03.12

138 45 14
                                    

Já estavamos no carro em direção a tal balada, Erick me olhava e olhava pra frente.

—Fala Erick, fiquei feia?

—Não, claro que não, você está linda, até demais!

—Achei que a maquiagem tinha ficado estranha.

—Não, você está perfeita!

—Se meu pé começar a doer com esse salto eu vou trocar.

—Eu prometo que busco no carro pra você. Chegamos!

O estacionamento é coberto, isso era bom, deixei o tênis preto no carro e desci com o sapato.

—Não me deixa cair, eu treinei pouco tempo nisso aqui.

—Jamais te deixaria cair, daqui a pouco você se acostuma.

Ele desceu do carro, e fez a volta pegando minha mão, me prendi no braço dele e entramos, a música fazia meu corpo querer dançar sozinho, deixamos nossos casacos na entrada.

—Bem-vinda princesa!

—Uau!

Ele pegou na minha cintura e foi me levando até o centro daquela loucura, olhei pro lado e vi pessoas dançando de tudo que é jeito.

—Apenas segue o som! —Disse Erick no meu ouvido. —Fecha os olhos e me segue!

Ele encostou o corpo dele no meu ainda segurando minha cintura e começou a se movimentar, o acompanhei, aquela música ia tomando conta do meu corpo, ele cheirou meu pescoço me arrepiei na hora, dançamos por horas, meus pés estavam latejando.

—Erick meus pés não aguentam mais!

Ele me puxou até o bar.

—Não sai daqui, vou buscar seu tênis!

Ele pegou os meus sapatos e eu coloquei os pés no calço do banco.

—E ai gatinha!? —Disse um rapaz se aproximando de mim.

—Oi!

—Está sozinha? —Ele mastigava um chiclete de um jeito que dava nojo.

—Não, o Erick foi buscar o meu tênis no carro.

O rapaz estava com cheiro de álcool, tentou se aproximar mais e eu o empurrei.

—Que fica comigo?

—Não, você está bêbado!

—Qual é, tá se fazendo!

Ele tentou me beijar e eu virei a cabeça e o empurrei com o pé, ele me olhou cuspindo o chiclete no chão.

—É das difíceis que gosto, vem gatinha selvagem!

Ele veio pra cima de mim de novo, desta vez pegou-me dos cabelos e tentei colocar minhas mãos na boca dele, estava lutando em vão.

—Solta ela agora!

O rapaz olhou pro Erick, mas não largou meu cabelo.

—Ela é sua por acaso?

—É sim!

Erick deu um soco nele, e ele finalmente largou meu cabelo, ele partiu pra cima do Erick, Erick deu dois socos e desmaiou o rapaz no chão, o segurança apareceu.

—Erick o que está acontecendo aqui? —Disse o segurança.

—Esse cara estava machucando, minha princesa!

—Bom já fez nosso trabalho, vá se divertir amigo!

—Valeu Ted! —Erick apertou sua mão.

O segurança juntou o rapaz do chão e o levou, Erick colocou os tênis nos meus pés e me abraçou, eu queria chorar, mas engoli o choro.

TiesDonde viven las historias. Descúbrelo ahora