Um sonho Para Mim

By kaya1000

12.9K 1.1K 435

Desesperado para evitar a vergonha de ser plantado no altar, Colin Vaughn escolhe a pessoa mais aleatória qu... More

Nota da Autora
1. Uma Versão Diferente
2. Noiva Por Acaso
3. A Dama e a Vagabunda
4. Pode Beijar a sua Esposa... Ou não!
5. Até que o prazo nos separe
6. Prometo estar aqui
7. Uma Dama condenada
8. Prometo proteger-te
9. Lar, doce Lar?
10. Sua Nova e maravilhosa Família
11. Cabeça contra a Parede
12. Um passo em Falso
13. Depois do Fim
14. Donos das Próprias Histórias
15. A última Mulher em Pé
16. Um Óptimo Dia
17. Uma Visita Inesperada
18. Simplesmente Acontece
19. Um convite acima da Hora
20. E Se Não Fôr Mais Uma Mentira?
21. Isto Não Está Certo!
22. Conversas Tensas e Duras Confissões (round 1) - Parte 1
23. Conversas Tensas e Duras Confissões (round 1) - parte 2
24. Em Apuros
25. A Única Saída
26. Na Teia do Aranha
27. Ponto e Vírgula
28. Desesperados
29. Guerreiros e Caídos
30. Afundando por dentro
31. Duros de Derrubar
32. Uma Simples Recepção - parte 1
33. Uma Simples Recepção - parte 2
34. Uma Dama Em Evasão - parte 1
35. Quem te tornas
36. Mortas-Vivas
37. Uma Simples Demonstração
38. Um Monstro na Cidade
39. Bad Lovers
41. Tempo de Antena
42. Into the Woods
43. Serenidade e Tolerância
44. Bom trabalho, querida
45. Ares do Ocidente
46. Dançando com o inimigo
47 - Game on
48. A Cláusula
49. O Peão Mais Sortudo Da História
50. Casados Para O Caso
51. A Falsa Loira
52. O Preço Da Liberdade
53. O peso das escolhas
54. Mas que inf...🤷🏾‍♀️🤷🏾
55. plano A
56. Jogadas Desesperadas

40. Capuchinho Preto perdida na Floresta

127 16 2
By kaya1000

Colin mal dormiu naquela noite. Saiu da clínica pela madrugada e não conseguiu pregar o olho quando se pôs á cama. A conversa com Monique havia sido confortante, deu para desabafar e ouvi-la também, mas havia mexido com todas as suas emoções e lhe deixado um caco. Não gostava nada de ter sua sensibilidade agitada desse jeito, mas há coisas inadiáveis, conversas necessárias e sentimentos que devem ser revelados. E fugir disso é estender sofrimento. É inflingir dores a si mesmo que podia muito bem tirar para fora e se livrar para poder seguir mais leve.

Rupert podia lhe chamar de sentimental e gozar com ele por isso, mas simplesmente a capa de homem frio e imbatível era algo que só conseguia vestir no trabalho, não aguentava sustentá-la por muito tempo com aqueles que amava.

Foi uma conversa pesada, nunca é fácil ouvir sobre tudo o que fizemos mal, principalmente quando podemos ver com nossos próprios olhos o resultado desastroso dessas acções.

Ele havia feito tanta coisa mal e sequer percebeu. Era bem difícil viver com essa noção, mesmo quando havia tido o perdão da pessoa que mais magoou.

Quando se despediu dela, Monique disse que seria a última vez que se iriam ver por um tempo. Ela voltava para França assim que tivesse alta e achava que seria naquele mesmo dia. Desejou-lhe o melhor e disse que estaria disponível para ele se precisasse de sua ajuda em alguma coisa, principalmente se fosse relacionado a derrubar os árabes - estava com tanta raiva deles quanto ele.

Amanheceu, Colin decidiu sair para a sua corrida de rotina. Há dois dias que não fazia nenhum tipo de exercício, não era de admirar tanta exaustão e mau humor.

Os paparazzi que estavam acampados em frente a sua casa já não estavam lá, o que lhe deixou aliviado, embora tenha visto dois ao longo do troço, mas estavam distante e decidiu continuar a ignorar.

Entrou no parque botânico aberto ao público e podia jurar que alguém lhe estava a seguir, mas quando reparou com discrição atrás de si, ninguém estava. Em outras circunstâncias podia achar paranóia sua ou então não ligar importância, mas na fase em que estava, tudo captava sua atenção e não queria baixar a guarda com o árabe solto por aí.

Continuou a correr e de novo a sensação de estar a ser seguido. Desviou do troço habitual e entrou entre plantas altas ladeando o caminho e se escondeu. Uma figura em fato de treino preto e capuz cobrindo sua cabeça seguiu o mesmo desvio e parou quando não lhe viu á frente. Começou a reparar aos lados buscando por ele. Colin saiu do esconderijo e surpreendeu seu seguidor de trás e lhe derrubou no chão, desmobilizando-lhe em seguida com o braço no pescoço.

- Quem tu és? - Perguntou logo.

- Ai, Colin, me estás a magoar! - A voz lhe soou assustadoramente familiar que lhe pareceu impossível ser real. Devia ser sua cabeça a criar partidas. Aumentou a pressão no braço - Colin, pelo amor de Deus! - ela reclamou, a bater no seu braço.

Aliviou um pouco a pressão, mas sem ainda tirar o braço do pescoço dela.

- Ariela? É você?

- Eu podia dizer sim se não estivesses a partir-me a garganta.

Ele largou-a e a ajudou a levantar, totalmente assombrado. Ainda não acreditava no que via.

- Vai ficar a me olhar com essa cara de bichon Frisé ou vai abraçar o fantasma da sua esposa, senhor Vaughn? - ela brincou, nervosa demais para fazer outra coisa e falar algo que prestasse e digno de quem fugiu e com isso estragou as coisas de uma forma que não imaginava. Não sabia o que dizer a ele. Tentou pensar nas melhores palavras, melhor discurso e melhor maneira de pedir desculpas, mas nada correspondia. Decidiu naquela manhã lhe interceptar na sua corrida e o deixar o desenrolar do resto nas mãos de Alláh. - Sou eu, Colin.

Era ela mesmo. Tudo indicava que era ela, embora parecesse diferente de alguma forma. Colin sorriu, incrédulo e a envolveu num forte abraço demorado. Sentiu toda a vibração que só a sua esposa lhe fazia sentir, muito mais acentuada pela surpresa do momento.

- Ariela, és tu mesmo. - apalpou seu corpo para confirmar que era real. Pôde tocá-la, então era de verdade, pelo menos nos seus sonhos, se é que estava a sonhar. Era difícil saber. Algo assim não podia ser real - Meu amor.

Ele tocou seu rosto e ela fechou os olhos ao sentir o arrepio que seu toque ainda causava nela. Como é que por um segundo pensou que podia viver sem ele?

- Isto é real? Pareces tão real.

- Estou aqui, meu amor. Sou eu. Tão real quanto a vontade que eu tinha de te sentir outra vez.

Ele a abraçou mais forte e beijou sua cabeça sob o capuz. Sua alegria era tão intensa que começou a rir. Quis tirar o capuz para vê-la melhor, mas Ariela segurou-o na cabeça e lhe impediu.

- Por favor, não. - disse ela - Temos que falar, Colin. Mas não pode ser aqui.

- Ariela... - Ela estava agitada, olhava ao redor como se desconfiasse estar a ser seguida.

- Só me diz o lugar e a hora. Diz-me onde e eu estarei lá. Não posso ficar aqui por muito tempo.

- Ari, o que se passa? Diz-me, eu vou te ajudar.

- Eu sei. Eu sei que você vai, e eu vou contar tudo. Mas não pode ser aqui, por favor, Colin.

- Está bem. No covil do Lupe - Colin disse - encontre-me lá em meia hora, você consegue?.

Ela acenou que sim com a cabeça .

- Eu estarei lá. - Ela disse. E sabia que era hora de ir, mas era quase impossível largar sua mão e se afastar. Nem ele queria deixar ir. Tinha medo de perdê-la de vez e nem sequer conseguir invocá-la se fosse mesmo um sonho.

- Você tem mesmo que...

- Ir? - ela lhe cortou - Sim, eu tenho sim. Mas falamos em breve, meu amor. Prometo que não vou a lugar algum sem ti. - ela disse e abraçou-lhe rápido - Meu Deus, eu amo-te tanto, Colin. - disse e depois dele responder.

- Amo-te mais.

Ela sorriu e no instante seguinte havia ido embora.

Colin não parava no lugar, andava num rompante pela sala a reparar insistentemente no seu relógio de pulso como se fosse solução para algo além de aumentar sua ansiedade.

Não havia continuado a correr nem mais um circuito. Pegou o primeiro taxi que viu e foi ao apartemento do irmão e lhe chamou pelo caminho.

Rupert já havia cansado de lhe pedir para se sentar e acalmar, tanto que se estendeu no sofá com um saco de batatinhas fritas no colo e ficou a esperar, lhe assistindo naquele irritante vai e vem, ainda mais quando havia entrado de sapatos na sua casa.

- E se alguma coisa tiver acontecido com ela?

- Como o quê? Ela ter visto a luz e decidido atravessar? Paz á sua alma.

Idiota! Pensou Colin dentro de si. Rupert não acreditava no que disse, sabia, ele era bastante céptico em relação ás coisas que ainda não tinham explicação lógica.

A porta do apartamento abriu e Ariela entrou, tão estranha como quando surgiu no parque, mas Colin correu para abraça-la no instante e daquela vez demorou mais para larga-la.

- Meu amor!

- Coração! - respondeu ela - Me desculpe a demora. Eu tinha que garantir que ninguém me seguia.

Ele não se importava com isso, nem com mais nada. Bastava para si que ela já estava ali. Seu coração havia despertado e tudo em si comemorava a presença dela.

- Você chegou, é o que importa. Eu não achei que fosse ver-te de novo nesta vida, Ari. Isto é como um milagre para mim.

- Colin, eu sinto tanto. Eu nunca quis te fazer sofrer nem causar esta confusão toda.

- Mas causou, cunhada. E sinto muito por empatar esse reencontro maravilhoso, mas tem muito que nos explicar.

Só naquele momento ela percebeu que Rupert estava ali.

- Lupe!

Ele sorriu e abriu os braços para recebê-la num abraço.

- É tão bom que tenhas ressucitado. Meu irmão não é um tipo para ficar de luto, por favor. Era deprimente olhar para ele e estava a me deixar louco como ele. Por favor, não morre outra vez.

Ariela sorriu.

- Foi mau, me desculpa. Vou tentar não fazer mais isso.

- O perdão vai depender da história insana que você contar. O que aconteceu, mulher?

Ariela olhou para Colin que se pôs ao seu lado e envolveu com seu braço de um jeito protector para se sentarem e contou-lhes sobre o plano de fuga que seu pai e ela sempre tiveram armado para quando fosse preciso fugir, e do que a fez ficar. Quanto mais falava, mais os irmãos Vaughn e Sanderson ficavam espantados e se perguntavam como nunca imaginaram que aquela assistente que se sentava em frente a sala de Colin e recebia todo o mundo com simpatia e atenção como se fosse um robô no protótipo de uma assistente perfeita com a vida pessoal estagnada tivesse de facto uma vida secreta tão interessante.

- Oh isso é surpreendente. Você sempre teve uma identidade secreta e consegue se esconder das cameras como fugitivos reais? Quem diria?! Parecias um robô tão aborrecido que só servia para arrumar a agenda deste desgraçado. Você era somente a Ariela Smoak. Alguma vez eu procurei saber como estavas?

- Não.

- Você sempre tinha a cara de simpatia e perfeição, de quem tem uma vida linear e sem estresse, não parecia preciso perguntar. Não me parecia uma bandida.

- Eu não sou uma bandida.

- Não. Só é uma fugitiva. Uma pessoa morta e agora uma rapariga gótica. Meu Deus, o que você fez com a minha cunhada? Qual é mesmo teu nome agora?

- Tala Balesteros - Ariela respondeu e colocou novamente o capuz ao ver sua imagem atacada por Rupert. - Eu tinha que mudar, Rupert. Não escolhi esta vida. Mas não podia continuar com isto quando vi aquela acusação absurda sobre ti, Colin.

- Eu sei, amor. Eu entender que tenhas feito isso a pensar em nos proteger a todos e não ser pega pelos árabes. Mas não pode mais fugir assim. Tem que confiar em nós e resolvermos o que fôr juntos. Você promete?

Ariela acena com a cabeça que sim.

- Eu não sei o que fazer agora. Não sei mais o que é certo e seguro para todos. Sinto-me perdida no meio de uma floresta e sequer sei quem devo ser. O mundo todo pensa que morri. Não quero fugir, mas não sei se ficar é uma boa escolha. Como eu volto e que história eu vou contar sobre o acidente e toda esta mudança no meu visual?©💐

Continue Reading

You'll Also Like

823K 42.1K 57
📌Rocinha, Rio de Janeiro. 1° Livro da série Mundos🌎 O meu mundo e o seu mundo são completamente diferentes🌍 Plágio é crime🚫
1.5M 136K 45
A vida de Alice nunca foi fácil, e conquistar uma vaga de estagiária na multinacional Dollar S.I. era a grande chance de mudar de vida. Entretanto...
42.9K 2.8K 47
🔥TRIOLOGIA: SUBMUNDO(2 LIVRO) [+18] Gisele é uma jovem rica que tem bons sentimentos, e que acredita fielmente no amor mesmo nunca ter sentido isso...
55K 2.1K 70
"Somos intensos, como o calor do sol e as chamas do fogo"