♡Primeira Temporada: Capítulo 27♡

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Hugo Oliveira 😤

Abri e fechei os olhos por dois minutos. Eles estavam ardendo muito e minha cabeça estava próxima de explodir de tanta dor. Ouvir batidas leves na porta me pareceu um sacrifício, até o rangido ao ser aberta se tornou incômodo.

- Querido? Três da tarde, levante-se! - Era claramente a voz da minha avó, um pouco distorcida aos meus ouvidos, mas era. - Coloquei remédio na sua cômoda, tem água do lado. - Agora a voz soava mais próximo.

Abrir os olhos devagar e suspirei. Mas nunca na minha vida, eu coloco alguma bebida com álcool na boca!

Levantei me arrastando, me segurando pelos móveis e paredes, sob os olhos desaprovadores da minha avó. Cheguei ao remédio e tomei dois de uma vez. Voltei pra cama, mas não deitei, encostei-me na cabeceira.

- Onde estava com a cabeça para ingerir bebida alcoólica? Hugo, você só tem dezesseis anos! - ralhou. Abaixei meus olhos. - Eu estou desapontada com você. E fique sabendo que já informei ao seu avô e teremos uma conversa séria com ele hoje a noite, não pense em fugir! - Saiu do quarto batendo a porta pra minha infelicidade.

Minha avó estava muito brava comigo e com ração. Nem mesmo eu sei porque agir assim, nem porquê bebi tanto.

Estava de olhos fechados quando recebi o peso da minha irmã em cima de mim de uma vez. Se eu já não estivesse à beira da morte ainda, com certeza estaria agora.

- Por quanto tempo você vai ficar aí? Você me prometeu que ia na sorveteria comigo hoje, então trate de levantar dessa cama! Agora! - ordenou com a voz em alguns tons mais altos do que o normal. O que se tornava gritos pros meus ouvidos no momento.

- Pooh! - choraminguei.

- Vamos! - ela me chacoalhou. Eu vi o mundo girar na frente dos meus olhos por cinco segundos.

- OK! Vou tomar banho - avisei. Ela automaticamente saiu de cima de mim e passou voando pela porta, nem mesmo fechou ela ou olhou na minha cara direito.

Choraminguei mais um pouco antes de levantar, pegar minha toalha e ir pro banheiro. Passei uns trinta minutos e metade foi apenas me recompondo das várias vezes em que fiquei zonzo.

Ir para o quarto foi mais fácil. Vesti a roupa mais leve que eu tinha no meu guarda roupa e pude encontrar agora. Passei a mão no cabelo molhado, colocando do jeito que eu gostava e fui procurar meu celular.

Ele estava largado no meio das minhas coisas, desligado. Na verdade, sem bateria. Conecto ao carregador e sai do quarto.

Minha irmã estava saltando os degraus da escada feito uma cabra e minha avó estava sentada no sofá, centrada na televisão, onde passava uma novela.

- Não voltem muito tarde - ela avisou, direcionando o olhar diretamente pra mim.

Uma vez na rua, deixei que minha irmã fosse andando na frente, ainda saltitante. Me pergunto o que ela estava aprontando. Quem ela iria encontrar na sorveteria pra está tão feliz daquele jeito?

Pouco depois, entramos na sorveteria e ela foi correndo cumprimentar os amigos. Os pirralhos do Marley e do Ryan, junto da Bell. Soltei um xingamento baixo. Se eles estavam aqui, seus irmãos também estavam, certo?

Virei a cabeça na outra direção, apenas para confirmar minha suspeita. Não só seus irmãos, mas também Kaylla, Guto, Diego e Marcos.

Pretendia ignorar a todos, mas o Diego me avistou e acenou, fazendo todos os outros olharem pra mim. Eu ainda vou matar o Diego.

O salão estava praticamente vazio, se não fosse por nós. O piso branco era quase um espelho, pois estava refletindo tudo. As mesas, postas em lugares aleatórios, mas que misteriosamente formavam um padrão, eram brancas e tinham desenhos parecidos com os que eu fazia no fundamental.

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