Um sonho Para Mim

By kaya1000

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Desesperado para evitar a vergonha de ser plantado no altar, Colin Vaughn escolhe a pessoa mais aleatória qu... More

Nota da Autora
1. Uma Versão Diferente
2. Noiva Por Acaso
3. A Dama e a Vagabunda
4. Pode Beijar a sua Esposa... Ou não!
5. Até que o prazo nos separe
6. Prometo estar aqui
7. Uma Dama condenada
8. Prometo proteger-te
9. Lar, doce Lar?
10. Sua Nova e maravilhosa Família
11. Cabeça contra a Parede
12. Um passo em Falso
13. Depois do Fim
14. Donos das Próprias Histórias
15. A última Mulher em Pé
16. Um Óptimo Dia
17. Uma Visita Inesperada
18. Simplesmente Acontece
19. Um convite acima da Hora
20. E Se Não Fôr Mais Uma Mentira?
21. Isto Não Está Certo!
22. Conversas Tensas e Duras Confissões (round 1) - Parte 1
23. Conversas Tensas e Duras Confissões (round 1) - parte 2
24. Em Apuros
25. A Única Saída
26. Na Teia do Aranha
27. Ponto e Vírgula
28. Desesperados
29. Guerreiros e Caídos
30. Afundando por dentro
31. Duros de Derrubar
32. Uma Simples Recepção - parte 1
33. Uma Simples Recepção - parte 2
34. Uma Dama Em Evasão - parte 1
35. Quem te tornas
36. Mortas-Vivas
37. Uma Simples Demonstração
38. Um Monstro na Cidade
39. Bad Lovers
40. Capuchinho Preto perdida na Floresta
41. Tempo de Antena
43. Serenidade e Tolerância
44. Bom trabalho, querida
45. Ares do Ocidente
46. Dançando com o inimigo
47 - Game on
48. A Cláusula
49. O Peão Mais Sortudo Da História
50. Casados Para O Caso
51. A Falsa Loira
52. O Preço Da Liberdade
53. O peso das escolhas
54. Mas que inf...🤷🏾‍♀️🤷🏾
55. plano A
56. Jogadas Desesperadas

42. Into the Woods

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By kaya1000

Minutos depois que a reportagem de Ariela Vaughn-Smoak, a secretária que virou esposa do empresário Colin Vaughn, foi ao ar, todos os programas de entretenimento e noticiários repassaram passagens dela e, em talkshows a história por detrás do desaparecimento da jovem e do acidente no penhasco que no fim se revelou não sendo acidente eram alvo de análise por pessoas com as mais distintas opiniões.

Apesar da repórter constantemente insinuar traições envolvidas, Ariela e Colin mantiveram a história combinada.

O que houve é um assunto privado e nunca devia ter alcançado as proporções que alcançou, eles sentiam bastante por todos o caos causado.

Tudo não passou de uma briga de casal. Foram á casa do campo para trabalhar na sua relação, mas as coisas saíram do controlo com a chegada de Monique e Ariela decidiu ir embora, confusa demais. Pegou o carro e saiu a arder pela estrada.

Estava bastante magoada,  cheia de raiva de Colin e insegura sobre o futuro deles com Monique no meio. Tudo o que queria era sair da vida do ex-chefe e desaparecer do mundo e foi o que fez.
No calor da emoção decidiu jogar o carro que ele mais amava e tudo que tinha dentro e a ligava a ele no fundo do rio e se esquecer de Colin e toda a complicação que ser sua esposa trazia. Quem nunca pensou em fazer isso quando tudo parece perdido? Ela estava com a cabeça a mil, o coração machucado e sua firmeza derrubada. Não era estúpida para achar que podia competir com Monique Vaux-Durant pelo coração do empresário. A francesa o teve por anos e ela mesma havia testemunhado o quanto eram perfeitos e implacáveis juntos.

- Eu precisava de um tempo sozinha. Para pensar. Para ver a minha vida com mais clareza e perceber o que estava a acontecer, o que eu estava a sentir, o que tudo isto representava para mim. E acima de tudo, eu precisava de olhar para a nossa relação e tudo o que passamos para me convencer de que era mesmo real. Que nós nos amamos e podemos ficar juntos se nós quisermos e lutarmos por isso. Essas são coisas que você só pode saber com uma introspecção profunda e sem influência de nada nem ninguém. A verdade é que nossa história começou de uma forma conturbada ate para nós que às vezes me assusta. Mas nós nos amamos e vamos fazer isto funcionar.

Os aplausos ecoaram pela sala assim que a reportagem cortou e saíram do ar. Ariela se levantou de imediato e saiu do cenário. Queria se libertar do ar desconfortável que a cercava desde que começou a gravação.

Falsa. Era o que estava a se tornar. Uma pessoa cuja vida era baseada em mentiras consoante a imagem que queriam passar ao público e, pelo que parecia, seria assim para sempre. Viver uma realidade e vender uma mentira às pessoas de fora.

Colin terminou de falar com Lara,  a apresentadora, e a alcançou, envolvendo sua cintura com seu braço e beijou seu cabelo com ternura. Ajeitou o cabelo dela atrás da sua orelha e a avaliou por um instante. Estava retraída e rija.

- Você está bem, amor?

Ariela sorriu com fraqueza e abraçou-lhe o quadril. Repousou sua cabeça no peito dele como uma criança assustada que finalmente encontra abrigo e segurança no colo da mãe. Fechou os olhos e inalou o aroma do seu perfume amadeirado, sua fragrância era leve e um pouco complexa, no entanto,  era também refrescante - combinava totalmente com a personalidade do dono. Já se sentia bem naquele momento, com ele ao seu lado. De alguma forma mágica a presença dele afastava suas dúvidas e dessabores.

Sua vida nunca foi fácil, e depois do casamento só piorou ao carregar o peso de ser parte da família Vaughn e ter a atenção do mundo todo em si. Com os tormentos e segredos da sua vida, esse fardo vinha múltiplas vezes mais pesado, mas qualquer sacrifício valia a pena se a mantivesse onde estava. Nos braços do homem que amava daquela forma.

- Sinto muito por te colocar nesta situação, Ari. - ele sabia também o quanto estava a exigir da sua esposa. Desde o dia em que a propôs casamento, a submeteu a essa vida teatral. Achou que assumindo seu amor um pelo outro tudo acabava, mas não podia estar mais enganado e isso lhe afligia a alma.

- Coração, eu sou a causa de tudo isto. Sou eu quem sente muito por te arrastar nisto e instigar teu lado de mestre das mentiras.

- Tens razão. És o diabo aqui.

Sorriram ambos, e a descontração terminou quando Hope chegou junto deles.

- Me desculpem por interromper - disse a detective - Ariela Smoak?

Ariela virou-se para ela e a reconheceu da reportagem que viu no aeroporto e a fez desistir da viagem. Ela acusou Colin de mata-la, não gostava dela. Olhou para o marido e viu a rigidez do seu semblante a olhar para a policial.

- É Ariela Vaughn, por favor. - corrigiu e se juntou mais a Colin, lhe envolvendo com o braço no quadril tal como ele havia feito com ela antes.

Hope acenou, notando a postura defensiva dela, e virou-se para saudar Colin, de quem recebeu um retorno frio, deixando claro como não era bem-vinda.

- Amor, você conhece a detective Dawson? Ela tinha teorias bem criativas sobre a nossa relação e sobre como eu era culpado da tua morte. - ele diz.

- Ah sim. Ouvi bastabte sobre suas declarações, detective. Acho que agora deve um pedido de desculpas ao meu marido por tamanho absurdo.

- Oh, não me parece que isso vá acontecer - disse Rupert a se juntar a eles - a detective Hope Dawson aqui não acredita em palavra alguma do que disseram. Para ela, tudo não passa de uma farsa que obrigados Ariela a actuar.

- Isso é realmente surpreendente. Por que acharia isso? Você não me conhece, e acho que nao conhece nenhum de nós ala da media. Tem algum problema connosco, detective? - Ariela perguntou.

- Digamos que eu tenha um instinto especial próprio para detectar mentiras e algo me diz que você, Ariela Smoak, contou uma história que os irmãos Vaughn e Sanderson inventaram, ou então que aquela mocinha das relações públicas mandou contar.

Ariela sorriu como se ouvisse o maior absurdo da vida.

- Devia escrever ficção. Sua cabeça tem muita fantasia a rolar.

- Um sexto sentido de detective, eu creio. -Rupert interveio - Ela é tão boa com esse sentido que colocou um homem inocente na cadeia por dois anos bem no seu primeiro caso, e adivinhem como terminou. Quando se provou que este era inocente e ia ser libertado, o homem foi assassinado na sua última noite na prisão. Se eu fosse você, nunca mais confiava nessa intuição, detective.

Hope olhou para Rupert chocada. Como soube daquela história? Aquela era uma das coisas que mais a atormentava na vida e ele usar isso para a atingir era simplesmente devastador para ela.

- Você..

- Sim, detective, eu sei como descobrir coisas, mas para isso não preciso de ficar importunando as pessoas que estou a investigar - ele repisou - Você acha que está a fazer seu trabalho? Avante. Mas, pela última vez a aviso, faça-o longe de nós e, espero que da próxima vez que a vir, tenha algo baseado em mais do que sua intuição deficiente. Agora, por favor, tenha a gentileza de sair por onde entrou, a minha família precisa de sua paz de volta.

Hope teria amado conseguir reagir e rebater, mas de repente voltou a se sentir aquela policial novata que foi ingénua e cometeu um erro que acabou com a vida de um homem e sua família. Sentiu-se tão pequena e devastada como a policial cabisbaixa e chorona que se tornou depois. Quase desistiu do seu distintivo e perdeu o rumo, até que encontrou razões para continuar.

O caso de Ariela, representava apenas aquilo que jurou  fazer - proteger as pessoas de opressores, principalmente as mulheres. Odiou o olhar de pena de Ariela, o descaso e desprezo na aura inflamada de Rupert. Até a indiferença de Colin a feriu e saiu a fugir daquele lugar.

Ariela teve vontade de segui-la, mas Colin segurou sua mão com força dando sinal para não o fazer. Ela olhou para o cunhado a reprovar sua atitude. Não é certo resgatar os erros mais tenebrosos das pessoas simplesmente para os jogar ao alto e se sobressair numa situação, principalmente quando você não sabe o inferno pela qual a pessoa passou ou os fantasmas que enfrenta para continuar a viver.

- Isso foi horrível, Lupe! Não era preciso tanto - Ariela disse.

- Ariela, cunhada, os árabes estão aqui, e graças à nossa querida irmãzinha, eles podem saber quem você é. Então me desculpe se não estou mais com paciência de lidar com uma detective com síndrome de super heroína quando sequer entendo direito sobre os malditos acordos de escravidão por divida que te unem aos árabes.

- Está a nos ser difícil conseguir o decreto que regula a peonagem. Essa prática foi abolida há bastante tempo em favor dos direitos humanos, mas parece que os pouquíssimos países que resistiram a pressão das Nações Unidas têm versões mais diferenciadas das que conseguimos. Temos que ter a versão árabe para sabermos direito com que estamos a lidar e como te libertar disso - Colin explica.

- Pois, mas não é como se eu pudesse usar meu charme e pedir por uma cópia a eles. No entanto não se preocupe tanto com isso agora.Embora esteja a ser dificil, eu tenho um pessoal a tratar disso.

- Você tem razão, Lupe. Não devíamos ser distraídos do problema maior. Obrigada por tudo. - Ariela disse.

- Agradece a esse embuste que foi se apaifonar por ti quando ele mesmo gritava que sabia o que fazia. Era mais acabar com este falso casamento e te entregar aos árabes, mas enfim... Você é da família agora. E nós cuidamos um do outro, não importa o que esteja no meio. - disse o advogado e se despediu dos dois com abraços e saiu.

Depois que a equipe da televisão foi embora, Ariela e Colin saíram para caminhar pelo vasto bosque que tinham ao redor da casa, buscando encontrar paz em algum canto e se reconectarem. Estavam juntos, mas entre a correria de justificar a morte falsa e a inverosimilhança de a ter de volta, não puderam ter um tempo sozinhos de verdade para poderem falar e se amar.

Era uma noite tranquila e fresca, aclareada pelo luar e havia estrelas a cobrir o céu. A frescura da noite cheirava a flores exóticas, e pequenos pontos de luz esverdeada se reflectia sobre as folhas das plantas conforme os vagalumes acendiam.

- Esta foi uma ideia maravilhosa.  Por que nunca fizemos isto antes? - perguntou Colin - Acho que nunca mais estive neste bosque depois de comprar a propriedade, se não para correr.

- Fala sério. Como pode alguém comprar um lugar destes e sequer usufruir dele? Vocês ricos são mesmo estranhos.

Ele arqueou as sobrancelhas e parou a caminhada.

- Somos estranhos?

- Totalmente. Vocês compram um monte de coisa que parecem não saber usar direito. Você sabe quanta coisa maravilhosa pode fazer aqui neste bosque?

- Por favor, senhora Vaughn, ilumina a mente pouco imaginária deste rico estranho.

Ariela sorriu e se aproximou mais do marido, colando seu corpo ao dele.

- Chame-me senhora Vaughn outra vez, por favor.

Colin sorriu em retorno e acariciou seu rosto, admirando a beleza dela. Claro que repetiria senhora Vaughn uma vez e infinitas mais porque lhe enchia de orgulho saber que ela era sua esposa. Sua mulher.

- Senhora Vaughn. Senhora Vaughn. Senhora Vaughn.

Satisfeita, Ariela beijou-lhe com ternura e depois lhe puxou até o lago. Era simplesmente encantador vê-lo de noite, com as águas azuis acinzentadas pelo encontro das luzes implantadas no interior com o luar.

Havia uma área limitada no início do lago onde a água era morna. Recuou vagarosamente para essa parte enquanto descalçava os sapatos e virou-se de costas e afastou o cabelo do pescoço para que Colin ajudasse a arriar o zíper do seu macacão e tirou-o todo. Era um convite claro para o que vinha a seguir.

Colin apreciou-a por um tempo, passou seus dedos suavemente por cada tatuagem desenhada na sua pele e a beijou. Ela lhe ajudou a tirar sua roupa também e passou suas mãos pelo tronco nu dele. Beijou seu peito com veneração e sentiu-lhe pressiona-la mais a ele como se fossem fundir seus corpos.

- Promete para mim que não vai mais desaparecer assim. Não quero mais sentir o que senti ao te perder, Ari.

Olhou para ele e podia ver a súplica em seus olhos.

- Nunca mais. Prometo, meu amor.

Ele passou a mão pela cabeça dela e tirou a peruca que ela trazia. Acariciou o cabelo escuro e sorriu para ela.

- Não tens que te adornar quando estivermos sozinhos, a não ser que gostes assim. Eu sei quem tu és. E te aceito com qualquer aparência.  - ele disse.

- Amo-te, Colin. - ela disse e antes que ele pudesse prever, Ariela assumiu a Tala em si e lhe empurrou para o lago e saltou para dentro logo em seguida. Mostrou para o milionário como se divertir naquele lugar de todas as formas conforme sonhava nos dias em que vagava sozinha no bosque.💐

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