Capítulo 83

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Hugo on:
Minha cabeça latejava, meus olhos ardiam, minha boca estava seca e meu corpo inteiro doía.

Acordei desse jeito hoje pela manhã. Todo torto em um sofá com o Diego encostado em mim e acho que na mesma situação que eu. Para piorar, acordei com um banho de água gelada, dado pela Milena, às nove da manhã, com o sol batendo na minha testa.

Pois é. Além de acordar na escola, ainda acordo desse jeito. Que bela namorada eu tenho.

O Erick era o único que estava sóbrio o suficiente para dirigir, então, eu tive que emprestar meu carro para ele servir de motorista pros nossos amigos. E a mim também.

Quando finalmente acabou, já era dez horas. E eu estava devidamente parado em frente a minha casa, batendo na porta e só pelo simples ato de bater a minha não contra a madeira, já fazia minha cabeça piorar.

Alguns minutos tentando, minha irmã abre a porta e se choca contra meu corpo. Dou um passo atrás, cambaleando.

- Ah, lembrou que tem casa? - a voz da minha avó estava calma, mas ainda assim era possível identificar a irritação.

- Desculpas vó! Esqueci de te ligar. - respondo. - Aliás, bom dia.

- BOM DIA IRMÃO! COMO FOI A FESTA? - a voz da minha estava estridente e isso só fazia com que minha cabeça doesse mais.

- Laura, deixa o seu irmão subir, tomar um banho e um remédio pra dor de cabeça, comer e descansar. Depois vocês se falam! - ela diz, parecendo ordem pra mim e não uma informação pra minha irmã.

Ela saiu, arrastando a Pooh até a cozinha, que protestava.

Agradeci mentalmente por isso e fui até as escadas. Subi degrau por degrau, como se fosse uma montanha. Eu realmente não me aguentava em pé, nem sei como ainda estou aqui.

A capa, a máscara e o smoking da minha fantasia estavam no meu braço e os joguei na cadeira. Peguei uma toalha no guarda roupa e me enfiei no banheiro, tirando o resto das roupas lá dentro.

Coloquei a água no gelado e tomei o banho. Era mais pra relaxa a cabeça e me fazer pensar exatamente por quê eu agi daquela forma ontem e como eu sabia que minha vó estaria aqui hoje. Essa última foi intuição. Até porquê, se não, eu estaria o lado de fora agora mesmo e meus dois avós num casarão enorme esperando notícias minhas.

Quando finalmente termino, quinze minutos depois de eu ter entrado, saio com a toalha enrolada no quadril. Vou até o guarda roupa pegar um cueca e é única coisa que visto. Jogo a toalha na cadeira, por cima da fantasia e me jogo na cama.

Batidas soam na porta. Bufo irritado comigo mesmo por ter bebido tanto, a ponto de está irritado com uma simples batida na porta.

- Pode entrar! - grito. Minha voz sai abafada, por eu está com cara enfiada no travesseiro.

- Eu trouxe seu remédio! - era a minha avó.

- Obrigado!

Ela deixa o copo com água e um remédio em cima do criado mudo. Me sento na cama e o tomo imediatamente, desabando na cama de imediato.

- Vó, me faz um favor? - pergunto, antes dela fechar a porta do meu quarto.

- O quê?

- Me acorda as cinco? Por favor!

- Tudo bem! Mas você não vai comer nada? - ela pergunta, claramente preocupada.

- Quando eu acorda! - digo, me virando pro lado oposto ao da porta.

Segundos depois, ouço o click do trinco da porta e relaxo mais. Aos poucos, é inevitável não cair no sono.

[...]

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