◇Terceira Temporada: Capítulo 64◇

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James Franco 🎧

Eu fiquei bastante surpreso com a decoração do lugar, tudo muito bem trabalhado. A quadra inteira foi preparada para a festa e só Deus sabe como a Kaylla e os outros conseguiram organizar tudo isso desde ontem a tarde, quando as aulas tinham acabado. Muitas luzes brilhando por todos os cantos e um belo desfile de roupas excêntricas, simples e charmosas.

Sério, quem usa uma meia do Patrick Estrela que brilha no escuro? Ok, era eu quem estava usando, e daí? Excêntrico e simples. Já disse que era rosa neon?

- Não vai me apresentar sua namorada? - Meu pai, como o belo intrometido que é, não deixou de me perguntar.

Como que faz quando seu pai é contratado pelo diretor da sua escola para ser o DJ da festa? Pois é, não tem como fazer nada!

É o trabalho do meu velho e eu gosto de vê-lo trabalhando e dele também, às vezes. Não pediria pra ele desistir ou algo parecido, muito menos perderia a festa só porque ele está presente.

Não sinto vergonha dele ou da minha mãe, aliás, mas ambos tem um talento especial para me envergonhar na frente dos outros, que fico abismado como ainda não cortei meus pulsos.

- Ela não é minha namorada - devolvi, com um belo revirar de olhos.

- Não, mas pode vir a ser um dia - retrucou. Eu o encarei de onde estava sentado e revirei os olhos novamente quando ele abriu a boca pra sorrir. Foi quando percebi que não importava o que eu fizesse, ele não iria desistir de saber quem era a Marina.

- A morena de cabelo curto perto das bebidas. A de jogger laranja - apontei. Mari era uma garota que se destacava com facilidade das outras, então não estranhei quando meu pai estreitou os olhos e a achou em questão de dez segundos.

- Ela é linda! - ele murmurou, surpreso.

- É, eu sei - sorri bobo.

- E você é um idiota.

- Obrigado pelo elogio - ri nasalado. Ele é meu pai, não é?

- Não, sério. Agora eu entendo como você não conseguiu conquistá-la - falou, sério. De repente meu pai estava mexendo nos controles e trocando a música remixada, e eu aguardava ele continuar falando, me explicar onde eu errei no manual sagrado da conquista de Franklin Franco. - Você é pouca areia pro caminhão dela carregar.

Gargalhei alto, aquelas risadas bem escandalosas mesmo.

- Eu tô falando sério! - falou, mas era óbvio que ele tava se segurando pra não rir também.

- Ah, pai, faça um favor para a sociedade, e cale essa boca enorme. Mantenha a sua língua trancada atrás dos seus dentes.

Pode ter sido apenas uma impressão minha, mas juro que vi ele revirando os olhos e o canto direito da boca se erguendo.

Enquanto ele estava ocupado, aproveitei para dar uma olhada nos stories e feeds alheios. Eu tinha certeza de que encontraria meia dúzia de perfis com o conteúdo da festa publicado.

E eu estava certo na minha dedução. Tinha fotos de antes e pós produção, vários vídeos da quadra e até um agradecimento especial para o diretor. A galera tava zoando muito hoje a noite.

- Não quer ir pra pista dançar ou beber alguma coisa?

- Oi? - Encarei meu pai por dois segundos, assimilando o que ele tinha dito. - Não, tô bem.

- Não veio pra festa pra ficar no celular, não foi? Quando alguma coisa mudar, sua mãe vai mandar mensagem, não precisa ficar pendurado o tempo inteiro!

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