Capítulo 80

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Seis meses depois...

Milena on:
O ano é, 2020, como resumí-lo em poucas palavras? Então, não dá.

Muito do quê aconteceu nesse ano, só pode ficar nas memórias. E o que pode ser escrito, não caberia em palavras ou linhas. Tanto 2020, quanto os dois anos passados, serão sempre lembrados por mim, de maneira bem especial.

Foram neles que eu reencontrei o meu passado. Foram neles que eu encontrei o meu presente e meu futuro. Então, resumí-lo seriam um eufemismo. Seria uma grande verdade em poucas palavras.

Antes de eu chegar ao ensino médio, eu já tinha idealizado perfeitamente como seria meus três anos, ao lado da Marina, claro. Eu seria a garota número um da sala, seria cercada de amigos, viveria meu romance perfeito e me formaria com louvor no terceiro ano.

Tudo que eu planejei, havia de fato acontecido. De maneira diferente e bem sobrenatural, mas aconteceu. E eu nem imaginei que isso poderia acontecer. Quer dizer, eu sonhei, mas nunca fui capaz de me ver tendo tudo aquilo que sonhei.

Verdade, eu não estava ao lado da Marina o tempo todo, mas é inegável não dizer que o destino quis que fossemos por caminhos diferentes, para no futuro, nos reencontramos e planejar mais uma vez como seria daí por diante.

Eu posso dizer, verdadeiramente, que esses últimos três anos, foram os melhores da minha vida. Fiquei ao lado de quem eu amo, dos meus amigos, da minha família. Sim, eu tive a perda da minha avó, e nenhuma alegria será capaz de me fazer esquecer esse dia. Mas eu também sei, que a minha avó iria querer que eu seguisse em frente, e feliz.

Mas vocês devem está se perguntando, caraca, passou seis meses depois do último acontecimento, o que será que aconteceu? Eu estou aqui para responder à essa pergunta.

A começar pelo que aconteceu depois que o Hugo e eu, bem, vocês sabem. Resumindo, a noite foi maravilhosa, apesar de ser  minha primeira vez e ter sido incomoda. Pelo menos, não precisou de luz de velas ou aromas de flores para ser perfeita.

Minha mãe, diferente de muitas outras por aí, que diz que não quer neto tão cedo, perguntou logo de cara quando a fábrica de bebês iria abrir. Preciso nem contar que eu fiquei como um pimentão vermelho e corri pro quarto na primeira oportunidade. Meu pai estava do mesmo jeito que eu e tratou de repreender a minha mãe e de passar o sermão de pai, nesses casos.

Mas claramente todo mundo ficou feliz, até parecia que eu tinha ficado noiva ou tinha me casado.

[...]

Um tempo mais tarde, era a hora dos problemas começarem. Porém, não foram como aqueles do início de ano. Tava mais pro, projeto cupido.

Não importava o quanto Diego e Lin insistissem pra gente não se meter no meio deles dois, a gente se metia. Até porquê, éramos amigos e queríamos o bem dos dois. Acreditávamos sim que o bem dos dois, podia muito bem ser separados um do outro, mas eu não podia aceitar que eles permanecem separados, enganando o coração um do outro e se magoando ainda mais. Era inaceitável pra mim, como amiga próxima dos dois.

E lá começava o nosso projeto. Eu ouvia os questionamentos dos dois sobre o outro e dava respostas significativas, não como uma fada sensata, tava mais pra uma fada madrinha dando conselhos. O Guto cuidava dos encontro surpresas pela escola ou em lugares que a gente escolhia, nunca dava certo. Ou eles se ignoravam ou brigavam.

A Kaylla e o Hugo cuidavam deles individualmente, e tanto de coisas que eles falaram de mim, não tenho nem número pra isso. É óbvio que eles sacaram que a gente tava tramando pra eles dois, e fizeram de tudo pra não nada certo do quê a agente planejou.

Reencontros e Encontros Where stories live. Discover now