♡Primeira Temporada: Extra Caio♡

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Sobre isso, não tenho o que explicar. O Caio sempre foi babaca, e era exatamente esse o intuito quando o criei. Mas sei , minha opinião mudou muito de uns tempos pra , quando comecei a reescrever a história.

Eu meio que dei um propósito de vida pra ele dentro da obra. Um novo propósito. Me orgulho muito disso. E sei , eu meio que comecei a gostar dele. Boy lixo, mais gosto dele. Então a ideia de dar a ele uma história de redenção não me pareceu estranha, e vamos começar a partir daqui.

Caio Rodrigues 🤮

E você está bem mesmo? — ela perguntou mais uma vez. Era a centésima, eu acho, que ela me perguntava aquilo. Sinceramente, já estava cansado de lhe responder.

— E por quê eu não estaria? — indaguei, calmo. — Eu tô em solo canadense, jogando vídeo game e comendo. Minhas aulas só vão começar em setembro e meus pais parecem felizes em estarem aqui, eu não tenho do que reclamar.

Nem da distância dos seus fiéis escudeiros? — Sua voz estava cheia de intenções. Intenções essas, que estavam me fazendo perder no jogo.

— Sinceramente, eu não estou tão feliz de estar longe deles. Principalmente o insuportável do Vinicius — revirei os olhos ao mencionar o garoto. — Mas olha, todos eles mandam mensagens sempre, você está sempre ligando e as pessoas daqui são bem receptivas.

Hm — resmungou do outro lado da linha, um pouco cabisbaixa para quem estava animada trinta segundos atrás.

Quem é? — Ouvi a voz do Hugo no fundo da chamada e de alguma forma, aquilo tinha me deixado mais tranquilo.

E eu nem tinha percebido que estava nervoso.

Ouvi apenas a voz dos meus amigos ou a da Milena e a dos meus pais, estava começando a me deixar de cabelo em pé. Eu não estava falando com mais ninguém além deles, pois além de não ter outros amigos no Brasil, eu não sabia falar inglês.

Fez ou outra, eu conversava com o Hayden, mas nunca arriscamos trocar áudio, já que eu não entendia absolutamente nada de inglês. A gente podia falar em espanhol, afinal, foi assim que a gente se conheceu. Mas meu espanhol estava tão enferrujado, que eu prefiro nem tentar.

Ele te mandou um beijo — ela falou, me tirando dos meus devaneios. O ouvi resmungar algo ao mesmo tempo que eu falava:

— Não mandei nada!

Hugo mandou outro beijo — ela retrucou. Duvido muito disso.

Milena sempre tentava me fazer falar com o Hugo, a fim de estabelecer uma relação saudável entre a gente. Mas isso nunca daria certo, eu sabia disso. E sabia que a culpa era minha, por ter enfiado meu nariz onde não tinha sido chamado. Duas vezes.

— Como estão as coisas por aí? — resolvi perguntar, puxando assunto.

— Ah, você nem imagina... — Com essa simples frase introdutória, ela começou a narrar um longa história, que durou três horas.

Falamos sobre absolutamente tudo. Como estavam indo os meus amigos e os delas; seu relacionamento com o Hugo; os novos alunos na escola, que tinham ascendência coreana e que chegaram movimentando o Colégio Liberdade. Como as coisas estavam indo pra mim, aqui em Toronto, como eu estava lidando com as pessoas, como estava minha mente e meu coração.

Reencontros e Encontros Where stories live. Discover now