♡Primeira Temporada: Capítulo 23♡

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Milena Santinni 😇

Eu respirei fundo. Meu coração começava a acelerar e meu peito a doer. Meus músculos também estavam tensos e eu não conseguia esconder minha expressão apática.

Ainda assim, segurei a vontade de chorar o máximo que eu conseguia, tentando expressar ao máximo minha indiferença quanto ao momento.

- Kay, você não parece surpresa - observei.

- O Guto me contou na segunda - confessou envergonhada. - Mas eu juro, pedi pra ele mandar os meninos desistirem e contar para vocês! - defendeu-se.

- Como você descobriu? - a pergunta escapou do Hugo.

- Isso não importa. Se eu não tivesse soltado aqui e agora, seria possível que a Milena nunca soubesse dessa história - Lin retrucou.

Olhei para o Hugo, e sua expressão na hora da acusação, parecia confirmar as palavras da minha amiga: ele realmente não pretendia me contar quando acabassem.

Meu peito doeu um pouco mais.

- Qual o valor da aposta? - perguntei.

- Uma semana de lanche para os vencedores pago pelos perdedores - Diego respondeu. Até o momento ele não havia se pronunciado, nem sobre a confusão que tinha sido a festa nem sobre a aposta.

- E qual era a aposta? - tornei a perguntar.

Ambos, os três garotos hesitaram, mas no fim, foi Guto quem deu o tiro de misericórdia.

- Quem conseguiria conquistar uma das três primeiras.

- Entendi. E quem ganhou? - Todos estranharam. Dei de ombros. - Não tem relevância, mas estou curiosa para saber quem vai comer do bom e do melhor, pago pelas carteiras gordas do Medici ou González. E não mintam, vocês também.

Alguns amigos seguraram os risos, enquanto outros não fizeram questão.

- Eu fui o sortudo! - Guto vangloriou-se. Até mandou coração para a Kay, que para completa surpresa, retribuiu.

- Eu espero, sinceramente, que faça bom proveito do prêmio e que ele também sirva de lição. Aliás, para todos vocês. - Olhei para os três - Gustavo, eu já te conhecia e de certa maneira, isso me impede de ficar verdadeiramente brava com você. Se isso deu tão certo para você e para a Kaylla, não posso reclamar. E você Diego, mesmo nós não tendo momentos únicos de amizade, não foi necessário isso para me fazer te considerar um amigo especial - declaro. - E apesar disso, não posso deixar de ficar chateada com vocês dois. Por fim, a possível cabeça por trás da aposta - funguei pela primeira vez na noite. - A nossa primeira conversa, foi sobre você vir me pedir desculpas. Eu não acreditei em você naquela hora, mas depois de um certo tempo, passei a acreditar. Chegou um momento, que eu me senti confusa sobre o que eu sentia - mais uma vez, eu funguei, e as primeiras lágrimas caíram. - Eu estava verdadeiramente considerando que pudesse ter me apaixonado por você novamente, ou que essa paixão nunca tivesse deixado de existir, mas depois dessa... Isso não vai mudar o que eu sinto por você, porque sim, eu estou apaixonada, mas não me impede de te odiar também, pois como dizem, "o amor e ódio andam de mãos dadas".

Passei a mão pelas lágrimas que tinham caído e passei a mão no nariz, que ameaçavam escorrer. Olhei bem no fundo dos olhos que um dia eu amei tanto, e que ainda amo. Não havia maldade, havia culpa. Mas era tarde para aquilo.

- Passar bem! - desejei e logo em seguida, subi as escadas e me corri para o quarto do Roan.

Não era o meu melhor refúgio, admito. Mas era o único quarto da casa que estava aberto, a Lin me garantiu isso antes da festa começar, e eu não sabia onde estava a chave do seu quarto.

Reencontros e Encontros Where stories live. Discover now