☆Segunda Temporada: Capítulo 38☆

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James Franco 🎧

Quando meu pai me contou que estava de mudança pro Brasil, não soube como reagir inicialmente. Morávamos em Londres desde que nasci, então estranhei essa notícia. Entretanto, não achava que pudesse ser tão impulsiva.

Ele e a minha mãe estavam separados à seis anos e nunca guardaram ressentimento um do outro. Pelo menos eu acho que não, nunca falei sobre isso com eles.

Além de ser um assunto delicado, era difícil conversar seriamente com eles em um momento calmo: eu estudava durante o dia, meu pai trabalhava a durante noite e raramente eu via a minha mãe. Ossos do ofício dela ser uma top model famosa, é por causa disso que eu moro com meu pai e não com ela, e por isso também que eu decidir vir com ele para o Brasil

Visitei o país algumas vezes com os meus pais e me sentir conectado desde a primeira vez. Talvez fosse meu sangue, que tem um pouco de Brasil nele, que me fizesse ser tão atraído para o lugar. Ou alguma coisa mais forte, que tivesse haver com o destino e eu nem acredito nessas coisas.

Mas o que importava era a minha decisão, a minha vinda definitiva, para morar aqui.

Eu gostava de Londres, morei lá minha inteira, seria muito sem sentido eu não gostar do lugar onde passei minha vida toda. Eu gostava dos pontos turísticos, dos ônibus de dois andares, dos castelos antigos, dos parques, das pessoas e principalmente dos pub.

Meu pai era DJ, tocava quase todas as noites em vários pubs diferentes e as vezes, ele me levava junto. Acabei tomando gosto pela coisa e ele me deu um mixer de presente aos quinze anos. Eu fiquei louco, doido pra usá-lo, mas não tive muitas oportunidades em Londres. Quem sabe não faço minha estreia no Brasil.

Em relação ao país, eu o achava um máximo. Todos os lugares, as pessoas. Acho que eu visitei dez praias diferentes durante minha última viagem e cada uma delas tinha algo diferente, que me abriu igualmente.

O lugar em si, era incrível. Eu já o amava sem nem mesmo passar mais do que um mês nele e vendo apenas lugares paradisíacos. Eu poderia me arrepender? Já ouvir várias pessoas dizendo que morar no Brasil era furada. Minha resposta para essas pessoas é: elas não sabem como enxergar o melhor do país.

Tudo bem que nem tudo são flores e que o país passa por problemas gravíssimos, mas é só saber como aproveitar. É mais fácil falar do que realmente fazer, admito isso, porém não é impossível. Se você tentar com sinceridade ser feliz aqui, você consegue. Talvez sua vida não vá ser perfeita, mas pelo menos você não vai se arrepender.

Como a minha mãe reagiu com a notícia? Ela concordou. Ela está mais interessada em modelar do que em me criar, fora que ela está no meio de uma crise no seu atual casamento, eu só iria atrapalhar ela e nós três sabíamos disso.

Então, cá estou. Faz um mês que eu me mudei pro Brasil e uma semana que comecei a estudar no Colégio Liberdade. Ainda acho o país incrível por enquanto. E a escola principalmente.

Suspirei. Não sei porque, mas me lembrei disso hoje. Talvez seja saudades da minha mãe. Preciso ligar pra ela mais tarde. Tentar a sorte pelo menos.

— Você é o James, certo? — ouvi a voz de um garoto que vinha detrás da porta do meu armário.

A fechei para encarar os olhos castanhos do garoto moreno. Suas feições não me eram estranhas, mas sou péssimo com fisionomias, raramente lembro de um rosto.

— Sim, pois não?

— Sou Erick, seu colega de turma — apresentou-se. Sabia que o conhecia de algum lugar.

— Ah, e aí?

— E aí. Não quero abusar de você nem nada, mas faria um favor pra mim?

— Depende de qual seja.

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