, tem um quarto preparado para que possam passar a noite. — anunciou ela. — A Fundação ficará à disposição para o que precisarem daqui pra frente.

— Eu não acho que vai conseguir se livrar tão facilmente assim de nós dessa vez. — comentou Seiya.

Ela olhou para ele e encontrou um sorriso cansado no rosto de Seiya; e mesmo Shun, dolorido, experimentou deixar escapar um sorriso doce pela cara-de-pau do amigo.

Cansados e feridos, todos deixaram aquele escritório para seus aposentos; Saori fez questão de acompanhar o grupo até o quarto em que iriam ficar antes de ir embora com sua escolta de meninas.

— Você lutou bem hoje. — comentou Seiya com ela.

— Obrigada, Seiya.

E a porta fechou.

O barulho do chuveiro ligado enquanto Shun tomava um banho para apagar o sangue do corpo; Seiya e Shiryu sentados no chão contra a cama respiravam fundo em um dia que parecia interminável

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O barulho do chuveiro ligado enquanto Shun tomava um banho para apagar o sangue do corpo; Seiya e Shiryu sentados no chão contra a cama respiravam fundo em um dia que parecia interminável.

O chuveiro desliga e Shun aparece no quarto com uma toalha enrolada nas pernas.

— Você tá bem, Shun?

— Melhor agora.

— O que te incomoda, Seiya? — perguntou Shiryu olhando para o amigo perto de sua própria urna de Bronze.

— O Lema de Cavaleiro. — disse ele.

Recaiu um silêncio no quarto.

— Minha mestra Marin quase cortou minha mão quando eu quis abrir a urna de curiosidade logo depois que ganhei. Ela disse que a Armadura só deveria ser usada dignamente.

— O meu mestre também me fez repetir o juramento. — disse Shiryu e Shun concordou.

— Quando eu conquistei minha Armadura de Pégaso, ela foi entregue pelo Mestre Camerlengo em pessoa.

— O Camerlengo? — perguntou Shun, surpreso.

— Sim. Ele veio até a cerimônia de entrega da Armadura e me fez jurar o lema dos Cavaleiros. E agora eu estou me perguntando se tudo isso não está acontecendo porque descumprimos esse juramento. Cavaleiros não deveriam lutar em benefício próprio. A Armadura Sagrada não deveria ser usada para isso.

Ficaram calados.

— Não acho que eu seja mais digno de ser um Cavaleiro. — repetiu Seiya, com tristeza. — Marin deve estar muito decepcionada comigo.

— Ora, Seiya, não diga isso. Eu também retornei para reencontrar a minha irmã. Era tudo o que nós tínhamos na vida.

— Eu sei, mas aquele Cavaleiro de Cisne me dá calafrios. Ele parece que não tem coração. A Marin também sempre foi muito durona. Eu fico me perguntando se não deveríamos ser como eles.

Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de SeiyaWhere stories live. Discover now