◇Terceira Temporada: Capítulo 62◇

30 5 3
                                    

Milena Santinni 😇

Depois de me despedir da Lin e vê-la partir para Nova Iorque, depois de ver as lágrimas do Diego, ainda assim, eu não derramei sequer uma gota salgada.

Levou um bom tempo para me acostumar com a ideia de passar seis meses longe da minha amiga, e de alguma forma, senti que era uma ofesa a memória da minha avó, por quem não derramei nenhuma lágrima desde que ela foi enterrada ano passado. A Lin voltaria daqui a pouco, minha avó não.

De todo jeito, eu não chorei e me surpreendi bastante com isso. Normalmente eu sou a emocional do grupo, a primeira a derramar lágrimas. O Diego assumiu meu posto dessa vez.

Ninguém quis se separar depois que ela foi embora e Hugo também não queria deixar o Diego sozinho, com medo do que o nosso amigo imprudente podia fazer, então a gente foi pra sorveteria que fica perto da minha casa. Podia ser qualquer uma, mas Lin gostava muito do sorvete de lá.

Por isso, Hugo, Diego, Kay, Guto, Roan, Alice, Dulce e eu, estávamos sentados em duas mesas no salão. Todo mundo estava desanimado e tirando a Kay, todos estávamos vendo nossos sorvetes derreter.

— Gente, são apenas seis meses — ela disse, reclamando pelo clima de enterro em que estávamos.

— Seis meses é muita coisa — Dulce comentou. Ela estava certa, mas também não tiro a razão da Kay.

— Ainda assim, vai ser difícil. Talvez tenha sido bom ela deixar a Isabella em casa — o Hugo falou, levanto o rosto do seu sorvete e encarando o Roan do outro lado da mesa.

— A Bee vai superar — ele respondeu. Ele mexeu na aliança no dedo anelar da mão direita. A minha ficha ainda não tinha caído sobre ele ter pedido a Keylla em casamento.

— Sabe, a gente deveria ficar feliz pela Lin — o Guto falou, atraindo a atenção de todos. — Eu gosto daquela garota e quero ver ela sorrindo. Se a gente ficar aqui, com cara de enterro, ela vai se sentir culpada por ter decidido ir — ele tinha um ponto a se considerar.

— E como a gente pode sair na estação velório pra parque de diversões quando ninguém aqui tá afim? — Diego indagou.

— Não sei, eu já dei a dica — ele deu de ombros.

Sorri. A Lin realmente ia querer ver a gente bem, ia se sentir culpada se soubesse do quão pra baixo a gente está agora.

Pensar nela me deu algumas ideais. A Lin é uma garota com uma forte opinião sobre tudo; você facilmente podia vê-la segurando um livro em qualquer ambiente, ou então escutando música. Não seria tão ruim se a gente fizesse alguma coisa para ela.

— E se a gente fizesse uma tatuagem pra Lin, todos nós? — A conversa paralela rapidamente foi interrompida e me olharam de forma curiosa.

— Não acha exagerado? Não sei a minha irmã é fã de tatuagens — Roan opinou.

— Diego é a prova viva de que ela gosta, sim — Kay o cortou.

— E ainda assim, é apenas uma ideia e quem quiser fazer, faz. Ela não pode nos proibir de homenagear a gatora maravilhosa que ela é!

— Ok. Digamos que eu esteja considerando, onde vamos fazer e o que vamos fazer?

— Se bem me lembro, Diego tem tatuagens desde que chegou e ele nem é de maior ainda — Dulce apontou para o garoto, que parecia perdido na conversa.

— E então? — Hugo o cutucou, esperando que ele pudesse responder ao Roan.

— Conheço alguém que pode fazer as tatuagens e ele pode até fazer falsa se vocês quiserem. — Sua voz estava frágil e eu podia jurar que ele choraria a qualquer momento novamente.

Reencontros e Encontros Onde as histórias ganham vida. Descobre agora