03.03

231 60 19
                                    

Não consegui parar de sorrir, minhas pernas ficaram bambas, era como se trilhões de libélulas se agitando dentro do meu peito, não consegui parar era como se uma força invisível me puxasse pra ele, parei a centímetros dele.

Não consegui parar de sorrir, minhas pernas ficaram bambas, era como se trilhões de libélulas se agitando dentro do meu peito, não consegui parar era como se uma força invisível me puxasse pra ele, parei a centímetros dele

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

—Oi Aurora?! — Ele ainda sorrindo e tinha um sotaque de quem não falava fluentemente o português a anos.

—Oi... desculpa achei que minha dinda viesse me buscar.

—Sou o filho dela, me chamo Erick!

Meu rosto ficou quente, minha cabeça não estava me ajudando com os movimentos, ele pegou a caixa de baixo do meu braço e colocou no banco de trás do carro.

—Esses são todos os seus pertences?

—Hurumm!

—Então... já que não quer levar nem a poeira daqui, vou te ajudar!

Ele me pegou no colo, pronto, as libélulas foram para minha garganta e comecei a rir, dei duas batidinhas em meus pés para tirar a terra que grudou depois que tirei o sapato, ele me colocou no lado do carona, fechou a porta e fez a volta.

—Você dirige? —Perguntei incrédula.

—Claro!

—Quantos anos você tem?

—17, mas tenho carteira não se preocupe!

—Mas...

—Não sou Brasileiro, posso dirigir no meu país e aqui também.

—Legal!

—Então... acho que devemos ir a um shopping, você não pode viajar sem sapatos né?!

—Não pensei nisso antes! —Falei. —Mas não tenho como pagar...

—Ei, você não precisa se preocupar com isso, aliás você só tem essa roupa?

—Hurumm o resto era do convento, essas aqui foi a dinda quem me deu!

—Minha mãe tem bom gosto, lhe caiu bem!

—Obrigada!

Estávamos na autoestrada indo pra capital onde pegaríamos um avião para Nova York, isso mesmo uma caipira indo pra civilização, pelo menos era assim que eu me sentia.

—De que tipo de música você gosta? —Ele me perguntou.

—Sinceramente, estou presa no convento a 6 anos, até os dez anos eu fazia ballet e Jazz era o tipo de música que eu ouvia, e ouvia música celta também!

—Então faz seis anos que você está por fora de tudo o que acontece fora do convento? — Foi a vez dele de ficar incrédulo.

—Isso mesmo!

—Uau, como você sobreviveu?

kkkkk

Erick era engraçado, o sotaque dele era engraçado, minha dinda não fala com esse R enrolado. Sorri enquanto ele fazia um informativo com as principais notícias do mundo. Entramos na capital, ele tinha um aparelhinho no carro que segundo ele, era um GPS graças a esse aparelhinho ele sabia pra onde estava indo, entramos no shopping, eu vim algumas vezes com meus pais assistir filmes quando eu era criança, ele estacionou o carro numa garagem cheia de carros e abriu a porta pra mim.

TiesWhere stories live. Discover now