O Nome da Rosa

Dias antes da vinda de Nelson ao Brasil

Não acreditei quando recebi o telefonema do advogado de um dos rapazes dizendo que tudo saiu errado, a moça era inteligente o suficiente e desconfiou de que algo errado estava acontecendo, desliguei o telefone e atirei longe o aparelho não acreditando que aquela vaca ainda estava viva.

_ Maldita federal... -Rosnei passando as mãos nos cabelos me sentindo irritado.

Meu celular começou a tocar, puxei e olhei o visor, era Juliano, fechei os olhos pesadamente, pensei inúmeras vezes se atendia ou não, resolvi atender.

- Fala Juliano... O que manda desta vez? - A emoção na minha voz já dizia tudo que eu não estava muito animado para as exigências de Nelson.

- Eriberto, Nelson vai embarcar para o Brasil dentro de três dias e esteja preparado com a contabilidade e o pegue no aeroporto sim! Não o deixe por aí solto.

- Não sabia que o patrão precisava de uma babá!

- Deixa de ser grosseiro e de Graças a Deus que você está vivo ainda!

Revirei os olhos e puxei a gaveta para ver se tinha algo para me tranquilizar, o pacote de coca'na estava lá.

- Me mande o voo e a hora que ele vai chegar, vou buscar o playboy no Aeroporto.

- E a federal?

- Escapou... aquela vadia, mas eu pego da próxima vez... _ Passei a mão pelos cabelos. - Mas a filha da puta é bonita cara... Você precisava ver!

_ Imagino... Agora vê se si comporta e trate o homem com educação.

- Falou aí primo!

Desligamos, olhei para o celular, Nelson não ouviu o que disse, por que ele tinha que ser tão teimoso assim? Eu posso dar conta de tudo aqui.

"merda"

Peguei a chave do carro e segui para o bairro da Lapa para saber como andavam as vendas e buscar o dinheiro e fazer a contabilidade, no dia seguinte teria que ir para Brasilia e voltar no dia seguinte para poder buscar o Blay boy, mas não podia reclamar, mina vida estava muito boa e tranquila.

***

Entrei em casa depois de perder quase 5h na delegacia, estava cansada e apenas tirei os sapatos e me joguei no sofá, minha mãe veio falar comigo, e se sentou ao meu lado e passou a mão pelos meus cabelos e sorriu triste.

- Essa sua profissão ainda matar a todos nós.

- Logo estou indo embora mãe, as coisas vão mudar!

- Tem certeza que vai querer ir para outro país e nos deixar aqui?

- De novo com drama?

Ela sorriu e se calou, puxei o ar com força pela boca, eu sabia que durante os seis primeiros meses, eu trabalharia interna, estudaria as leis e treinaria muito na academia para me qualificar e depois sim, iria para as ruas e fazer o meu trabalho, só pedia a Deus para me dar um bom parceiro e que possa me ajudar a fazer um bom trabalho e me aconselhar.

_ O que foi que aquele idiota fez com você lá dentro da sala do delegado? - Matheus já entrou perguntando, papai estava logo a traz dele bufando.

- Nada demais... Ele me agarrou e me beijou. - dei de ombros e sorri.

- Que malandro! - Matheus se jogou na poltrona, passou a mão na franja e bufou. - Vou acompanhar seu caso.

- Obrigada! -  Me levante -  Vou dormir, estou exausta.

***

Três dias depois, estou eu em pé no aeroporto de Guarulhos a espera de Nelson, do portão de embarque saem várias pessoas, o avião de Nelson já tinha pousado a 20 minutos e nada dele, já estava impaciente e preocupado, olhei o papel em minhas mãos, com medo de ter errado, e quando levanto a cabeça, lá está ele, me olhando com aquele olhar ameaçador e autoritário, parou a minha frente.

- Oi.. - Digo o fazendo parar bem na minha frente, o encarei e ele fez o mesmo, não iria me intimidar diante dele, estava no meu País e aqui não iria deixar tomar conta, pode ser o chefe, mas também tenho minhas regras, e a tenção se forma entre nós.

***

Oi Gente!

Semana que vem vamos ver esses dois baterem um papo e saber qual é a de Eriberto, será que ele está querendo ser maior que Nelson?

Se ele está pensando deste jeito, é bem capaz dele se dar mal, muito mal.

Até semana que vem!

Boa noite!