AMYAH ➛ JUSTIN BIEBER

By dbieberg

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"- Estou farta de avançar três e recuar dez, Justin. - Sussurrei, ao vê-lo de cabeça baixa num dos bancos ent... More

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By dbieberg

               
Amyah Johnson (2)
Justin's Point of view

Horas se passavam e nós continuávamos naquele lugar. Eram quase duas da manhã e o ambiente tornou-se mais pesado, visto que a droga já circulava pelo corpo de cada um, no entanto, mais agradável, pois havia música.

Tanto eu como Ryan, apenas ficamos pelas cervejas. Nenhum de nós fumava.

No entanto, Amyah já havia levado umas quantas ganzas há boca, no espaço de duas horas. Os seus olhos estavam avermelhados e o facto de serem claros, percebia-se facilmente que havia fumado. E até, esvaziado umas quantas latas de cerveja.

Reparei no seu olhar vazio. Estava agora sozinha, visto que Kaya dançava com Michael entre as duas paredes do túnel, onde uma pequena fogueira estava acesa.

Hesitei um pouco, mas acabei por me levantar e caminhar na sua direção. Sentei-me no pneu pouco acima do dela e os nossos olhares cruzaram-se. Olhos meio fechados vermelhos e dilatados. Reparei na sua mão enrolada à lata de cerveja, nas feridas nos nós dos dedos.

- Não sabia que frequentavas estes sítios. – A voz dela invadiu os meus ouvidos. Meio arrastada, calma.

- Posso dizer o mesmo sobre ti. - A corpo dela balançou de uma forma involuntária, talvez por estar a consumir drogas e álcool. Algo que não dava bom resultado, quando em simultâneo.

- Sinto-me a flutuar. – Gargalhou, com os braços abertos. – Não te sentes assim?

- A flutuar?

- , isso deve ser do álcool. – Voltou a gargalhar. – Livre? Como se fosses intocável? E nada te fizesse sentir mal?

Olhei para ela, arqueeando a sobrancelha e ela voltou a gargalhar. Nunca antes a ouvi gargalhar. Acho que nunca a vi sem a expressão trancada e rude. Amyah arqueeou a sobrancelha também, continuando a gargalhar. Sem conseguir controlar, gargalhei também.

O toque do telemóvel dela interrompeu as nossas gargalhadas. Ao olhar para o ecrã, arregalou os olhos e murmurou algo como "estou morta".

Ouvi a sua conversa com a pessoa. Percebi que era a mãe dela, preocupada por não estar em casa a esta hora. Amyah apenas desligou a chamada, assim como o telemóvel e colocou-o novamente no bolso das calças.

Voltou a encarar-me e encolheu os ombros. Vi-a a tirar um cigarro do maço entre as suas pernas e a preparar-se para enrolar mais uma ganza.

- Não achas que já fumaste demais?

- Mas quem és tu? O meu pai? – Retorquiu rude, mostrando um sorriso divertido depois.

Encolhi os ombros e observei-a a enrolar com facilidade tabaco e a droga que lhe havia sido dada. Levou a ganza aos lábios, dando um bafo enorme. Esticou a mão na minha direção, com a ganza entre os dedos e eu neguei.

- Bebé. – Riu-se e eu revirei os olhos, acabando por lhe sorrir depois.

Ela virou-se totalmente para mim. O reflexo da lua iluminava o seu rosto, dando-me melhor visão do mesmo.

Pele branca, sem qualquer imperfeição. Os lábios rosados, com vestígios de batom vermelho. As maças do rosto coradas. Amayah estava perto do conceito de perfeição, não havia como negar. Mesmo com os circulos carregados por baixo dos olhos, a maquilhagem dos olhos já esborratada.

Levantou-se após uns minutos. Correu de forma desajeitada até aos arbustos, pois provavelmente começava a sentir os efeitos de tanta droga e bebida no organismo.

Apesar, de nada ter acontecido.

Amyah, virou-se para mim com um sorriso nos lábios. Pisou a ganza já quase terminada e levantou os braços. Uma pose bastante estranha, o que me obrigou a gargalhar.

Ela começou a caminhar de volta para o pneu. Reparei no quão bem desenhado era o seu corpo.

- Pára de me tirar as medidas. – Arregalei os olhos e ela apenas sorriu, sentando-se ao meu lado. Virei-me para ela, encontrando-a já inclinada para mim. Os seus lábios estavam próximos dos meus. – Sinto-me a flutuar ainda mais.

Encostou a cabeça ao meu ombro e fechou os olhos.

(...)

- Justin? – Ryan apontou para Amyah, que acabou por adormecer encostada a mim. A expressão do Ryan tornou-se divertida com a situação. – O Michael vai levar-nos a casa.

- A Kaya? – Apontou para a rapariga, que estava ocupada com Christian.

Michael aproximou-se de nós pouco depois. Expliquei-lhe que a Amyah adormeceu encostada a mim e que a sua boleia para casa estava indisponível. O mesmo disse para a acordar, pois não se importava de a deixar em casa.

Assim o fiz.

Depois de a abanar inúmeras vezes, chamar por ela e Ryan gritar o seu nome, ela acordou. Risos se fizeram ouvir, perante a expressão confusa da rapariga. As suas risadas juntaram-se ás nossas e logo se levantou, embora um pouco tonta.

Fomos para o carro, onde Amyah se encostou e fechou os olhos. Ela gargalhava algumas vezes, assim como Michael.

Eu e o Ryan apenas nos entreolhávamos, enquanto os dois acelerados deliravam nos bancos de trás. Amyah começou a dar-nos indicações para o prédio dela, apesar das suas capacidades baixas, devido ao seu estado. Ao fim de três ou quatro voltas, finalmente acertou na rua.

Agradeceu-nos pela "simpatia" e saiu do carro, aproximando-se da porta do prédio. Em segundos, apercebeu-se que não conseguia acertar na fechadura, balançando as chaves na nossa direção.

Acabei por sair do carro, aproximando-me dela. Abri-lhe a porta do prédio e acompanhei-a até ao elevador.

- Aguentas-te a partir daqui?

- Quem sabe? – Encolheu os ombros, soltando uma risada baixa.

Entrei no elevador com ela, perguntando-lhe qual o andar. Referiu que era o terceiro andar. Quando saímos do elevador, ela apontou para o apartamento onde vivia. Perguntei-lhe quais as chaves do mesmo e logo as indicou, encostando-se à parede ao lado da porta, enquanto eu a abria.

- Não me queres levar à cama, pois não? – Encarei-a, sem perceber se estava a ser sincera ou não. Ao reconhecer a expressão provocadora dela, apercebi-me que apenas brincava.

- Achas que sou assim tão fácil de seduzir?

- Quem disse que te estou a seduzir? – Piscou-me o olho, entrando em casa. Acenou-me com um sorriso divertido nos lábios.

Afastei-me do apartamento, voltando para o carro, onde Ryan aturava Michael sozinho. Ao entrar no carro, reparei nos olhares estranhos de ambos, o que me fez revirar os olhos, visto que sabia o que aqueles olhares significavam.

- A Ashley não pode ficar a saber disto. – Ryan murmurou, pouco depois. – E tu ficas na minha casa, porque já nem um carro deves saber ligar.

Ambos concordamos.

(...)

1000 views!! Obrigada!

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