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Segui contando;

—Depois ele abriu o bico e descobrimos que ela estava no Brasil, contratei mais de 40 detetives espalhados em todas as áreas que ela ligava!

—Uau! —Disse Luan.

—Eu colocaria muito mais filho, mas eles nunca encontravam nada, certo dia fui seguida por olhos curiosos! —Olhei pra Sol e Ariel. —Porque eu saia com Miguel.

—Eu estava tendo uma crise de existência! —isse Miguel olhando pro prato. —Sempre me senti da família, mas aquele dia estava tendo uma crise existencial, tia Aurora me encontrou escondido e chorando no jardim e me convidou pra ir com ela, pra treinar, eu nunca me senti tão da família, me senti lisonjeado por ser o único a saber que a tia treinava aquelas coisas, eu aprendi com ela a jogar facas e qualquer coisa com ponta, aprendi muito com ela, aí esses dois ciumentos aí nos seguiram e a tia começou a ensinar a eles também!

Ariel e Sol estavam vermelhos.

—Eu não imaginava filho! —Disse Ruan.

—Não se preocupe pai, não era nada com nenhum de vocês era comigo mesmo.

—Se tivesse nos contado... —Disse Lucas.

—Eu não teria aprendido a atirar!

—E não teria desviado aquela bala! —Disse Ruan orgulhoso.

—Então nossa pequena Mel, Sol e Ariel esbarraram em você Luan, eu queria matá-la, com minhas mãos quando a vi, e quando ela colocou aquela faca no seu pescoço tudo o que eu queria era enterrar uma faca no meio da testa dela, mas eu vi seu amor por ela, então me controlei, achei que tinha acabado, quando os dois estavam presos, mas eu estava errada, a Alegria de ter ouvido meu filho me chamar de mãe pela primeira vez foi coberta pelo medo daquela mulher tentar roubar ele de mim outra vez, e como já havia contado Luan ela apontou uma arma pro Erick no nosso casamento, eu já estava preparada pra ela.

—Não pude acreditar quando vi uma adaga na cintura do vestido de noiva! —Disse Lucas. —Dois palitos de cabelo que eram armas, e mais uma adaga no tornozelo, assim ela ia se casar!

Eu ri da cara dele.

—Mas! —Disse Erick. —Foi isso que salvou minha vida!

—Agora entendi o discurso do casamento! —Disse a Dinda!

—Por que não nos contaram? —Perguntou o dindo.

—Tudo sempre foi pensando em proteger vocês, tudo sempre bem pensado, antes de qualquer coisa.

—E o que você fez com ela no seu casamento dinda? —Perguntou Ariel.

—Ela foi tão rápida! —Saltou Luan. —Ela jogou uma adaga na mão da Amy depois um daqueles palitos no olho dela e outro no pescoço, eu... Uau... Eu não podia acreditar que a minha mãe, minha verdadeira mãe, fosse tão... Nossa, não dá pra explicar eu só pensava, quando eu crescer quero ser que nem ela.

Me emocionei com suas palavras.

—Então aqui estamos nós, todos juntos graças a ela! —Disse Erick. —E sei que ela faria tudo de novo se fosse preciso!

—Faria, por qualquer um de vocês, descobri que eu mataria por qualquer um por vocês, por todos vocês, sabe, uma vez Sol me perguntou por que apenas Ariel era meu afilhado...

—Eu também queria saber! —Disse Yudi.

Eu ri.

—Porque Ariel foi o primeiro de todos vocês, na época nós ainda não tínhamos nos encontrado, e pra ninguém ficar com ciúmes de quem seria afilhado de quem decidimos que todos seríamos como irmãos, e todos seriam meus sobrinhos assim como todos são sobrinhos e filhos aqui, ninguém é diferente de ninguém, amo todos por igual!

—Eu agradeço! —Disse a Dinda. —Agradeço todos os dias pelos filhos e netos que ganhei!

—Nunca fomos tão felizes como quando vimos nossa casa ficar pequena! —Disse o dindo. —Cada manhã pra mim é indescritível, ver aquela mesa cheia com todos vocês, cada beijo que ganho dos meus netos, eu sou o avô mais feliz do mundo, não é à toa que me aposentei cedo, eu queria curtir cada um de vocês.

—Eu também! —Disse a dinda. —A melhor parte do dia é quando desço pro café da manhã!

—Bem que eu vi que você parou de dormir até tarde nos domingos! —Disse Kate. —Principalmente depois que a Sol nasceu!

—Foi quando todos começaram a se reunir na nossa casa, sabe, eu sempre quis ter mais filhos, mas o tempo era tão corrido quando Kate nasceu o parto foi meio complicado e percebi que eu não ia poder ter mais filhos, mas aí veio Lucas, Aurora, Steff e Bruno, Ruan, Lara, Pedro, Daichi e Naomi, ao total tenho 11 filhos, e acho que perdi as contas de quantos netos.

Nós rimos.

—Mas Jonh tem razão a melhor parte é o carinho, nunca fizemos diferença entre vocês!

—Eu sei! —Disse Yudi. —Adoro seu colinho!

—Ei assim fico com ciúmes! —Disse a tia Yumi.

—Aí vó, não precisa ficar, eu amo as duas igualzinho! —Disse Yudi. —Mas acho que deveriam se mudar pra mais perto!

—Yudi! —Repreendeu Ruan.

—Não, ele tem razão! —Disse tio Afonso. —E é por isso que vendi a empresa e comprei a casa da frente da Naomi e do Daichi!

"Urruuu" "Heee"

—Também quero curtir vocês! —Disse ele. —Vai ter que espichar a mesa irmão!

—Isso é o de menos —Disse o dindo. —Já estava na hora de você vir pra perto.

—Só faltam mais algumas casas pra aquela nossa rua virar um condomínio só nosso! —Disse Ruan.

—Na verdade eu e kate compramos a da frente da Lara! —Disse Zack.

—E aproveitando o momento! —Disse Kate. —Pai, mãe... Vamos ter um bebê!

"Heeeee"

Comemoramos a chegada de mais um bebê.

—Bom, já vi que a próxima casa a ser comprada é da tia Ana e do meu pai! —Disse Pedro.

—Verdade! —Disse Lara. —Faz horas que eles vêm falando em vir pra mais perto de nós e estão cansados das viagens pra nos ver.

—Querida, ligue pro marceneiro assim que chegarmos! —Disse o dindo.

Caímos na gargalhada. Depois de muita conversa voltamos para o hotel caminhando, pois estávamos estufados.

—Sorvete! —Disse Hope apontando pra sorveteria. —Mãe?

—Eu quero! —Falei sorrindo e olhando pra Erick que virou os olhos e me deu um sorriso deslumbrante em resposta.

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