♡Primeira Temporada: Extra Dielin♡

46 5 0
                                    

Lin Gutierrez 🤗

Todos os meus amigos estavam reunidos na frente do parque, esperando o idiota do Diego, que era o único atrasado.

Eu tinha achado coerente negar sua carona. Primeiro, porque não queria chegar junto a ele. Renderia muitas piadas e o imaginário dos meus amigos é invejável. Segundo, em algum lugar dentro de mim, eu soube que esse garoto se atrasaria. Ele sempre se atrasava.

Olhei o horário no celular e bufei.

- Se quiserem ir andando, podem ir. Vou esperá-lo aqui - informei ao grupo.

- Certeza? - a Milena perguntou. Ela segurou meu braço, afagando-o. Concordei com a cabeça.

O grupo se afastou, deixando-me na "porta" do parque, esperando pela Cinderela e seu sapatinho. Vi várias pessoas entrando, sorrindo e brincando. E naquele dia, tinha muitos casais.

- Demorei, mas cheguei! - Diego anunciou sua presença de uma forma nem um pouco silenciosa. Ele estava ofegante e parecia cansado. - Desculpas pela demora - falou.

Seus olhos encontrando os meus, fazendo uma sensação estranha percorrer meu corpo.

- Não vou querer o motivo do atraso, vou? - indaguei. Ele deu de ombros, antes de começar a falar e a caminhar, passando seu braço por cima dos meus ombros, me guiando.

- Meu pai. Ele queria que eu levasse minha mãe pro aeroporto, precisei ir antes levar minha moto e depois vir direto pra cá, mas peguei trânsito - explicou, mais calmo.

- Podia ter mandado mensagem, é pra isso que os celulares servem - retruquei.

- Minha bateria morreu - explicou novamente. - Onde está a galera?

- Devem ter se espalhado. Eu falei que eles podiam ir entrando, que eu ficaria para te esperar. - Senti seus olhos me encarando, e o encarei de volta. - O quê?

- Lin, no dia do show de talentos, você me disse algo como, esperar o momento certo. O que isso significa? - perguntou.

Demorei um pouco para me lembrar com clareza daquela minha fala. Eu me lembro do olhar dele, incrédulo. Ele havia me dito para não dá-lo falsas esperanças, e eu o olhei séria naquele dia, como estou fazendo agora.

- Olha Diego, você sabe um pouco do que me aconteceu e de alguma forma, mesmo eu dizendo não mais vezes do que se pode contar, você continua insistindo - dou de ombros. - Eu não me sinto preparada para um relacionamento agora. O último foi muito traumático pra mim. Mas fico feliz que você continue do meu lado, mesmo depois de ser rejeitado.

Diego olhou nos fundos dos meus olhos, assim como fiz nos seus. Tudo ao nosso redor pareceu deixar de existir, e a única coisa que nos restava, era um ao outro. De repente, a conexão foi quebrada, quando eu tropecei nos meus próprios pés.

Isso que dá, ficar andando, conversando e olhando para alguém. Tudo ao mesmo tempo.

- Lin! - Diego me ajudou, me segurando antes que eu alcançasse o chão. - Você está bem?

- Sim - respondi envergonhada. Quando voltei a encontrar seus olhos, sua expressão se contorcia, segurando uma risada. - Vai, pode rir.

Ele explodiu em uma gargalhada. Eu tentei não rir, manter a expressão fechada, mas era impossível diante da gargalhada perfeita do Diego.

- Vem, vamos! - o puxei pelo braço. - Alguma sugestão senhor Cavalieri? - perguntei.

- Faça sua escolha senhorita Gutierrez - respondeu-me.

Reencontros e Encontros Onde histórias criam vida. Descubra agora