☆Segunda Temporada: Capítulo 33☆

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Kaylla Santos 😍

Meus cadernos estavam jogados na mesinha de centro enquanto meus dedos, olhos e mente estavam concentrados na tela da TV, onde o jogo se desenrolava rápido. A disputa estava ganha é claro e o Guto estava possesso de raiva por causa disso.

Ele vai pôr a culpa no controle, certeza que vai, e eu vou rir da cara dele, porque sei que é mentira.

Quando o jogo chegou ao fim e eu fui nomeada vencedora, ele largou o controle no sofá e foi até a cozinha, que era ao lado da sala. Ficou calado por um tempo e ainda ficou encarando a geladeira aberta.

— Você está chateado comigo? — perguntei tímida.

— Não! — respondeu.

— Pois parece — comentei. Eu me sentei na banqueta giratória no balcão e apoiei o rosto na mão.

— Mas eu não estou — insistiu. O problema da fala dele é que ela soava como alguém que está chateado.

— Então por quê você está encarando a geladeira aberta? — insisti.

— Procurando algo para comer — ele respondeu e continuou a encarar a geladeira.

— E precisa de tanto tempo assim? — ele me ignorou completamente e bateu a porta da geladeira, mas não com muita força.

— Kaylla, meu amor, eu não estou chateado por ter perdido, de verdade — assegurou com um tom calmo. — A única coisa que me preocupa agora, é que tanto a minha namorada quanto a minha mãe vão morrer de fome, além de mim mesmo.

Ele espalmou as mãos no balcão à minha frente, e me olhou de cima. Por incrível que pareça, seus olhos brilhavam de sinceridade e mesmo que isso não fosse evidente, eu saberia, por causa do tom da sua voz, que agora estava bem mais calma que antes.

Depois de um tempo juntos, o Guto tornou-se bem fácil de ler.

— Se você diz — dei de ombros. — E sobre a questão da comida, tenho certeza que a sua mãe já deve ter pensado nisso. — Me levantei do banquinho e fui até ele, que encostou o quadril no balcão e abriu os braços na minha direção. — A gente podia se preocupar com algo mais relevante — sugeri.

— Tipo o que? — indagou, jogando seu charme.

— Tipo estudar — apontei para trás de mim, onde meus livros e cadernos estavam.

— Kay, eu te conheço, a última coisa no que você está pensando é em estudar — opôs. — Tem uma TV enorme e vários canais, com filmes a vontade pra assistir e você quer estudar?

— Talvez eu aceite o convite, mas pelo menos tem pipoca, não tem? — indaguei.

— Isso tem — ele sorriu e me roubou um selinho. Se afastou indo até o armário. — Tem um resto de refrigerante na porta da geladeira, pega pra gente — instruiu. Rapidamente atendi ao seu pedido e além do refrigerante, copos. — Vou precisar de um tempo aqui, que tal ir escolher os filmes?

— Filmes? No plural?

— É ué — deu de ombros.

Eu não o respondi e ele logo se virou para a panela, onde derramou o milho. Segui para a sala, onde me sentei no sofá e peguei o controle. Tínhamos o mesmo gosto para filmes, a preferência para ação, e isso tornava fácil a escolha, porque independente de qual eu escolhesse, ele assistiria.

[...]

Assistindo a três filmes filmes de ação, e no meio do último, a mãe do Guto chegou em casa. Cheia de sacolas e cansada. Como a nora maravilhosa que sou, fui ajudá-la e até mesmo Guto ajudou em algumas coisas, enquanto mantinha um olho no filme.

Reencontros e Encontros Where stories live. Discover now