Filme se repete

583 58 1
                                    

Fernando

Ao término da reunião, Victor resolve me deixar na casa da minha irmã, com certeza Olívia deve estar conversando com ela.

- Não vejo hora, de ver minha pestinha.

- O que o amor não faz com as pessoas. Victor fala

- Não é, aquela garota dominou coração. Hoje uma senhora acho que ela era minha esposa e que meus sobrinhos era meus filhos, não neguei.

- Fernando Fontes, quem te viu, quem te vê. Começamos a rir, quando o telefone toca.

- Aló, irmãzinha. Estou chegando, pede Olívia para me esperar.

- Mano , Olívia está em perigo, a mãe está perseguindo ela com um caminhão, ela conseguiu deixar as crianças seguras e saiu em disparada sentido DF 001.

- Que inferno! Pode deixar o carro tem rastreador, fica tranquila eu vou encontrá-la. 

Desligo e acesso o aplicativo do rastreador do meu celular , Victor coloca giroflex, sai queimando pneu. Ela está a 10 minutos daqui.

Victor é ótimo piloto de viatura, avançamos sinal vermelho, ligo para PM e passo as coordenadas, logo chegamos na estrada, quando escutamos sons de tiro, Eu grito.

- Acelera essa porra, Victor.

Alguns minutos avistamos meu carro e o caminhão entrando sentido lago norte-St. Taquari, Victor dispara, quando escutamos mais tiros. Ele fica atrás, mas o baú impede a visibilidade, tenta fazer ultrapassagem, mas um outro carro vem na direção contrária. Quando parelha seu carro com caminhão, percebo que sem o  mesmo está sem para-brisa frente , neste momento, ela atira no pneu traseiro da hilux, Olívia perde o controle e carro capota várias vez. Eu grito:

- De novo não. Bato as mãos na cabeça, Victor acelera, para na frente do caminhão. Dakota desce e parece sair do transe psicótico e começa a gritar:

- Olívia, minha filha. Ajudem ela. Desmaia.

Saio correndo e me aproximo do veículo de cabeça para baixo. Alguns pessoas param para ajudar. Tem cheiro forte de combustível. Olívia está presa pelo cinto de segurança, um homem consegue abrir a porta e tira o cinto, estou parado não consigo reagir. 

- Outra vez de novo, não pode ser, ela não pode morrer. Estou em transe, mas o homem grita:

- O volante está prendendo as pernas dela. Quando inicia o pequeno incêndio.

- Vai explodir! Uma mulher grita e todos correm.

 Quando ouço a palavra incêndio , digo a mim, preciso tirar ela de lá. 

Voltou a si, e me aproximo tentando puxá-la,mas não dá certo. Não sei da onde tirei força e pressiono o volante para cima com tanta intensidade que as pernas se soltam, puxo ela para fora do veículo, outras pessoas me ajudam a carregá-la, e quando tanque estoura e o veículo fica totalmente em chamas, deixando todos assustados, mas eu estou aterrorizado com fato de perder Olívia. Eu abraço seu corpo, enquanto a ambulância chega para atendê-la, ela está com sangue na cabeça. Fomos encaminhados para hospital, Olivia foi para emergência, e eu para consultório do ortopedista, pois estava com dor nos braços. Liguei para minha irmã, eles estão vindo para cá.

 Estou uma pilha de nervos, quero saber da minha pestinha. O médico olha minha radiografia e diz:

- Não tem fratura, somente uma luxação nos membros do braço, vou receitar um remédio para tomar durante 15 dias, tá bom.

- Sim senhor, doutor.

Saio do consultório e dou de cara com Victor, Carol e Júlio César. Ela me abraça e começa a chorar.

- Oh, meu irmão fiquei bastante preocupada com toda história.

- Fica tranquila, vocês tem notícias da Olívia.

- Ela ainda está fazendo exames. Júlio César responde. Minha irmã me solta e pergunto.

- E mãe dela, onde está? Pergunto.

- Ela está aqui no mesmo hospital, já vou atendida e medicada. Ela tem Transtorno de estresse pós- traumático, o que leva nos surtos psicóticos contra a própria filha, amanhã o psiquiatra vai  dar diagnóstico completo, preferiam sedá-la.

- Olivia não pode mais ignorar os sinais, ela precisa ser internada e assumir a sua curatela. Eu digo.

- Isso vai ser difícil. Diz Carol. Quando vejo o médico se aproximar.

- Vocês são parentes de Olívia Lopes

- Sim, sou namorado. Todos me olham.

- Então, ela não sofreu nenhuma lesão grave, ela teve muita sorte, apenas um corte na cabeça com os estilhaços  e algumas escoriações pelo corpo. Ela vai ficar em observação por causa da gravidade do acidente, mas acredito que amanhã receberá alta. Ela já está no quarto.

- Muito obrigado, doutor. Estou indo direção a recepção, quando minha irmã me segura.

- Desses de quando você é namorado da Olívia.

- Desse de sexta-feira a noite. Respondo

- E sério isso, Fernando.

- Você acha que estaria brincando com isso, quero ir vê-la, depois conversamos sobre isso.

- Aí, meu Deus! Meu irmão e minha filha juntos, que tudo. As pessoas que estavam próximas olham para ela.

- Cala boca, Carol.

- Desculpa, minha a minha animação.

CONTINUA....

ALGEMADO EM VOCÊWhere stories live. Discover now