Um dos "MULAS" tem overdose

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A aeronave para, o piloto pede para que todos mantenham a calma, agentes da Policia Federal iriam subir a bordo para averiguação de rotina, o que suava já estava começando a ficar verde, e acho que uma das cápsulas deveria ter se rompido, e assim que a porta se abre, o sujeito começa a se debater na poltrona em estado de overdose, não teria sido em melhor ocasião, os passageiros entraram em pânico pedindo socorro, dois homens o colocam deitado no chão, e ele começa a espumar, a gritaria é geral, os federais entram, uma jovem usando um colete do PF segue um mais alto, mas seus olhos são de rapina e me parece muito esperta e linda por sinal, seus cabelos são longos e cacheados, estão preso com presilhas na lateral da cabeça, meus olhos brilharam e tenho certeza de que faria sucesso numa rede de trafico humano.

_ Se afastem? _ Pede o mais alto, olha para todos ali de sua equipe. _ Overdose, não tem o que fazer. _Cochicha ele para a jovem.

Os paramédicos entram, foi difícil de prender Bruno na maca e sair com ele, mas a morte era certa, os demais me olhavam com medo e apreensão, apenas pisquei para se manterem calmos.

A Policial pegou o telefone das mãos da aeromoça.

_ Senhoras e Senhores, boa tarde, peço a gentileza que todos tenham em mãos seus passaportes e cartão de embarque do destino, não se preocupem, é uma inspeção de rotina.

As pessoas começaram a ficar agitadas, os agentes se espalharam pelo avião para ser uma revista rápida, a maioria conversava muito bem o inglês, até que o mais alto se aproximou da minha poltrona.

_ Boa tarde! _ Disse ele pegando nossos passaportes. _ Meu nome é Marcelo Borges, é só rotina, não se preocupem. _ Ele olhou o passaporte do rapaz. _ Mora aqui Mariano da Silva?

_ Sim, eu e minha esposa estamos voltando de lua de mel.

_ Ah!... Meus parabéns!... Curtiram muito? _ Ele sorriu passando tranquilidade.

_ Sim... Muito. _ Desejo bom retorno e felicidades.

Ele pegou o meu passaporte e olhou.

_ Sr. Claudionor da Silva... _ o homem me olhou. _ Mora em São Paulo?

_ Não senhor! _Respondi o encarando. _ Estou visitando um parente e depois sigo para a minha cidade.

_ E onde mora esse seu parente? _ Ele continuou segurando o meu passaporte.

_ Mora aqui em Santana... Fico apenas dois dias.

_ E depois vai para que cidade?

_ Paraná.

_ Muito bem! _ Ele me devolveu o passaporte. _ Seja bem vindo.

Meia hora todos foram liberados, os agentes saíram primeiro, eu procurei sair por ultimo, os mulas estavam apreensivos, nos levantamos e nos juntamos e conversamos entre os dentes.

_ Todos conseguiram ir ao banheiro?

_ Sim, Yes. _ Respondeu um deles em inglês, o outro apenas concordou com a cabeça.

_ Não existe a possibilidade de estarem com algum objeto dentro de vocês?

Não obtive resposta, era difícil realmente saber, respirei fundo e saímos, estávamos parados na esteira, separados e aguardando nossas malas, até que os federais aparecem novamente, um dos Canadenses entra em desespero e saí correndo, um oficial da voz de prisão, mas é derrubado com um único golpe que a policial Federal deu quando se encontrou com ele na saída, o levando ao chão de imediato, a voadora que ela executou resultou num desmaio do rapaz.

_ Mão para cima Eriberto. _ Olhei para o lado e o tal Marcelo estava com a arma apontada para mim, as pessoas em volta olhavam assustadas, fiz o que mandava, eu seria solto em menos de 24h, sorri apenas e me deixei ser levado.

O Nome da RosaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora