☆Segunda Temporada: Capítulo 50☆

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Vic Santos ☺️

Não sei quem teve a ideia de trazer uma extensão com várias lâmpadas e enfeitar a área livre do camping, mas confesso que foi de prender o fôlego quando acenderam as luzes e o lugar ficou encantador.

Os troncos foram colocados em forma de círculo e bem no meio, fizemos uma fogueira; as luzes eram mais para efeito decorativo e nem tinham um brilho tão forte, não tanto quando a fogueira, pelo menos.

A noite estrelada na clareira, aos pouco foi tomando forma e se tornou uma bela noite quente ao redor da fogueira.

Marcos estava com o seu violão entre as pernas e parecia um pouco nervoso, ao mesmo tempo que estava confiante. Sabia que viria alguma coisa, mas não imaginava o que pudesse ser. Vi ele conversando com o Pietro um pouco mais cedo e agora os dois estavam sentados um do lado do outro. O Marcos ter trazido o violão poderia significar uma música, ou várias.

O motivo da fogueira de hoje era por se tratar da noite musical do camping Liberdade. Qualquer um que pudesse tocar ou que quisesse dedicar uma música aquele seria o momento ideal.

E eu estava me sentindo um pouco nervosa com aquilo.

— Você parece nervosa. Se sente bem? — Mily sentou do meu lado e enroscou seu braços no meu, entrelaçando nossos dedos. — Seus dedos estão muito frios — observou.

— Estou nervosa — confessei.

Não era como se noite estivesse fria. Como eu disse, estava quente, não apenas por conta da fogueira.

— Espera que o Marcos cante uma música para você? — sussurrou.

O garoto não estava muito longe da gente.

— Pra falar a verdade, espero — contei confiante.

Nós duas passamos a observar ele. O garoto estava todo concentrado afinando o violão e algumas vezes ele sorria bobo. Virava para comentar alguma coisa com o Pietro e sorria de novo. O outro garoto segurava uma folha e lia ela constantemente, batendo a mão livre no joelho e os pés no chão, tudo de forma muito ritmada.

— Quando os dois se tornaram próximos? — perguntei confusa.

Pietro nem ao menos fazia parte do grupo de amigos do Marcos, mas lá estavam eles.

— Não sei, mas parece ser uma amizade legal — ela comentou.

— Sim — murmurei cabisbaixa. — Anh, quero te pedir desculpas de novo, pelo seu primo.

— Esquece isso. Quem sabe a bolada na cabeça não tenha dado um pouco de juízo ao meu primo — brincou. Ela sorria e não ligava para o que aconteceu ontem.

Mas eu ainda me sentia preocupada com o bem-estar do garoto; ele parecia bem irritado ainda.

Observei-o de longe, no extremo oposto de onde eu tava. O Hugo e ele pareciam implicar com alguma coisa, mas sorriam e faziam caretas um pro outro.

— Ás vezes, tenho a impressão de que aqueles dois estão juntos e esqueceram de me contar — Milena comentou. Olhei pra ela e vi que observava a mesma cena que eu. — O Erick, no início, odiava o Hugo, e eu nunca entendi o porquê e ele nunca fez questão de explicar. Mas desde a festa, eu os vejo juntos e penso que...

Ela parou no meio da frase, com os olhos meio nublados.

— Que a implicancia do seu primo talvez não fosse por sua causa e sim por causa do Hugo? — indaguei. Ela engoliu seco e concordou com a cabeça. — Deveria conversar com ele e tirar essa dúvida da sua cabeça.

Reencontros e Encontros Where stories live. Discover now