Capítulo 43

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E HOJE FOI NO LANÇAMENTO DE IMPÉRIO DE SANGUE, UMA SAGA EM QUATRO LIVROS AMBIENTADA NA GRÉCIA ANTIGA....QUEM TIVER KDP CORRE LÁ QUEM NAO TIVER, NÃO SE PREOCUPE, DEPOIS DE JAMILA E JUAN POSTAREI AQUI TAMBÉM...

Foz do Rio Guadiana – Inverno, Janeiro de 834 d.C.

Dois meses depois, um mensageiro vindo a mando de Yusuf apareceu no castelo abandonado, antes mesmo que ele se aproximasse as escudeiras nórdicas o interceptaram e o levaram até a presença de Jamila, que estava sentada no salão principal.

Apesar da precariedade da instalação, Jamila organizara suas forças com eficiência, ninguém ficara ocioso.

Lenha fora colhida no pântano, carne de caça e peixes foram salgados e estocados, os cavaleiros da tropa de Jamila foram treinados pelas escudeiras para combaterem como vikings na embarcação que Brunilde habilmente conduzira pelas águas traiçoeiras do pântano.

O plano da guerreira berbere era, caso Yusuf não mandasse notícias dentro de um mês, subir novamente o rio até as proximidades de Mérida.

Em seu peito ardia o desejo de vingança contra o Emir e principalmente contra Jamal, o general traidor.

Mas outro sentimento também ocupava seu coração, mente e alma, o amor que sentia por Juan. O jovem a vencera em um combate e ela se entregara de corpo e alma para ele. Imaginara que isso ocorreria cedo ou tarde, pois embora não houvesse confessado se apaixonara por ele desde que o vira no salão de seu pai e tal sentimento se confirmou ao encontrá-lo no antigo templo romano, que segundo Yusuf, teria pertencido à deusa romana do amor Vênus, ou Afrodite como os gregos a chamaram, por isso ela guardara os véus em uma arca na embarcação viking, quando a rebelião começara.

Planejara que, talvez pudesse dançar para ele no interior do barco, escondido no galpão, depois que a rebelião terminasse, mas o destino rira de seus planos e seu pai acabara sendo executado e ela tivera que fugir de sua cidade.

Desde que se entregara, passavam as noites juntos no pequeno quarto que havia no alto da torre abandonada, que agora se transformara em seu lar. Amavam-se até quase o amanhecer, quando então exaustos dormiam com os corpos entrelaçados.

Na primeira vez, quando terminaram, ela observara que um véu que estivera forrando a cama improvisada estava com uma macha de sangue na altura de sua cintura, o sinal de que entregara sua virtude e honra.

Por um breve momento pensara nas consequências de seu ato, pela tradição berbere seu marido deveria apresentar o tecido na noite de núpcias para os membros do clã que estariam esperando fora do quarto ou tenda, sem essa prova de virtude a mulher poderia ser repudiada pelo marido, o que significava sua expulsão do clã, ou mesmo a morte, nas mãos do pai ou do marido ofendido.

Ela tremeu inconscientemente novamente, seu destino estava irrevogavelmente ligado ao de Juan.

— O que a preocupas? – perguntara o jovem ao perceber uma rusga de preocupação em sua face naquela noite mágica.

— Tenho medo – murmurara — agora sou sua por toda a vida, de corpo e alma, se me deixares, meu destino pode ser pior do que a morte.

— Nunca a deixarei! – exclamara ligeiramente ofendido — Ainda que você me abandone, ainda que você me afaste de sua presença dizendo que não me ama, ainda assim serei teu até o fim de meus dias.

— Juan...

— Eu te amo, minha bela Dama – dissera e a tomara novamente com ardor, como se temesse perdê-la no dia seguinte.

Somente Brunilde, suas escudeiras e seu irmão Ibrahim sabiam do romance, Jamila temia que seus soldados, muçulmanos fiéis não entendessem seu amor por um cristão que, embora houvesse se mostrado corajoso e leal, ainda era considerado um infiel da fé que não pertencia ao clã berbere.

A GUERREIRA INDOMÁVELOnde as histórias ganham vida. Descobre agora