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Narrado por Luan;

Agora estamos eu e meus verdadeiros pais parados em frente uma mansão, eles não entraram com os outros.

—Filho sei que pode parecer estranho tudo agora, mas tem uma festa lá dentro pra você! —Disse minha mãe.

—Eu queria pelo menos ter escovado meus dentes! —Falei.

—Aqui! —Disse meu pai me entregando uma bala. —Eu sempre tenho pra sua mãe!

—Tem muita gente?

—Sua família completa está ali dentro! —Disse ela. —Todos que estão ali dentro esperam por você a muito tempo, eles nos mantiveram em pé e provaram de nossa dor, desde o mais velho ao mais novo, todos sabem quem você é, e todos que estão ali dentro te amam!

—Eu tenho avós?

—Tem sim, e tem uma biza também, e muitas tias loucas pra te pegar no colo! —Disse meu pai.

—Está pronto? —Perguntou ela.

—Não, mas vamos lá! —Meu pai riu.

Meu coração parecia que ia sair pela boca, cada passo minha respiração acelerava mais, eu não estava acostumado com tanta gente, ao perceberem eles pegaram minhas mãos, me senti com cinco anos de idade, sendo levado pra escola por meus pais. A porta se abriu.

—Bem-vindo a sua casa! —Disse meu pai.

—Bem-vindo a sua família! —Disse minha mãe.

A primeira pessoa que vi foi Mel com um lindo sorriso no rosto, o que me fez sorrir vermelho, pensando o quanto ela é linda. Meus avós foram os primeiros a me abraçarem, não tinha ninguém sem chorar naquela casa, minha biza tinha os cabelos rosa bem clarinhos e era animada, eu tinha tantos novos parentes, irmãos postiços e o melhor de tudo eram minhas irmãs, íris é a menor, ela pulou no meu colo e me esmagou, quase cai com ela no colo eu não esperava por uma macaquinha, e Hope era calma e meiga, me abraçou forte, mas com carinho, ela sussurrou em meu ouvido;

—Eu sempre soube que você voltaria pra casa meu irmão!

—Obrigado por acreditar! —Sussurrei de volta.

Ela me afastou e olhou em meu rosto como se olhasse minha alma.

—Você é tão lindo quanto o papai!

Peguei sua mão e beijei sua palma.

—E carinhoso como a mamãe!

Minhas tias eram incríveis, bom não preciso dizer que deixaram marca de batom por todo meu rosto, ainda bem que fizeram comida eu estou varado de fome, a mesa é enorme, nas laterais tem bancos ao invés de cadeiras para caberem todos, o sorriso dos meus pais e a troca de olhares entre eles era algo lindo de se ver, Mel se sentou do meu lado.

—O que está achando da sua família?

—São muitos, mas estou amando cada um deles, só não consegui decorar o nome de todos!

—Simples os seus avós chamam de vó e vô, a biza de biza e os tios de tios, só vai ter que decorar o nome da pirralhada toda!

—Gostei da sua ideia! —Falei rindo. —Como você consegue ser tão linda?

Ela ficou vermelha, mas não deixou de olhar em meus olhos, a campainha tocou.

—Tem mais familiares? —Perguntei.

—Tem sim!

—Desculpem a demora, o voo atrasou! —Disse um senhor entrando de mãos com uma senhora japonesa, e dois pré adolescentes com os olhos não tanto puxados, mas eram idênticos.

—Vovô! —Disse Mel se levantando e indo os abraçar —Oi vó!

—Oi minha pequena! —Disse ela.

Os outros também foram os receber, os gêmeos de olhos meios puxados vieram abraçar o tio Lucas e Ruan, Lucas os apresentou a mim, eram irmãos dele e de Ruan, que confusão vou precisar fazer uma tabela pra poder entender toda a família, a campainha tocou de novo, e um senhor barbudo enorme parecia aqueles motoqueiros de filme de gangs, chegou agitando.

—Cadê minha princesa?! Gritou ele.

Minha mãe se levantou correndo e o abraçou, parecia que ele ia quebrá-la no meio quando a tirou do chão.

—Acabou Bill! —Disse ela.

—Que bom, nunca duvidei de você! —Ele a largou no chão.

Minhas irmãs foram o abraçar e ele deu um beijo na cabeça da minha vó a chamando de pequena.

—Cadê, meu príncipe?

—Luan vem?! —Disse minha mãe.

Fui até lá, ele me olhou com uma cara de mau encarado então abriu um sorriso com um dente dourado e me abraçou tirando-me do chão.

—Luan este é Bill, ele foi incansável em sua busca e cuidando desta família e de mim! —Disse minha mãe.

—Prazer! —Falei quando ele me largou.

—Menino você é a cara do seu pai!

—É o que parece! —Falei sorrindo.

—E o Cobra? —Perguntou minha mãe.

—Ele preferiu não vir, sabe como ele é, mas vamos fazer um encontro no sábado no nosso bar pra apresentar nosso príncipe, sabe que todos estão loucos para conhecê-lo!

—Eu sei sim! —Disse minha mãe —Você quer ir Luan, conhecer outra família que não mediu esforços para nos ajudar?!

—Claro!

—Vem vamos comer alguma coisa! —Disse minha mãe o levando a mesa.

—Olá garoto, sou seu tio avô, me chamo Afonso! —Disse ele me abraçando. —Sou pai do Ruan, da Lara, e irmão do seu avô, está é minha esposa Yumi mãe do Lucas e dos nossos gêmeos Thony e Johny!

—Prazer em conhecê-los!

—Você é tão lindo! —Disse ela me abraçando.

É muito estranho essas ligações Ruan e Lucas são casados e tem filhos, os pais deles se juntaram e tiveram filhos que são irmãos dos dois... Deu nó, pisquei algumas vezes para tentar dispersar os pensamentos.

—Vem filho! —Disse meu pai me tirando daquela muvuca, levou-me lá pra cima. —Está é sua casa filho, aqui é o quarto da Sol, este é o quarto da Hope e da Iris e este aqui é o seu!

—Eu tenho um quarto só meu?

—Sim! —Ele abriu a porta do quarto e fiquei pasmo. —Sua mãe ia arrumando-o de acordo com a sua idade, ela achava injusto comprar as coisas para as meninas e pra você não!

—Eu... Nossa, é muita coisa, eu nunca pude ter um quarto por muito tempo, então era só o básico, olha essa cama! —Eu estava deslumbrado. —É muito pra mim!

—Não meu filho, queremos recuperar o tempo perdido com você! —Disse ele.

—Gostou? —Perguntou minha mãe parada no marco da porta.

—Muito e obrigado por não me esquecer! —Falei a abraçando, ela beijou o topo da minha cabeça.

—Nunca meu filho, nem um minuto de nossas vidas te esquecemos!

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