Cortando vínculos

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Partimos em direção a casa dos Campos. Fico lembrando do passado, como pude me enganar tanto com essas pessoas. Hoje irei cortar definitivamente os vínculos com os Campos. Tenho a gravação da ordem do Sr. Geovane para Pietro. As viaturas ficam na frente da residência, enquanto eu bato o interfone. Ao falar meu nome o portão se abre, faço sinal e deixo encostado. Sou recebido pela Estela e Valquíria. As cumprimentos com simples aperto de mão. Sou convidado a entrar. Geovane está na sala lendo um livro. Ele me recebe e me convida para sentar. Então sem rodeios, eles tentam explicar sobre a irmã que não existia antes e agora existe.

- Fernando, não vai perguntar sobre nossa filha. Irmã gêmea de Valentina.

- Dona Estela, na realidade estou aqui não para escutar o dilemas dessa família, mas sim, para prender o senhor Campos.

- O quê? Está louco? Geovane coloca o livro em cima da mesa.

- Não, estou bem, em perfeitas condições mentais. Por gentileza, escutem esse áudio. Pietro Amorim entregou como prova na sua prisão em Brasília. Solto o áudio no celular.

Depois de ouvirem, Dona Estela não parece surpresa.

- Parece que a senhora não ficou surpresa. Indago.

- Não. Eu já desconfiava. Agora tenho certeza. Como você é monstro.

-Tenho certeza que o senhor sabe que todas são provas do seus crimes. Os que praticou enquanto juízes transcreveram, mas assassinato do promotor e da sua filha não, fora participação na organização criminosa de Diogo Alves. É melhor não resistir.

Neste momento Victor e Felipe entram.

- Você tem o direito de permanecer calado e tudo o que disser poderá ser usado contra você no tribunal. Senhor Geovane Campos está preso pelo assassinato de Valentina Campos e do promotor de Justiça Arnaldo Pereira. Victor diz algemando ele.

- Vocês não entenderam, eu não poderia deixar ela acabar com minha carreira.

- Acho melhor o senhor ficar calado. Victor fala.

Ao passar por D. Estela, ela disfere um tapa no rosto de Geovane.

- Nunca mais me procure, seu monstro. Felipe e Victor caminho para fora.

- Preciso ir, Dona Estela.

- Fernando, você deve está pensando muito mal de Valentina, mas ela começou pelos motivos errados com você, mas ela se apaixonou. Ela te amava do jeito dela.

- Isso não importa mais, desejo o melhor para vocês. Boa tarde.

- Por favor, Fernando. Perdoe Valentina!

- Não sinto nada por ela. Minha promessa eu cumpri tanto no casamento, quanto agora em prender seu o assassino, então não temos mais nada.

- Eu sei. Eu ia te ligar para falar sobre a Valquíria, talvez vocês possam se conhecer. Ela ouviu falar tanto de você, que pode dar certo.

- Eu já dei certo com minha esposa Olivia, que inclusive estou louco para conhecer o sexo do nosso bebê amanhã. Dona Estela vocês precisam rever os conceitos dessa família, são totalmente deturpados, suas filhas são pessoas e não objetos para vocês empurrarem para cima de mim, cai uma vez não caio mais, eu agora conhece a pessoa certa. Preciso ir.

Estou saindo, quando sinto um toque no meu braço. Ela Valquíria. Seus traços são idênticos a de Valentina, porém mais magra e cabelos mais escuros.

-Agradeço por cuidar da minha irmã. Não fui uma boa pessoa durante anos, mas agora estou transformada. Você foi a única coisa que Valentina tinha de bom, foi ela que me disse na nossa última ligação.

- Que bom. Nada foi em vão, mas não posso dizer o mesmo. Tenha uma ótima vida. Boa tarde.

Saio sem olhar para trás, chega ao fim minha ligação com essa família. Agora vida nova. Resolvo todas as partes burocráticas da operação foi um sucesso. Senhor Campos foi preso, com provas irrefutáveis de seu envolvimento em um esquema de corrupção e assassinato. A justiça finalmente foi feita.

Exausto, mas feliz, voltei para casa dos meus pais. Ritinha me ajuda a empacotar o restante das coisas. Victor e Felipe já foram para Brasília, pois vão me ajudar com mudança para nova casa.

- Ritinha você vai comigo, quero você neste casamento.

- Com certeza. No outro não fui mesmo, mas quero conhecer a nova nora dos Fontes. Já deixei minha mala pronta.

- Ótimo, vamos. Amanhã vôo e cedo. E o primeiro ultrassom do meu bebê está marcado às 11:00 da manhã.

Organizamos tudo no caminhão que partiu para Brasília. Depois de jantar e dormir rápido devido ansiedade. Acordo, me arrumo e mando mensagem para minha pestinha. Eu e Ritinha estamos no aeroporto. Ao desembarcar pegamos um táxi, mas como tudo na minha vida é difícil, no caminho teve um acidente. Ritinha disse.

- Falta poucos minutos para consulta, Nandinho. Não deixe ela ansiosa, vai correndo, depois e chego lá, vai meu filho.

- Você está certa, eu consigo.

Salto do táxi, e começo a correr até a clínica, está algumas quadras. Correr não é meu problema. Quando chego na recepção, elevador está em manutenção. Tenho que subir até 10° andar de escada. Quando entro vejo minha família em pé e a enfermeira pergunta.

- Não podem entrar todos, quem vai acompanhar a futura mamãe? Respondo

- Eu! Futuro papai. Cheguei, Pestinha.

 Cheguei, Pestinha

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ALGEMADO EM VOCÊWhere stories live. Discover now