☆Segunda Temporada: Capítulo 36☆

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Kiara Avillar 💣

— Kira! — Ouvi a voz da Jenny do outro lado da porta e batidas sucessivas, estrondosas.

— Já vai — gritei de volta. Me levantei da cama e fui abri a porta. Ela estava lá, parada e batendo o pé no chão. — O que você quer?

— Da próxima vez que você estiver com os dois fones, eu vou derrubar a sua porta e cortar os fones — ameaçou. Eu permaneci calada, esperando ela dizer o que queria comigo, que não fosse reclamar. — A mamãe tá indo no shopping e mandou perguntar se você não quer ir com ela.

— Vou só trocar de roupa — respondi indiferente.

Ela sumiu da minha frente, indo em direção a sala. Ela tá de mau humor e está querendo descontar em mim. O que ela não sabe, é que não vai conseguir me irritar ao ponto da gente brigar. Não hoje.

Coloquei uma meia rasgada e uma calça um pouco folgada e com dois rasgos no joelho, com um cinto e uma blusa de manga curta, com colarinho. Umas pulseiras e um brinco pequeno, apenas para efeito de arrumação. E fui ao encontro da minha mãe, que estava estava na sala organizando a bolsa quando eu cheguei. Estranhei não ver a Jenny nem o Pietro com ela.

— Vamos? — concordei e a gente se dirigiu até a porta do apartamento.

— Cadê os outros dois? — perguntei a ela quando chegamos ao estacionamento do prédio.

— Não foi assim que seu pai e eu a educamos, Kiara — reclamou.

— Desculpas. — Ela não respondeu a minha pergunta, esperando que eu consertasse o que tinha dito. Isso era tão clássico da minha mãe. — Querida mamãe, onde se encontra meus dois queridos irmãos?

— Com um pouco menos de ironia da próxima vez e nada de revirar os olhos também — reclamou novamente. — Mas vou lhe dar uma colher de chá por ter se lembrado dos seus irmãos. Jenny disse que não queria ir e Pinóquio já está por lá.

Sim, nós chamamos meu irmazinho mais velho de Pinóquio porquê ele não sabe mentir. Ele até tenta, mas não consegue. Isso não significa que ele minta muito, só que não consegue mentir como uma pessoa normal.

— E a gente tá indo pra buscar ele? — perguntei.

— Não. Preciso resolver algumas coisas por lá, chamei você porquê sempre reclama quando não chamo e quando eu voltar, obviamente vou trazer seu irmão com a gente — explicou.

Não falei mais nada. Peguei meu celular e o fone e passei todo o caminho até o shopping em silêncio.

[...]

— Por favor, não roube a primeira livraria que você ver! — gritou minha mãe.

As pessoas ao redor ficaram me olhando, tentando entender o que aquilo significava. Minha mãe era um diabo quando queria me fazer passar vergonha.

Fui direto pra praça de alimentação, onde sabia que encontraria meu irmão. O lugar estava tão cheio, que desistir de me meter entre o meio das pessoas apenas para procurá-lo. Mas meu irmão chama tanta atenção, por causa dos seus cabelos azuis, que eu nem preciso fazer esse tipo de coisa.

Eu o encontrei sentado em uma das mesas, devorando um sanduíche e junto de alguns garotos. Me aproximei da mesa dele, ultrapassando algumas pessoas, e conseguir identificar um dos garotos. O mesmo babaca que falou sobre a minha família de forma tão debochada e que eu quase mandei pro hospital.

Fiquei sabendo que o nome dele é Leonardo e que sempre foi babaca com todo mundo.

A raiva me subiu a cabeça e estava me preparando para brigar com ele novamente, dessa vez, nem mesmo o Pinóquio vai conseguir me conter. Um passo e eu esbarrei em uma garota. A encarei, ela parecia assustada e com vergonha. Será que pelo encontro?

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