São Paulo - Reunião de emergencia

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Reinaldo convoca todos para uma reunião emergencial

_ Ótimo trabalho pessoal. _ Diz Reinaldo jogando a pasta-Arquivo sobre a mesa, todos nós nos juntamos para uma reunião de emergência, Marcelo estava carrancudo logo que entrou na sala, Reinaldo tinha o puxado para falar em particular, pelo jeito a coisa não era nada boa, Reinaldo puxou o ar com força. _ O Eriberto não vai falar... _ Burburinhos foram escutados, Marcelo se aproximou e puxou a cadeira que estava ao meu lado, se inclinou para o meu lado e tapou a boca para não ser ouvido, o chefe tagarelava.

_ O cara tem costas largas... Um político cobre as costas do cara... O chefe disse que ele é assessor direto deste político, mas não deu o nome do cara.

_ Filho da P... _ Quase falei alto, muitos ali me olharam. _ Desculpa... Me exaltei.

_ Segure sua língua Amanda se não quer ser expulsa das investigações. _ Disse Reinaldo estressado.

_ Bom... Acho que já estamos sendo expulsos das investigações, só por que o sujeito não vai falar e ainda vai abrir processo contra nós, por termos abordado o sujeito... _ Me levantei. _ Me poupe Sargento...

_ Sente-se Tenente... Não terminei. _ Reinaldo me lançou um olhar severo, torci a boca e voltei para o lugar, desta vez quem se inclinou fui eu para Marcelo me escutar.

_ To cansada desta merda toda... Vivemos a traz destes canalhas e não conseguimos por as mãos neles... Eu não sei por que a IMTERPOL não chamou a gente já que perdemos 15 dias em Washington fazendo aqueles malditos testes... E pelo que sei fomos muito bem.

_ Você foi! _ Disse Marcelo Relaxando na cadeira e cruzando os braços. _ Eu acho que alguém está te segurando aqui.

_ Quem? _ Olhei para Marcelo preocupada.

Marcelo apenas apontou com o nariz para Reinaldo, funguei de raiva e cruzei os braços, iria entrar em contado com Lizzey, a agente e recrutador da INTERPOL e voltei dar atenção a Reinaldo.

_ Soubemos que uma grande operação em Portugal, precisamente próximo a Cabo verde foi feita, um dos suspeitos preso é Brasileiro e se chama Ênio Duarte, 26 anos, Negro e está morando em Portugal há três anos, mas segundo os agentes, ele esteve nos Estados Unidos, viveu por lá 1 ano e logo se mudou para Portugal, é estudante universitário, ganhou uma bolsa para estudar sociologia.

_ Mas que merda, o cara saí da merda aqui, ganha uma bolsa de estudo e se envolve com isso! _ Me revoltei, era um rapaz que tinha tudo para dar certo, ter uma vida tranquila, estudada, chacoalhei a cabeça em negativa.

_ Sargento... Quando ao Eriberto? _ Perguntou Jonas.

_ Infelizmente vai ser solto... Não encontramos nada com ele, e o tal advogado está trazendo um documento comprovando que ele foi a trabalho para o gabinete do Vereador do Paraná.

_ Aí tem coisa. _ Disse puxando o ar pelas narinas.

_ Cala a boca Amanda. _ Disse Reinaldo irritado.

_ Sim senhor. _ Disse irônica, odiava perder o dia, fazer autuações, prisões e ver o culpado escorregar pelos dedos.

Quatro horas depois assistimos revoltados ver Eriberto saindo da promotoria livre e com aquele sorriso debochado para todos nós, Eriberto ainda olhou bem para mim, pois eu era a coordenadora das operações, mesmo chegando atrasada e Reinaldo dando os primeiros passos, fui eu quem organizou a checagem os passageiros e autuarem as prisões dos envolvidos no supostos trafico de drogas, agora o que tínhamos em mãos era um morto com duas capsulas estouradas no estomago, ele infelizmente não falaria mais, e dentro de cinco dias teria que buscar e escoltar o Tal Ênio Duarte e trazer para interrogatório, coisa que não aconteceu, pois a policia de lá resolveu segurar o cara, a burocracia começou.

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