23/07/2011 - Mais um dia corrido

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Na manhã seguinte acordei mais cansada do que o normal, fui aparecer em casa já eram quase 3h da manhã, eu e Marcelo resolvemos parar para comer algo no HABBIB'S, e ficamos conversando sobre a nossa operação, a atitude de Moura nos deixou muito desconfortáveis, mas ele era oficial da narcóticos e precisávamos dele e de seu grupo, mas ele sempre nos deixava irritados, louco no volante, sempre chegava primeiro comprometendo a operação, depois Marcelo me deixou em casa e seguiu seu caminho.

Me levantei e segui para o banheiro, tomei meu banho rapidamente correndo e me juntei aos meus pais na cozinha.

_ Bom dia! _ Disse puxando a cadeira e pegando um pedaço de mamão e enfiando na boca.

_ Deixei seu jantar no forno, por que não comeu? _ Disse minha mãe colocando o café na mesa.

_ Quando cheguei, só queria a minha cama. _ A olhei. _ Me desculpa.

_ Não gosto quando deixa de jantar. _ Disse ela com a voz irritada e preocupada.

_ Cadê Matheus? _Olhei em volta.

_ Seu irmão viajou ontem à tarde para Salvador. _ disse papai dando um gole no café, e me olhou.

_ Ele levou a fundo aquele caso do empresário acusado de estupro e pedofilia? _ Vi a resposta no rosto do meu pai, bufei. _ Merda! Eu mandei ele ficar longe deste caso.

Me levantei e fui ate o meu casaco e puxei o celular.

_ Não adianta ligar para ele Amanda. _ Disse mamãe vindo me resgatar na sala. _ Ele disse que não ia te atender.

_ O quê? _ Meu sangue subiu. _ O cara estava com uma criança de 11 anos no quarto chorando e ele deu razão pro empresário?

_ Deixa ele chegar e te explica o que aconteceu.

_ Perdi o apetite mãe, vou trabalhar que é o melhor que eu faço! _ Respirei fundo e dei um beijo em meu pai e outro em mamãe.

Como tinha vindo para casa de carona, caminhei até a padaria da esquina de minha rua para pegar o táxi, avistei o Sr. João, um velhinho que muitas vezes me levou para o centro da cidade.

_ Bom dia João... Como tem passado?

_ Bem! E a senhora? _ Disse já entrando no Corolla branco, acenei para os demais no ponto.

_ Pelo amor de Deus! Senhora não, me sinto velha demais. _ Demos risadas, ele concordou.

O transito estava pesado, aproveitei que estava no táxi e mandei mensagem para Marcelo dizendo que estava a caminho e depois escrevi um livro para Matheus, odiava quando meu irmão resolvia defender bandido, e ele era tão bom que acabava tirando esses marginais da cadeia, e não sei por que ele insiste nisso, bom, eu sei, ele ganha muito mais defendendo esse tipo de gente do que inocente, quando enviei, meu celular começou a tocar, atendi.

_ Alô _ Disse calma e relaxando no banco, mas não escutei nada do outro lado. _ Alô! _ Disse um pouco mais ríspida, como não obtive resposta, desliguei e fiquei olhando para o aparelho.

O celular voltou a tocar, desta vez era Marcelo.

_ Em que lugar você está? _ Perguntou logo de cara.

_ Você me ligou agora pouco?

_ Não!... _ Sua voz foi de estranheza.

_ Tudo bem. _ Disse deixando para lá. _ Estou na 23 de maio.

_ Então venha rápido...

_ Estou dentro de um táxi Marcelo, como quer que eu vá rápido se estou sem meu carro! _ Torci a cabeça olhando para João que sorriu tímido.

_ Merda Amanda... Estamos saindo em operação secreta, Reinaldo disse que não vai te esperar...

_ Para onde estão indo? _ Achei aquilo estranho, uma viatura da policia militar estava seguindo a mesma via às pressas. _ João, cola na viatura e me tire o mais rápido daqui.

O Nome da RosaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora