| N i n a |
Hoje é aniversário do Adam e pensei que seria uma boa ideia fazer uma surpresa, pois diferente de mim, ele adora surpresas e coisas grandes.
Lembro-me de um dia em que Adam me levou até um campo lindo, onde fizemos um piquenique. Eu já estava apaixonada por ele, mas não sabia. Aquele dia foi incrível e quero voltar para ele, então teremos um jantar com comida que comprei num restaurante. Pedi para o Max me deixar aqui mais cedo, assim, quando Adam chegasse, tudo estaria pronto.
Estendi, debaixo da árvore, uma manta amarela e coloquei a comida ali, além de flores, velas e o presente do Adam. Max me ajudou com tudo, já que ainda estou com o pé quebrado. Ele pendurou luzes os galhos e me ajudou a deixar tudo pronto. Foi embora dez minutos antes do Adam chegar, nesse exato momento.
Ele para o carro sobre a grama assim que me vê e o seu sorriso é visível de longe. O homem vem até mim segurando um buquê de flores amarelas, como se o aniversário fosse meu. Não tento me levantar, pois não irei conseguir, mas retribuo o sorriso a Adam.
- Você não precisava fazer isso. - Ele diz assim que está perto de mim.
- É seu último sopro de liberdade antes da vida adulta. - Sorrio.
- Se minha vida adulta for com você, esse certamente não será meu último sopro de liberdade, Nina Davis. - Ele sorri e se senta ao meu lado.
- Você não pode evitar ser charmoso, né?
- Corre pelas minhas veias. - Ele ri. - São para você. - Ele me entrega as flores.
- É seu aniversário, não meu. - Reviro os olhos.
- Não importa. Eu gosto de ver esse seu sorrisinho bobo no rosto. - Adam me beija.
- Obrigada, Collins. - Sorrio.
Eu percebi que estar perto do Adam, é estar bem. Ele faz com que todas as pessoas se sintam únicas e felizes e eu nunca conheci ninguém que tivesse a capacidade de fazer isso. Eu amo tudo o que Adam tem tem e o que ele, é porque é lindo. Tudo nele é lindo.
- Qual o cardápio, Davis?
- Comida chinesa.
- Ew. Eu odeio comida chinesa. - Ele faz a careta mais hilária que já o vi fazer.
- É brincadeira. Você não vai comer peixe cru hoje. - Digo. - É pizza. Sua comida favorita.
- Você quem fez? - Adam abre um pequeno sorriso de lado.
- Sim. Com queijo extra e borda. A Margot me ajudou, mas eu fiz grande parte. - Sorrio. - Não que fazer pizza seja a coisa mais difícil do mundo, mas aqui estamos.
- Eu te amo, Nina. Muito. Você foi pra cozinha por minha causa? O seu feminismo caiu por terra. - Ele brinca.
- Idiota sexista. - Empurro seu ombro. - Também tem champanhe comprado pela Margot, pois sou menor de idade. Cupcake de pimenta e chocolate, que você disse que gosta com uma vela fofa, batata frita que eu mesma comprei e tem torta de limão. O sr. Hayes me ensinou a receita e disse que essa torta de limão é mágica. Une as pessoas para sempre, vide ele e a dra. James.
- Já estamos unidos para sempre. - Ele murmura, sorrindo.
- Bem, Adam, teremos uma trilha sonora de Ed Sheeran ao fundo e bem vindo ao seu jantar de aniversário.
- Você não precisava fazer isso tudo, Nina. - Ele diz, tocando meu rosto.
- Eu queria fazer isso. Queria poder fazer mais, mas eu sabia que isso seria o suficiente para te ver feliz, assim.
- Você é a mulher da minha vida. Eu não mereço você.
- Você merece mais, Collins.
(...)
- E então? Está terrível? - Digo apreensiva, assim que Adam morde um pedaço da pizza.
- Nina, você não tem noção do quão bom isso é. - Ele solta um longo suspiro de satisfação. - Diferente do que pensa, não estou falando isso para te agradar. Essa pizza está tão boa. Eu vou casar contigo só por isso. Só por essa pizza.
Rio. Eu amo como ele é sincero sobre as coisas que acha.
- Então eu não serei sua esposa, serei sua pizzaiola. - Reviro os olhos.
- Eu consigo viver com isso. - Diz com queijos escorrendo pela boca.
- Eu estou feliz que esteja feliz.
- Feliz? Davis, eu não tenho capacidade de descrever o sentimento que eu tenho agora. O quão feliz eu estou, principalmente porque você está bem. Aparentemente bem. - Ele diz. - Isso aqui me deixa feliz, é claro, mas você... você me faz transcender isso. Eu nunca senti nada tão bom quanto o que eu sinto com você.
- Um romântico incorrigível.
- Eu sou. Você me deixa assim. - Ele gargalha. - E ainda bem que deixa.
Eu e Adam devoramos tudo o que dá para devorar sentados no meio do nada, sem um sinal de vida a quilômetros. Estamos perdidos, mas juntos. Por isso é tão bom.
Adam, do nada, começa a se levantar e eu não entendo, mas com dificuldade, ele consegue me ajudar também. Junta seu corpo no meu e me sustenta enquanto uma música toca no fundo e dançamos juntos, colados, sob as estrelas do céu mais lindo do mundo. Eu deito minha cabeça em seu peito e é como se tudo se encaixasse perfeitamente. Nossos corpos, nossas vidas. Eu não sou capaz de traduzir os sentimentos que tenho nesse exato momento; são infinitos. Mas, bem, se pudesse chegar perto, eu diria que caso o mundo despencasse aos nossos pés agora, nesse exato momento, eu não moveria um músculo para longe de onde estou, pois é exatamente aonde eu quero estar. Quero estar com esse homem.
Beijo-o. Quase não temos tempo realmente sozinhos e os antibióticos e antiinflamatórios me deixam sonolenta a noite, então não ficamos tanto tempo juntos e acordados. Eu amo que ele não me cobra isso; ele não me cobra o que eu não posso ou não consigo fazer.
Adam retribui o beijo e rapidamente as suas mãos descem pelo meu corpo. Então ele se acende automaticamente. É como se as mãos e o beijo e a tensão fossem o suficiente para me deixar ligada.
- Nina. - Ele me chama.
- O que foi? - Indago ofegante.
- Quero fazer amor contigo. - Ele murmura.
- Não precisa falar duas vezes. - Sorrio e ele revira os olhos e ri.
Adam me pega no colo e se abaixa, deitando-me sobre o espaço vazio da manta.
Com calma, empurra tudo para o lado, sobre a grama. Apaga as velas e ficamos sob as luzes penduradas na árvore.
- Adam. - Chamo-o.
Ele volta o olhar arregalado para mim, assustado.
- Eu fiz alguma coisa?
- Não. Só queria dizer que eu te amo. Muito.
Ele sorri e fica sobre mim.
- Eu te amo, Nina. Muito. - Volta a me beijar.
Seus beijos quentes me deixam completamente fora de mim.
Adam passeia com os dedos pelo meu corpo e tira a minha blusa. Repito o processo para tirar a dele. Que homem mais lindo e gostoso, sinceramente.
Adam espalha beijos pelo meu pescoço, ombros, peitos, barriga e chega até meu short. Ele o tira com calma para não machucar meu pé. Fico apenas de calcinha e sutiã, até porque estava descalça.
- Eu sou completamente apaixonado pelo seu corpo. Cada curva cheia, cada pedacinho de você.
Ele deixa beijos sobre as cicatrizes, como costuma fazer sempre. Adam diz que quer mostrar respeito e, sinceramente, eu fico ainda mais excitada quando ele age de maneira tão fofa e gentil. É um bônus.
Em poucos minutos, estou nua com os lábios dele mapeado cada canto do meu corpo. Nada nunca foi tão bom quanto Adam. Nada nunca é tão bom quanto Adam. Nada nunca será tão bom quanto Adam.
Ele não poupa um segundo em se empenhar em me dar prazer, me deixar fora de órbita. Não há como não amar a forma cuidadosa com a qual ele trata meu corpo e trata o que quer que eu sinta, o que eu devo sentir. Me toca como firmeza, mas também com cuidado e não faço ideia de como ele consegue fazer isso.
Ele, então, com calma, abre as suas calças e é quando nos perdemos. De vez. Eu não sei se seria feliz dessa forma em qualquer outro lugar do mundo, com qualquer outra pessoa. Ele me leva até onde eu nunca pensei que seria capaz de ir, mas acabo indo além. Eu não sabia que era possível sentir todas essas coisas ao mesmo tempo ou pelo menos uma delas.
Seu nome recai dos meus lábios diversas vezes; não consigo conter. O nada em que estamos só consegue ouvir o barulho do vento nas folhas e os meus gritos de prazer e luxúria. São em momentos como esse que eu percebo que sou dele de corpo e alma, inteiramente rendida. Já deixei de ser mim para ser dele e agora eu não quero mais voltar. Quero morar nesse estado de êxtase da felicidade.
Ao fim, Adam se deita ao meu lado, ofegante, em êxtase. Ele recosta sua cabeça entre os seus seios expostos e respira fundo.
- Espero nunca me esquecer dessa dia, Nina. - Ele sussurra.
- Eu não vou deixar. - Beijo o topo da sua cabeça.
- Obrigado por fazer da minha vida um existência extraordinária.
- Eu quem devia agradecer. Você mudou minha vida para sempre e eu vou te amar eternamente, Adam Collins.
- O sentimento é recíproco, Nina Davis.