O meu olhar

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Victor Hugo

 Depois que Fernando se retira do quarto, Olivia começa a chorar.

- Você precisa compreendê-lo. Quando ele viu o carro capotar várias vezes, ele entrou transe, gritando:

- De novo não! Ele batia a mãos na cabeça. Então, desceu do veículo e correu até onde você, por estar desacordada você não viu, mas o fato de vê-la naquelas condições um gatilho foi acionado na sua mente.

- Ai meu Deus, como aconteceu? Olívia pergunta.

- Ele ficou em transe, não reagia, só depois que alguém gritou que o veículo iria explodir, que ele conseguiu tomar atitude de resgatá-la. Ele realmente sente algo muito profundo por você, por isso teve medo de perde-la, mas uma coisa eu sei ele vai cumprir a promessa.

- Eu não sabia. Ela fala.

- Acho melhor você descansar, amanhã converso com ele. Boa noite, meninas.

- Boa noite, Victor. Elas respondem juntas.

Com alguns minutos chego em casa, Lilian já está dormindo. Tomo banho e logo que me deito, Lilian me abraça e diz:

- Oi amor, estão todos bem? Fiquei assustada quando você ligou e contou toda a história.

- Dentro do possível, todos parecem bem, mas o Fernando ficou bem abalado.

- Com certeza, quase que a história se repete. Vamos descansar, meu querido.

Dou um beijo em Lilian e depois adormecemos. De manhã tomamos um delicioso café. Deixou Lilian na escola e vou direto para o trabalho. Encontro Pedro na sua mesa, mas não vejo Fernando. Depois de duas horas, ele aparece com calças de camping, blusa branca, uma parka preta e óculos, passa por mim e Pedro, e vai direto para sua sala. Ele fala ao telefone e mexe no computador. Alguns minutos após a sua chegada, ele me chama:

- Bom dia, Victor.

- Bom dia, Fernando. Está tudo bem?

- Não. Tive uma noite péssima. Ele tira os óculos, os olhos estão vermelhos.

-  Que olhos são esses? Por acaso você chorou?

- Tive duas crises de pânico, durante a madrugada.

- Cara, eu sinto muito, mas tudo vai se ajeitar. Vocês vão vencer tudo isso juntos.

- Será? Não estou com esperanças, Olívia é muito altruísta e não está enxergando que sua mãe está doente, sendo assim, uma bomba relógio, que vai explodir a qualquer momento.

- Fique tranquilo, tudo vai se resolver.

- Eu não vou vivenciar aquilo novamente, ver a mulher que amo morrer diante dos meus olhos.

- Você conseguiu salvá-la, meu amigo.

- Se não conseguisse? Estaria eu novamente um morto vivo, vamos encerrar esse assunto, preciso de um favor.

- Pode falar, mano.

- Você pode buscar ela e minha irmã no hospital, eles resolveram antecipar a Operação Potiguar, estou indo para hangar da polícia federal e de lá vou direto para Manaus, depois voamos de helicóptero para ponto próximo onde ele esconde as crianças e mulheres, não podemos vacilar dessa vez. Vou ficar fora trinta dias, sem comunicação.

-Tinha esquecido dessa captura do Potiguar. Pode deixar comigo.

Somos interrompidos com telefone dele chamado na mesa, olho para visor estava o nome da Olívia.

- Não vai atender, você vai ficar fora por um bom tempo, deveria falar com ela.

- Não. Vou indo. Ele pega o celular, coloca na mochila e sai sem olhar para trás.

Estou com medo do velho Fernando retornar.

Estou com medo do velho Fernando retornar

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