Escama Negra

As Dificuldades de se Ter Irmãs.

Os assassinos usavam máscaras brancas e eram quatro, um deles sufocava Emilian com um pano no rosto o garoto se debatia e seus movimentos ficaram lentos, Isabel jazia no chão cercada por um circulo de fogo. Dois dos criminosos avançaram, paralisada eu ainda estava em choque pela cena inesperada. Liandra sem hesitar agarrou um pedestal deixando as velas caírem no chão e acertou o queixo de um dos mascarados, coloquei o anel de Sará que não fez efeito, mas mesmo assim avancei. O sujeito que fazia o feitiço de fogo saltou pra cima de mim e outro se atracou com Liandra, o homem era forte e me agarrou pela garganta, gritei o nome de Emilian para que ele reagisse, minha voz saiu fraca e sem força o ar travado na garganta, tentei me livrar dele e sem conseguir senti minhas forças exaurirem aos poucos.

– Vamos logo. – Disse o sujeito que sufocava Emilian o garoto parecia ter desmaiado. – Coloque a poção nelas também.

Liandra dava trabalho para seu oponente mas ele tinha um punhal e ela estava desarmada.

– SOCORRO! – Gritou Liandra. – Bandidos no castelo!

– Cala a boca.

Eu estava sem folego e forças quando senti uma grande energia percorrer meu corpo. Puxei o canalha que me enforcava pelo braço e ele caiu de cara no chão, com movimentos ágeis ataquei o sujeito que avançava em Liandra e nós duas cercamos o que segurava Emilian.

– Desgraçados. – Ouvi Isabel dizer ao se levantar. – Vocês não imaginam como estão ferrados.

Fiquei confiante pensando que estávamos em vantagem. Mas percebi que os outros três mascarados tinham se recuperado e nos cercavam. Todos estavam armados, recuamos indefesas. Um dos mascarados avançou com o punhal parou a centímetros da garganta de Liandra e percebi que ele não conseguia avançar.

– O que...? – Começou Liandra, que parou chocada, provavelmente vendo o que eu via.

A perna do sujeito estava congelada, brilhando num tom azulado. Vi que as paredes suavam e estalavam cobertas por uma fina película de gelo. Outro mascarado atacou e suas pernas congelaram, o gelo subia tomando a cintura e chegando aos braços ele gritou desesperado. O sujeito que segurava Emilian desmaiado olhou para Isabel e vi que era ela quem congelava todos.

– Soltem Emilian. – Disse ela sorrindo ensandecida como se fosse a copia feminina de Emil.

– Pragmos! O fogo.

Um outro mascarado recitou algumas palavras e labaredas subiram ao redor de Isabel, a garota gemeu caindo de joelhos eu reagi lutando contra o feiticeiro e Liandra agarrou e puxou Emilian das mãos do mascarado, ouvimos vozes pelo corredor e alguém gritou meu nome, os mascarados se desesperaram, o calor estava intenso, a luz tremeluzindo, o gelo derreteu e os mascarados se libertaram, eles tentaram pegar Emilian e Isabel mas lutamos e quando as vozes ficaram mais proximas eles jogaram algo no chão que fez fumaça subir, tapei o rosto no mesmo instante lembrando dos treinos com Orin, mas não consegui enxergar mais nada, agarrei em Emilian e ouvi alguma luta.

– Deixem-na em paz. – Gritou a voz de Liandra. – Plim ajuda estão tentando levar a garota.

Eu andei no meio da fumaça ouvi um estrondo e caí de joelhos com o impacto que abalou toda a estrutura. As vozes ficaram bem próximas e a fumaça dissipou aos poucos. Pude ver um buraco enorme na parede do castelo que dava para uma colina íngreme e lá embaixo os mascarados fugiam a toda velocidade.

– Que merda. – Ouvi Sará dizer e Davel atirou algumas flechas sem conseguir acertar ninguém. – Escaparam por pouco.

– Você está bem Plim? – Perguntou Ivna e Cecilia me ajudou a levantar.