☆Segunda Temporada: Capítulo 58☆

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Hugo Oliveira 😤

As sextas-feiras, quando não aparece nenhum programa interessante pra mim, eu passo a noite assistindo novela e jornal com a minha avó e jogando videogame com a minha irmã. Eu poderia até mesmo chamar a Milena pra ficar com a gente hoje, e fazer exatamente as mesmas coisas, com o adicional de que a gente falaria mal dos nossos amigos e se pegaria em algum momento da noite.

Dessa fez, uma semana depois da festa de halloween, Diego e Guto decidiram que deveriam passar a noite ou o fim de semana na minha casa com a minha avó. Eu fiquei meio tentado a recusar, mas não tinha jeito, eles já estavam planejando o que iríamos a fazer. E quando digo eles, quero dizer o Diego.

Por isso, soube que era ele quem estava querendo derrubar a minha porta com as batidas naquele instante. Tranquilizei a minha avó que se assustou e tentei acalmar a Laura que já estava pulando de empolgação. Fui até a porta e os punhos do Diego estavam levantados.

— Estava mesmo a fim de me pagar uma porta nova? — questionei.

— Claro que não! Não estava batendo não forte assim — ele revirou os olhos enquanto passava por mim, tombando no meu ombro. — Fofa! — o ouvi dizer, acredito que para a minha irmã.

Suspirei fechando os olhos fechados.

— Bom, você sabe a cobra que cria — Guto disse ao passar por mim.

Fechei a porta e dei a volta, encontrando minha irmã pendurada no Diego.

— Vinheram de ônibus? — perguntei ao cruzar os braços.

— Sim — Guto respondeu.

— E a princesa ali sabe o que é isso? — zombei.

— Ei! — Diego resmungou. Ele colou a Pooh no chão, mas a garota continuou grudada na sua perna.  — Bom, não é que eu não confie no seu bairro, mas não posso arriscar sem seguro contra roubo e com uma mãe surtada em Paris pronta pra comer meu fígado caso aconteça algo com a minha baby.

— Sua mãe te compraria outra no instante que soubesse — revirei os olhos e me pus em movimento, indo em direção à cozinha e esperando que os dois me seguissem.

— É, talvez — ele respondeu. — Mas não quis arriscar — deu de ombros.

— O pai dele proibiu ele de pegar a moto — Guto falou. Arqueei a sobrancelha. — Algo a ver com suas péssimas notas.

Olhei pro Diego. Desde quando suas notas foram um parâmetro para o seu pai proibi-lo de algo? Faz quase dois anos agora que conheço o garoto e isso nunca tinha acontecido.

— Na verdade, foi a Eva quem me pediu educadamente para deixar minha moto em casa hoje e não aborrecesse o meu pai — ele explicou.

Com os dois na cozinha, servi água para nós três, e então minha pirralha entrou.

— Quando a gente vai jogar? — questionou.

— Depois que a gente conversar um pouquinho. Agora, vaza! — a dispensei.

— Ah, vocês vão fofocar — gargalhou, indo saltitando de volta pra sala.

— Amo a sua irmã — Diego falou.

— Quer de presente? Eu embrulho e te envio no Natal — resmunguei.

Ouvi as risadas baixas do Guto, mas o ignorei.

— E então, o que a gente vai fazer? — Diego perguntou, se levantando da cadeira onde estava e correndo pela minha cozinha.

— Não era você quem tinha todo o fim de semana planejado? — Guto o questionou, enquanto pegava o celular.

Reencontros e Encontros Where stories live. Discover now