◇Terceira Temporada: Capítulo 65◇

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Kiara Avillar 💣

Fiquei completamente encantada pelos bonés brancos com a borda da aba brilhante. Tínhamos a opção de usar canetinhas pra decorar que brilhavam no escuro para desenhar a vontade nele se a gente quisesse. Era um máximo.

- Seu boné novo é da hora! - Leo elogiou.

Ergui o olhar do boné, apenas para encontrá-lo bem ao meu lado, usando um chapéu de cowboy rosa, que combinava com seu look extravagante.

- Você que fez? - perguntou sobre os desenhos aleatórios que passei dez minutos fazendo.

- Uhum! - Coloquei o boné na cabeça, ajeitei o cabelo na parte de trás e a franja. - Como estou? - Me virei de frente para ele, fazendo uma pose.

- Linda como sempre - respondeu-me galante. Fora inevitável não me sentir envergonhada.

Não era muito comum isso acontecer, mas Leo parecia está sendo tão sincero em suas palavras, que se elas não me comovecem, certamente seu intenso olhar conseguiria. E o sorriso idiota?

- Obrigada! - sorri para ele, de forma educada e deixei-o. Talvez eu estivesse um pouco mais feliz depois desse encontro.

Venho tendo consultas com um terapeuta desde o ano passado, ele disse que eu devia direcionar a minha raiva para algo produtivo. Tentei convencer os meus pais a me colocar na academia de artes marciais que o Gabe frequenta, mas é óbvio que eles não deixaram, graças aos meus irmãos.

Então, decidi me dedicar a arte, algo que pegou tudo mundo de surpresa. Minha irmã gostava de desenhar, sempre foi louca por qualquer tipo de arte, ela se tornou minha inspiração e me deu algumas aulas pra que pudesse começar meu projeto pessoal.

E bem, a coisa tem dado resultados.

Claro, não ao ponto de me fazer ser uma defensora do pacifismo, segundo o Pietro, mas conseguiu me acalmar de algum jeito. A maior prova disso, foi esse encontro com o Leo, onde eu o tratei tão bem e até sorri pra ele.

Passei por um grupo de garotas dançando, chegando na mesa cheia de filtros com refrigerantes e sucos, frutas e uma coqueteleira. Peguei um copo da pilha e o enchi. Estava pronta para voltar para sabe-se lá onde Alice e AK estavam, quando sem querer, bato de frente com uma garota.

Rebeca parecia agitada e irritada também, nada fora do comum dela. Mas então, a garota que estivera com os olhos abaixados, fixos na parte molhada do cropped que ela usava, ergueu a cabeça e visualizei a mais pura raiva.

- Olha só o que você fez! - esbravejou, mas com a música alta, não parecia que ela tinha gritado com raiva, como sua expressão indicava que era.

- Desculpas, Rebeca, foi sem querer, não te vi se aproximar.

- Sua sonsa. - Se a gente não estivesse tão próximas uma da outra, teria passado completamente despercebida a sua fala.

- O que? - resmunguei. Eu tinha entendido o que ela falou, mas não registrei direito, procurando entender a droga do significado para aquilo.

- É, você é uma sonsa! Não basta ficar por aqui, dando em cima do namorado dos outros, tinha que derrubar bebida em mim.

Surpreendendo-me, ela me empurrou. Minhas costas se chocaram com alguém. Era uma das colegas do meu irmão, não me recordo do seu nome. Ela também tinha sido lesada, derrubou o drink que ela fazia na mesa.

Me voltei para Rebeca, pronta para brigar com ela. O que essa garota andou tomando? Ela, pelo visto, também estava louca pra receber uns tapas. Mas a outra entrou na nossa frente e tentou apaziguar as coisas.

Reencontros e Encontros Where stories live. Discover now