Capítulo 22

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Foram se alojar num dos hotéis da área central da cidade. Nandi pagou adiantado pela estadia. O dinheiro que roubava do mundo, ela sabia empresar e comprar o silêncio de gerentes dos estabelecimentos. Todos cediam ao peso do dinheiro e as aparência de uma mulher bonita.

Na cidade do cabo teve mais problemas. Apesar de estar na África, os negros não eram comuns pelas bandas daquela cidade. Cristina ainda estava cansada pela diferença de fuso horário. Mas Nandi estava radiante. Organizara os voos para poder usufruir de uma noite eterna.

Quando saiu logo as ruas da cidade, dirigiu-se por ruas amplas e iluminadas. Parecia que a andavam pelas ruas de uma europa tropical e ensolarada. No horizonte sempre era possível ver as montanhas. Todos indicavam que era um ótimo passeio para fazer na cidade. não teriam tempo.

— Nandi, precisamos pegar um táxi.

— Ainda não. Precisamos encontrar uma pessoa. Vou me guiar pelo cheiro.

— Quem você vai encontrar aqui?

— Uma pessoa. Não podemos chegar ao Japão desta forma. Precisamos de ajuda, precisamos de um guia, e não pode ser um guia comum.

Cristina tinha feito todas as pesquisas. O lugar que procuravam era um o maior cemitério na províncio de Koya, dentro do parque Koyasan Gokusho. Era um lugar isolado. E nenhuma das duas falavam japonês. Cristina arranhava o inglês, mas isso não era o suficiente.

Nandi explicara por alto as circunstâncias de sua viagem. Entre beijos e abraços, explicou a jovem amante que não poderiam escolher o trajeto mais simples. Ela devia evitar o território de seus inimigos. Era mais simples se seguisse pela África, talvez depois as Filipinas ou a Indonésia. Deveriam seguir um longo trecho pelas estradas. Usar aeroportos no último caso, como aquele que as levou para a África do Sul.

Ao mesmo tempo, deveria deixar um rastro, porque eles deviam segui-la, eles deviam saber o seu destino. Quando ela chegasse lá, esperaria por eles. Havia sempre a possibilidade de serem surpreendidas a qualquer momento por um ataque. Cristina devia estar ciente.

As ruas largas, os bares luxuosos, deixavam a jovem encantada. A vampira agia como se conhecesse o local. Seria apenas verdade que nada mais a surpreendia. Nada podia surpreender o demônio. Alguns homens chamavam a mulher pensando que era prostituta. Nandi não ligava, a menos que se interessasse por alguém. Mas evitava comer naquele momento, pelo menos até encontrar o que procurava.

— Vamos seguir mais para o interior. Nestes locais, não vamos encontrar anda interessante.

— O que você procura afinal?

— Você verá.

Nandi a tomou nos braços e sumiu pelas ruas largas. Foi o mas longe que pode da área central em que estava hospedadas, diante de uma casa noturna muito barulhenta e escura, com homens e mulheres negros em danças intensas, que deveriam lembrar as danças tribais. No entanto, estavam temperadas pelos ritmos ocidentais, e pela música eletrônica. O tribal mesclava, estava nas batidas, e no movimento das pessoas com os copos nas mãos.

— Vamos por aqui.

— Não consigo entender ainda.

— O demônio sabe onde encontrar seus portais. Vamos encontrar o que a gente precisa.

Um homem muito alto se aproximou de Nandi e passou a mão nela. Ela olhou pra ele. Aquilo não significava nada. Outros homens sorriam. Deviam ser seus amigos. Deviam achar que podiam tomar certas liberdades com uma mulher negra. Ela poderia ignorá-los, mas sua amiga ficou aterrorizada. Nandi então arremessou o homem para longe. Eles se afastaram assustados.

Nandi e os Filhos de Hórus (Em Revisão)Where stories live. Discover now