♡Primeira Temporada: Capítulo 2♡

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Atualmente

Hugo Oliveira 😤

Não, a gente não terminou nada bem. Eu tinha plena consciência daquilo e não fiz questão alguma de melhorar a nossa situação depois. Eu tinha e tenho sido um grande idiota.

Mas ela entenderia não? Eu tinha acabado de saber que fui traído pela amiga dela e ela sabia ainda por cima... Certo, talvez eu tenha descontado minha raiva na pessoa errada. Mas naquele momento eu fiquei cego pelo ódio, raiva, e todos os seus semelhantes.

Será que eu merecia o perdão dela? Será que ainda havia tempo para algo daquele tamanho?, me peguei pensando naquilo encarando seus fios negros ao longe.

Ouvi um dos meus amigos que estava na sala no momento, me chamar para sentar no fundo da sala, por onde eu havia entrado e eu fui. Tremendo mais que vara verde. Aquilo chamou atenção. A dela, claro.

Milena Santinni 😇

Eu pedi tanto pro ano ser o mais calmo possível e sim, eu desejei encontrar algum garoto bonito que valesse a pena me apaixonar, mas o que o desgraçado do Hugo estava fazendo aqui?

Apesar de eu gostar muito dele na época, nunca vou esquecer a forma que ele me humilhou na minha própria casa. A partir daquele dia, eu sempre o associaria a algo ruim.

Depois que ele entrou na sala e sentou-se lá no fundo, me encarava. Eu me sentia ansiosa e num ponto específico do meu pescoço, eu sentia a sensação de formigamento. E para completar, eu não conseguia ficar parada de maneira alguma.

Por que eu tinha que ser tão inquieta sobre pressão?

- Tem alguém nesse planeta? - a Lin passou a mão na frente do meu rosto, chamando minha atenção, que estava no quadro.

- Oi? O quê? - me virei para ela, me recusando olhar para o fundo.

- O que aconteceu pra você tá tão viajada? - franzi as sobrancelhas. Viajada? Mas hein?

- Viajada? - ela dispensou a pergunta com um aceno de mão e manteve seu olhar em mim. Em algum momento, uma queimação começou a subir em meu rosto e eu não sabia pra que lugar eu olhava.

- Você tá estranha - ela apontou.

- Como assim? Claro que não! - neguei, voltando a olhar pra frente. Mas ela ainda se manteve vidrada em mim e aquilo estava me deixando mais inquieta.

No mesmo instante, vi o vislumbre de uma das minhas amigas, Alice, ao lado de uma garota mais alta. Eu nunca a vi por aqui, então deduzir ser uma garota nova. E, minha salvação para esse momento tão desequilibrado.

- Alice! - levantei toda destrambelhada e fui correndo abraçar meu mascote. - Bom dia meu pequeno dragãozinho! - ela estava com um sorriso de orelha a orelha.

- Oiiiie! Bom dia mamãe! - Tão nova, mas já era chamada de mamãe. Isso se explica pelo fato de que sou mais responsável e cuidava de todo mundo do grupo. Basicamente, havia adotado ela e todas as outras.

- Quem é a garota com uma expressão tão assustada? - me aproximei da garota, com um belo sorriso. Mas por dentro eu estava nervosa. Eu era péssima socializando, a não ser que já fosse amigo dos meus amigos, ou que tivéssemos algum assunto em comum, eu nunca me aproximava por livre e espontânea vontade.

- Kaylla! - ela mesmo se apresentou, com um pouco de receio.

- Milena. E aquela que, provavelmente, está me fuzilando ali sentada é a Rosalinda. Mas me chama do que você quiser e chama ela de Lin. - falei, tremendo da cabeça aos pés.

Eu puxei a Kay, tomei a liberdade de chamá-la assim, e a fiz sentar do meu outro lado, enquanto meu pequeno dragão sentou atrás da Lin. Que ainda permanecia de olho virado pra mim.

Eu a conhecia há mais de dois anos, ela não me deixaria em paz. A não ser que se estressar e me deixasse de lado por qualquer outra coisa.

Eu passei boa parte do tempo conversando com a Kay. E, ela simplesmente só era "quieta" porque não conhecia ninguém. Mas ela era das nossas, da bagunça e da zoada.

A Lin pareceu me esquecer, enquanto eu não esquecia que meu carma estava lá atrás da sala.

Lin Gutierrez 🤗

De pessoas estranhas, eu entendia, afinal, eu era uma delas. Mas a Mily estava muito mais estranha do que o normal. E eu não fazia ideia do aquilo significava ou o quê deveria significar.

No início do ano, a gente sempre comentava o quão ruim era, mas só isso não a deixaria tão esquisita, ou triste. Ela tinha um olhar um pouco mais triste que o normal. Mas, ficar encarando ela não iria adiantar nada, muito menos eu perguntar. Eu sabia que ela não responderia de qualquer jeito.

As aulas passaram tão devagar pro primeiro dia, que quase tive um surto. Com fome principalmente, mas pensando bem, estudar também nunca foi exatamente uma coisa particularmente boa. Óbvio não nego que tinha suas vantagens ter um diploma em mãos, mas todos concordam que era chato.

Quando as aulas haviam parcialmente acabado, todas fomos para a sala vizinha, onde nossas outras quatro amigas haviam caído. Du, que eu já tinha encontrado, Lunna, Victória e Gabryelle.

Éramos a maior bagunça juntas. Gritamos como se nossas vidas dependessem daquilo e o pior, sem qualquer necessidade, eu admito. Estavam todas juntas na mesma roda, então, não era necessário isso. Mas quem disse que entendíamos?

Acabamos enturmando a Kay muito facilmente entre algumas, outras ainda ficaram de cara virada, outra coisa que eu também não entendia. Mas acredito que seja apenas por ser alguém novo. Acredito que mesmo eu fiquei desse jeito com algumas nos primeiros dias que conheci cada uma.

O melhor de tudo, e talvez, o que chateou todo mundo, foi a forma como estávamos conversando. Mesmo estando num grupo, volta e meia falávamos de assuntos diferentes, a depender do sub-grupo. Eu ficava me revezando entre a Du e Lily, Alice, entre as conversas e assim ia.

Em algum momento, notei a movimentação de alguns meninos. Eu os conhecia como amigos, mas não tão próximos, e faziam parte da trupe do Hugo, um amigo um pouco mais íntimo e que liderava aquela gangue.

Acenei para ele, como forma de cumprimento. Só então me lembrei, ele e a Mily costumavam ser bem mais próximos, porque, pelo que parecia, antes de sermos amigas próximas, ela tinha uma melhor amiga chamada Carina, não sei se esse é o nome certo, que era namorada do Hugo. E a mesma traiu o meu amigo, e ambos brigaram com a Mily. Mas eu já não sabia o motivo.

No final, só sei que viramos amigas de algum jeito, eu nunca mais vi essa tal de Carina e o Hugo havia passado para a parte da tarde.

O choque de só agora lembrar o que se passava me fez perceber o real motivo para minha amiga estar tão emburrada. Eu sorri nervosa.

Dispensei o Hugo com a mão e no mesmo momento mandei mensagem para ele. Minha amiga já estava mal demais para ele aparecer aqui agora.

(Revisado 19/01/22)

Reencontros e Encontros Where stories live. Discover now