Aeroporto de GUA - Nelson X Eriberto

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(Nelson)

Cheguei no aeroporto de Guarulhos, e vi o imbecil que Juliano falou que iria me buscar, e não é que ele teve a coragem de dizer "Oi".

(Eriberto)

Fez boa viagem? – Disse puxando a mala da mão de Nelson.

(Nelson)

Larguei a mala e fiz um sinal positivo com a cabeça e depois respondi seco.

- Vamos? Estou muito cansado.

(Eriberto)

- Claro!... Reservei um quarto especial em minha casa no Morumbi, vai gostar, e terá muitas mulheres para te acompanhar nesta noite. – Sorri de lado e caminhamos lentamente pelo saguão do aeroporto.

(Nelson, ri)

- Então ficarei na tua casa? Quem deu esta ordem, se é que eu posso saber? – Suas palavras saíram irônicas.

(Eriberto)

- Sim... – Paramos para eu pagar o Ticket do estacionamento, olhei para Nelson e franzi o cenho. – Achei que iria gostar de ficar em minha casa em vez de um hotel frio e sem graça, lá pelo menos podemos conversar depois de seu descanso e ter há disposição algumas gatas brasileiras e drogas a vontade... E ninguém deu a ordem, eu quero apenas ser hospitaleiro, nós Brasileiros sabemos receber um grande amigo.

(Nelson)

- Não, eu prefiro ficar num hotel, acho que tinha deixado isto bemclaro para o canalha do Juliano. E espero que tenhas-me feito uma reserva, senão, tratem de o fazer agora.

(Eriberto)

Dei as costas para pegar meu Ticket e bufei, aquele homem iria me dar trabalho e indo para um hotel, não iria conseguir controla-lo e nem ficar de olho nele. Me virei e sorri.

– Sem problemas, não estamos em temporada de férias, hotel é o que não falta nesta cidade, vou leva-lo para o hotel da 23 de maio, vai gostar dele, e existe uma locadora de automóveis bem abaixo do hotel.

"Babaca" Penso comigo, enquanto caminhamos para o estacionamento. "Merda, mil vezes merda".

- O Vereador Edmundo quer marcar um jantar, ficará até que dia em São Paulo?

(Nelson)

- Ótimo... Eu ainda não sei, mas pretendo ficar aqui o tempo necessário. - Disse mostrando que não tinha nenhuma pressa de ir embora.

(Eriberto)

- Vou leva-lo para o Pullman Hotel, ele fica perto do Parque Ibirapuera, ótimo lugar ara quem precisa fazer exercícios e corridas matinais, e tudo perto, centro da cidade, bares e restaurantes.

(Nelson)

- Amanhã logo cedo quero ver todos os relatórios, das últimas operações.

(Eriberto)

- Sim... Chegarei por volta das 10h, assim terá tempo desfazer seu desjejum... Seus relatórios estarão todos em suas mãos, poderia até acessa-los se ficasse em minha casa, mas como se recusa... – Dei de ombros. – Espero que goste de São Paulo.

(Nelson)

Não estava me sentindo bem perto dele, mas tive de controlar meus nervos, afinal de contas é a primeira vez que eu viajo para São Paulo e precisaria de um guia, uma companhia nada  agradável para mim, mas naquele momento era a minha única opção.

(Eriberto)

Chegamos no carro, uma Sherokee do ano, abri o porta malas e coloquei a mala do 'mala' do Nelson, eu não estava acreditando que estava pisando em ovos com esse cara, não gostei da cara dele e da sua atitude de superior, Nelson não se intimidou abriu a porta do banco traseiro e entrou, abri a boca e bati a porta do porta malas,, ele estava me fazendo de seu motorista particular, isso é um absurdo.

(NELSON)

"Babaca", ao ver Eriberto dando-lhe as costas, 'idiota'. Entrei no carro e sentei-me, resolvi avisar minha mãe que já tinha chegado e que estava tudo bem, e assim eu o fiz.

(Eriberto)

Entrei no carro, olhei para ele pelo retrovisor que falava no celular em voz baixa, liguei o carro e saímos do estacionamento e pegamos a estrada.

(Nelson)

Ao longo da corrida, eu imaginava mil formas de matar aquele imbecil, uma hora ou outra ele me encarava pelo espelho retrovisor, e xingava-o mentalmente. Minha vontade era naquela mesma hora dar um tiro, mas apesar de tudo eu  sabia me controlar.

(Eriberto)

- Estamos chegando no hotel, espero que goste do lugar Nelson, não estou muito longe daqui, o problema é o transito, vou deixar meu cartão para me ligar se precisar de alguma coisa, e a Câmara municipal é bem perto do hotel, vou marcar com Edmundo um almoço rápido amanhã para se falarem e se conhecerem. – Olhei para Nelson pelo retrovisor, sorri para quebrar aquele clima de vontade de um confronto de tiros. – O ultimo carregamento chegou sem problemas... Meu chefe quer agradecer por ter mandado com urgência.

(Nelson)

Além de idiota, é bem atrevido, saí dos meus devaneios e resolvi ser um pouco gentil com o coitado. – Que bom, espero que consigamos chegar a um acordo._ Tenha um ótimo dia.Me despedi dele pisando duro e respirando um ar puro finalmente, que sujeito estranho.

(Eriberto)

Deixei Nelson no Hotel, simplesmente aquele homem é de poucas palavras e espero que Edmundo consiga arrancar mais dele as informações de que preciso, e saber por quanto tempo ele ficará no Brasil, depois do Check in, apertei sua mão e o deixei ir para o quarto e segui para o meu carro, completamente irritado e nervoso, meu plano de fazer o homem se descontrair, beber e consumir algumas drogas, foram por água a baixo, pelo jeito Nelson não é o tipo de homem que faz uso, e não abusa de seu poder, meticuloso e desconfiado demais, só espero que isso mude conforme se enturmar com todos da Gangue.


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