— Descansem, tem um quarto preparado para que possam passar a noite. — anunciou ela. — A Fundação ficará à disposição para o que precisarem daqui pra frente.
— Eu não acho que vai conseguir se livrar tão facilmente assim de nós dessa vez. — comentou Seiya.
Ela olhou para ele e encontrou um sorriso cansado no rosto de Seiya; e mesmo Shun, dolorido, experimentou deixar escapar um sorriso doce pela cara-de-pau do amigo.
Cansados e feridos, todos deixaram aquele escritório para seus aposentos; Saori fez questão de acompanhar o grupo até o quarto em que iriam ficar antes de ir embora com sua escolta de meninas.
— Você lutou bem hoje. — comentou Seiya com ela.
— Obrigada, Seiya.
E a porta fechou.
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O barulho do chuveiro ligado enquanto Shun tomava um banho para apagar o sangue do corpo; Seiya e Shiryu sentados no chão contra a cama respiravam fundo em um dia que parecia interminável.
O chuveiro desliga e Shun aparece no quarto com uma toalha enrolada nas pernas.
— Você tá bem, Shun?
— Melhor agora.
— O que te incomoda, Seiya? — perguntou Shiryu olhando para o amigo perto de sua própria urna de Bronze.
— O Lema de Cavaleiro. — disse ele.
Recaiu um silêncio no quarto.
— Minha mestra Marin quase cortou minha mão quando eu quis abrir a urna de curiosidade logo depois que ganhei. Ela disse que a Armadura só deveria ser usada dignamente.
— O meu mestre também me fez repetir o juramento. — disse Shiryu e Shun concordou.
— Quando eu conquistei minha Armadura de Pégaso, ela foi entregue pelo Mestre Camerlengo em pessoa.
— O Camerlengo? — perguntou Shun, surpreso.
— Sim. Ele veio até a cerimônia de entrega da Armadura e me fez jurar o lema dos Cavaleiros. E agora eu estou me perguntando se tudo isso não está acontecendo porque descumprimos esse juramento. Cavaleiros não deveriam lutar em benefício próprio. A Armadura Sagrada não deveria ser usada para isso.
Ficaram calados.
— Não acho que eu seja mais digno de ser um Cavaleiro. — repetiu Seiya, com tristeza. — Marin deve estar muito decepcionada comigo.
— Ora, Seiya, não diga isso. Eu também retornei para reencontrar a minha irmã. Era tudo o que nós tínhamos na vida.
— Eu sei, mas aquele Cavaleiro de Cisne me dá calafrios. Ele parece que não tem coração. A Marin também sempre foi muito durona. Eu fico me perguntando se não deveríamos ser como eles.