Nossas histórias

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Chegamos no apartamento, ela vai tomar um banho. Ela retornar com  pijama de short e blusinha de alça fina. Ela começa a fazer o preparo dos hambúrgueres. Ela fala:

- Vai tomar banho, Superman. Quando voltar já vai estar pronto.

- Ok, senhora Fontes.

- Palhaço, deixa de ser bobo.

Me aproximo dela na pia, abraço por detrás e sussurro no seu ouvido.

- Não vai demorar para você ser minha esposa, não fico de enrolação.

- Tá, Fernando. Vai tomar banho, engraçadinho. Beijo o pescoço dela.

Vou para meu quarto, tomo um banho. Pode parecer doideira a minha, mas não imagino minha vida sem Olivia. Visto uma camiseta e um short, vou para cozinha encontro a mesa arrumada. Pão em vasilha, alface e tomate em outra, mussarela e presunto em recipiente de plástico com tampa, um jogo americano no centro com maionese, ketchup e mostarda. Sinto cheiro de carne. Olho para lados e não vejo Olívia, escuto barulho vindo do seu quarto. Aguardo seu retorno. Ela está vestindo uma camisola de algodão de manga curta do Snoopy.

- Esse tipo de roupa combina com você, fica perfeita.

- Valentina se vestia como para dormir? Ela tira a assadeira com hambúrgueres do forno.

- Com pijamas americano ou de seda, bem clássica. Por que está perguntando.

- Para avisar meu namorado,  gosto de dormir com tecido de algodão e amo estampas infantis. Sou diferente dela.

- Eu sei, eu não busco uma nova Valentina, quero Olivia Lopes, ok!

- Vamos comer, meu Superman.

- Sim, minha pestinha.

Conversamos sobre nossa infância, o que gostávamos de brincar, sobre a nossas famílias e sobre amizades. Ela fica surpresa ao descobrir que a promotora Roberta é minha amiga de infância e que conhece Victor na adolescência. Ela fala sobre o amor dos seus pais, sobre a vezes que ela desapareceu no circo e acharam próxima da jaula do leão, de quando estava brincando com uma amiga em curral da casa dela e que passou cocô de vaca no rosto.

- Minha mãe não sabia o que fazer comigo. Toda verde. 

- Olívia, estou com dor de barriga de tão rir!

- O pior foram os carrapatos, cada história daria um trilogia.

- Sua mãe não ficava brava?

- Não, ela era bem diferente de como é agora. Ela amorosa, a dor do luto a destruiu.

- Desculpa, por pergunta. É difícil associar ela atualmente com o passado amoroso.

- Todos temos essa transformação da pessoa do passado para atual.

- Verdade. Estou cheio. O que vamos fazer?

- Você não tem que trabalhar? Olivia pergunta.

- Já fez mais cedo.

- Então, vamos assistir “ Um lugar chamado Notting Hill”, por favor.

- Vamos organizar tudo e aí assistimos o filme.

Limpamos a louça, eu acabo  contando a vez passei margarina em toda parede da casa da minha avó, que minha mãe quase infartou. Tiveram que pintar as paredes novamente, quem pagou minha mãe. Vamos para sala, me sento e ela se deita no sofá com cabeça no meu colo. Seus cabelos têm um cheiro suave.

Levamos algumas frutas como sobremesa.

- Antes de tudo, você ganhou a aposta, o que vai querer?

- Quero andar de pedalinho no lagoa Paranoá, no domingo.

ALGEMADO EM VOCÊWhere stories live. Discover now