03.98

83 33 4
                                    

Narrado por Sol;

Assisti a cena de camarote, eu nem to acreditando ainda, o que o ciúmes não faz.

Cheguei em casa, o bom é que a tarde todo mundo tá trabalhando, mais tarde levo os menores para a escola e volto pra casa, joguei-me no sofá, coloquei os fones e fechei os olhos.

🎧🎼🎵🎶🎵🎶

Estava curtindo o som cantarolando quando senti uma respiração em cima de mim, ao abrir os olhos vejo Ariel me curtindo.

—Que susto Ariel!

—Você estava tão linda!

Disse ele se aproximando mais de mim, eu até ia fugir de seu beijo como sempre, mas Luan me deu no que pensar hoje.

—Não vai fugir? —Perguntou ele com os lábios encostando nos meus.

—Hoje não. —Sussurrei.

O puxei para cima de mim beijando-o.

—Chegamos! —Disse a Vovó.

Ariel se jogou do meu lado passou o braço embaixo da minha cabeça.

—Finge que tá dormindo! —Sussurrou ele.

Ainda bem que o sofá fica de costas pra porta da rua, e já nos viram dormindo juntos desde pequenos.

—Own eles são tão lindos juntos! —Sussurrou a vovó.

—Achei que eles iam ser como Erick e Aurora, mas me enganei! —Disse o vovô. —Acho que Aurora tinha razão.

—Eles foram criados como irmãos o que queria?! —Disse a vovó.

—Eu nada... Vem vamos subir!

—Deixa eles dormirem mais um pouco!

...

—A mamãe acha que nós somos como irmãos... E sinceramente tenho medo de magoá-los e é por isso que não deixo você me beijar...

—Mas não somos e eu te amo como mulher e não como irmã!

—Você me ama?

—Eu sempre falo isso Sol, não é nenhuma novidade.

—Você diz isso pra todos da família.

—Mas quando eu falo isso pra você é diferente.

Olhei em seus olhos.

—Eu também te amo de uma maneira diferente! —Falei corada.

Ele me beijou rapidamente.

—Vem, vamos dar uma volta.

—Tenho que pegar as crianças!

—Vamos de vam!

Ele pegou minha mão e corremos pra garagem. Pegamos as crianças e fomos a uma praça ali perto.

—Acho que aqui tá bom! —Disse ele estacionando a vam na frente de uma praça. —Vamos dar uma volta?

Desci e ele pegou minha mão, caminhamos lentamente pela praça, Ariel tinha a outra mão no bolso, o que o deixa charmoso, ele tem essa mania desde pequeno, tudo que é roupa que a tia comprava tinha que ter bolsos senão ele nem usava.

—Sol...

—Oi!

—Eu quero enfrentar o que for para ficar contigo...

—Ariel sabe que não quero magoar a mamãe...

—Nem eu, eu amo a minha dinda de paixão, ela é minha segunda mãe... Mas não posso mais ficar longe de você, já sou maior de idade e estou na faculdade, nunca quebrei nenhuma regra e acho que mereço ser feliz com quem eu amo!

—Eu estou morrendo de medo Ariel!

—Eu também estou, mas não da Dinda, talvez dos outros, mas dela não...

Ele parou e passou os braços em minha cintura, passei meus braços em seu pescoço e fiquei na ponta dos pés.

—Baixinha!

—Altão! —Ele riu.

—Eu te amo tanto meu raio de Sol!

—Eu também... Me amo!

—Sua boba!

Ele me beijou, eu sinto que meu coração vai sair do peito, mas não é só por amor é por medo junto.

—Vamos esperar mais um pouco pra contar, vamos sondar largando piadinhas! —Falei.

—Só se você prometer que nunca mais vai fugir de um beijo meu!

—Prometo!

Ficamos namorando na praça até a hora de ir buscar as crianças.

...

Quando entrei em casa já estavam todos, e juro que parecia que estava escrito na minha testa o que fizemos, meu rosto estava quente.

—Sol, cadê o Luan? —Perguntou meu pai.

—Ah, ele... Ele foi buscar a Mel na casa de uma amiga onde ela foi fazer um trabalho de escola! —Eu ganharia um Oscar de melhor mentira por meu irmão.

—Humm...

O tio Bruno entrou em casa.

—Ariel deixei a Sophi no balé você a pega pra mim?

—Claro pai!

—Eu vou levar as meninas pro balé, se quiser ir comigo?! —Falei a Ariel.

—Sabe que eu não perco a oportunidade de ficar junto de você! —Ele falou me deixando mais corada.

—O dia que vocês dois se desgrudarem vai chover canivete! —Disse minha mãe.

—Verdade! —Disse o tio Bruno.

—Você sabe que eu não sei ficar longe dela! —Disse Ariel abraçando minha mãe.

Fiquei louca para dar uns tapas nele.

—Eu sei, só não sei se isso é bom ou ruim! —Disse ela.

—Por que seria ruim?!

—Vai que ela queira casar comigo! —Disse Miguel entrando na conversa e me pegando no colo, fiquei rindo e o enchi a beliscões. —Au, au...

—E por que tem que ser você, e se fosse eu?

—Bom se fosse qualquer a um de vocês eu faria muito gosto! —Disse minha mãe ainda abraçada em Ariel.

—Tá vendo, já podemos casar Sol! —Disse Miguel, vi o rosto de Ariel ficar vermelho.

—Pois é, mas agora não dá tempo, tenho que levar as meninas pro balé!

Graças aos Deuses as meninas vinham descendo as escadas já prontas.

—Quem vai nos levar hoje? —Perguntou Hope.

—Eu e Sol! —Disse Ariel pegando minha mão e me puxando pra fora de casa, sai rindo de seus ciúmes.

Ele entrou no banco do motorista bufando, as meninas entraram cantando e me sentei do seu lado, ele foi todo o caminho calado.

—Vamos esperar aqui tá meninas! —Disse a elas.

—Tá!

Hope deu um beijo em cada um de nós e desceu.

Peguei sua mão e ele suspirou.

—Você fica muito fofo quando está com ciúmes!

—Eu não gosto quando Miguel faz aquelas brincadeiras se é que são brincadeiras.

Tirei o cinto e me sentei em seu colo, ele colocou o banco mais pra trás.

—É brincadeira da parte dele sim, nunca passou dessas coisas que ele fala na frente da família para me constranger.

—Você ouviu a dinda?!

—Ouvi sim, o que deixou meu coração aliviado se você quer saber!

—O meu também, ou seja...

—Não vamos falar nada ainda, está bom assim por enquanto!

—Escondido é melhor né?!

—Hurum!

TiesWhere stories live. Discover now