Capítulo 19

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* Amigos, me sinto eufórico. Sinto que caminhamos para o final da história. Nunca antes terminei uma. Esse é um momento mágico. Estou tão alucinado que ultrapassei minha meta singela de 500 palavras por dia. Este é um capítulo de 3.000,00 palavras feito em apenas três dias. Sendo que escrevo no tempo que sobra, nos intervalos entre as atividades, ou a noite antes de dormir. Agradeço a todos que me acompanharam até o momento. Principalmente a minha amiga Jamile. Ela foi a leitora que mais me inspirou até o momento. Ela me deu coragem para continuar . Obrigado, amiga!


Capítulo 19.

Quando seus chefes se ausentavam, era praticamente Pan quem tocava o escritório. Não era uma atividade muito complicada. Todas as rotinas estavam estabelecidas. Mas ainda assim, era cansativo.

As reuniões entre os chefes de segmentos, um setor apenas para administrar correspondentes, as rotinas de cada área, problemas no sistema que controlava os prazos processuais, gerentes de relacionamento com os juízes, agrados que distribuíam para ministros e desembargadores, tudo precisava ser conferido. Tinha sempre alguém que dava satisfação para outras pessoas.

E por outro lado, havia a velha mania de seus senhores de acompanhar os mais diversos assassinatos. Desta tarefa, ela cuidava pessoalmente.

Com o tempo, contratara um cara especialista em programação e algoritmos e toda aquela balela de estatísticas para criar um programa, capaz de mapear esses acontecimentos. tinha parâmetros bem específicos. E todos os assassinatos iam para uma tela azul que processava e encontrava os casos mais próximos do desejado.

Nos últimos dias, o programa tinha praticamente enlouquecido. Os telefones dos vários correspondentes e escritórios afastados não paravam de ligar. Emails chegavam a todo o momento. O número de casos tinha simplesmente explodido.

Teria que pular algumas reuniões para conversar com o responsável pelo programa. Um dia, e o escritório não ruiria por esse motivo.

Quando entrou em sua sala, Vitório andava com algumas pastas nas mãos.

Desde que ele entrou, a situação tinha mudado. Pan requereu um estagiário para ajuda-la pessoalmente. Claro que o pedido gerou um reboliço no setor de RH.

— Dra, Pan, espero que entenda. Um cargo desses é alto, até mesmo para um estagiário. Tenho vários outros nomes com mais experiência, e mais qualificados para assessorá-la. Tem certeza que não deseja avaliar uma lista que possuo?

— Não, Carla. Obrigado. Eu gostei do rapaz. Quero que a senhora o envie pra mim hoje mesmo, diretamente e sem interrupções. Direto pra minha sala. Sei perfeitamente que a senhora possuiu outros nomes com mais experiência e mais qualificados. Mas eu quero alguém que eu possa moldar a minha vontade. Eu quero alguém que trabalhe do meu jeito. Todos esses estagiários que a senhora possuiu, já trabalharam em outros setores. Eles são ótimos, mas já possuem vícios que abomino. Agradeço a sua preocupação. Mas sei bem o que estou fazendo.

Entendia como funcionavam os jogos de poder dentro da banca. Estagiários com outras relações poderiam se tornar informantes para seus rivais. Isso ela não poderia permitir. As relações de amizade se formavam assim que os estagiários entravam. Precisava de alguém de sua confiança, principalmente se desejasse dividir a cama com ele. E quanto a Vitório, ela teve que ser rápida. Já havia gente de olho nele.

Viera apressada pelo corredor, mas quando chegou até sua sala, reduziu o passo. Vitório estava a um canto mexendo em algumas pastas. Ela foi pra sua mesa, e passou rente a ele, de costas, roçando sua saia muito apertada. Ele perceberia que não usava nada por baixo. Ele sorriu constrangido.

Nandi e os Filhos de Hórus (Em Revisão)Where stories live. Discover now