☆Segunda Temporada: Capítulo 45☆

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Hugo Oliveira 😤

Acampamento.

O Mustang achou que nossas vidas estavam sem emoção, então planejou um acampamento durante a semana do saco cheio, que não era obrigatório, mas tinha se tornado quando o Guto soltou ao vento que o cenário da natureza era perfeito para surpreender nossas girls.

Confesso que a minha ideia foi ridícula, num nível de idiotice que eu ainda não tinha alcançado; mas daí, não tem nenhuma novidade desse lado da montanha. Os meninos terem entrando na minha onda, por pura e espontânea pressão das provocações dos outros foi a coisa mais fofa que eu vi na vida. E eu tenho certeza que eles querem arrancar cada fio do meu corpo com cera quente.

Mas ok, mais louco que isso é a doida da Milena, que eu tenho certeza que um dia vai de deixar louco também.

No dia do jogo, quando eu me machuquei, foi a Milena quem cuidou de mim; eu não esperava que ela fizesse isso, porque eu tava evitando ela. Mas lá estava ela, desesperada e chateada. Torceu por mim até fica sem voz, mas eu perdi, e ela continuou do meu lado.

Aquela garota conseguia mexer com as minhas engrenagens de um jeito tão maluco, que eu surto internamente toda vez que ela faz algo impulsivo e que me deixa de cabelo em pé.

Depois disso ela continuou cuidando de mim e foi impossível não me render à ela. De alguma forma, a gente concordou em não tocar no assunto da conversa fracassada.

Acho que duas semana depois, a gente tava se tratando como se aquilo não tivesse acontecido. Piadas de mal gosto e carícias em momentos de intimidade espontânea; muito tempo juntos antes não é apagado em alguns meses de distância.

A viagem foi marcada pra uma manhã de sexta, em outubro. Eu arrumei duas mochilas com coisas necessárias, do tipo: roupa, itens de sobrevivência e de higiene. A comida seria toda por conta do Mustang, ele garantiu que seria assim.

A viagem ia ser longa. Longa o bastante para eu desistir antes mesmo de sair de casa.

— Pegou tudo? — Minha avó questionou. Ela estava carregando um vasilhame com bolachinjas caseiras.

— Sim, três vezes — ela me entregou e eu tive que arrumar um espaço na mochila para guardá-la.

— Eu espero não esbarrar em nada que deveria está com você mais tarde — ela sorriu.

— Se eu tiver esquecido alguma coisa, posso pegar com meninos, a depender do que seja — sorri e dei de ombros.

— A depender do que seja! — ela sorriu.

Laura desceu as escadas e não fazia questão de esconder a chateação. Ela me fez um monólogo noite passada sobre irritação. Minha irmã deixou o vídeo game de lado pra me contar o quanto estava irritada; não sei se eu agradeço por essa viagem ou se choro com o tamanho da fofura dessa garota.

— Pensei que estivesse melhor depois de ontem — falei. Minha irmã se sentou no sofá, o mais longe de mim.

— Não fale comigo! — resmungou.

— Antes de você se quer pensar em sentir saudade de mim, eu vou está de volta, enchendo seu saco novamente. — Fui até ela e me agachei para ficar da sua altura.

Segurei seus joelhos e comecei a massagear.

— Ela já estou sentindo sua falta — retrucou de volta. Os braços cruzados, rosto virado e os lábios inferiores projetados pra frente.

Minha bebê ainda é tão bebê.

Ignorando sua irritação, eu a puxei pelos ombros e a abracei apertado, distribuindo beijinhos pelos dois lados das suas bochechas.

Reencontros e Encontros Where stories live. Discover now